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quarta-feira, 26 de junho de 2013

A resposta da Câmara ao clamor popular


É desta forma que leio a derrubada da PEC 37, um projeto de emenda constitucional que tirava os ministério público o poder de investigação de atos do legislativo. A medida deu o que falar nas redes sociais. Não faltaram especialistas do direito e teóricos da conspiração para afirmarem que a medida não alterava tanto assim o quadro e que concentração popular na mesma era uma estratégia para encobrir algo mais grave. 
Teorias da conspiração à parte, precisamos admitir que na leitura popular o projeto em pauta,  foi interpretado como mais um recurso jurídico, ou legal, do legislativo para encobrir, e consolidar a impunidade. O julgamento dos mensaleiros trouxe ao país, o ar de seriedade, daquela isonomia lida nos primeiros artigos da constituição da república federal, mas difícil de ser ver na prática, uma vez que temos relatos de pessoas do povo, que estão presas preventivamente até hoje, ao passo que temos, igualmente muito culpados soltos. 
A posse de alguns dos mensaleiros na câmara, associada ao quadro descrito, e a proposta da PEC 37, foi o estopim para o quadro quase revolucionário que temos na atualidade. O vandalismo das ruas é reflexo do vandalismo das esferas de poder. Afinal, como disse Salomão: portanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal. Este é um dos fatores para o qual temos de atentar. 
Fato, é que a derrubada do referido projeto foi um indicador de que não apenas o executivo, mas também os legislativo ouviram o clamor das ruas e estão prontos a, no mínimo, adotarem medidas, ainda que paliativas para acalmarem os ânimos populares. Na minha perspectiva as reformas propostas pelo executivo parecem ser de teor mais profundo, radical, ao passo que as temáticas apresentadas pelo legislativo, nem tanto. 
De bom, o fato de que ambos, executivo e legislativo, se apresentam dispostos, reparem nos verbos que emprego, por favor!, se mostram atenciosos aos clamores em torno das questões de educação, saúde e segurança. minha preocupação fica por conta do processo com que as mudanças se darão. Como este será conduzido? De forma ágil, ou morosa e burocrática? Será que eles ainda contam com os fatores esquecimento? Enquanto isto, uma suspeita amadurece no meu coração: reforma política, ninguém quer. Não falo das propostas que tramitam na câmara, mas da reforma que devolva, ou viabilize a democracia de fato,que prime pela polarização. Há um recado claro da rua que ninguém quer entender: o povo não acredita mais na política partidária. 

Marcelo Medeiros. 

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