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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Cabeça pra cima - Versões de Bíblias


Foi ao ar na semana passada, pela TV BOAS NOVAS, minha participação no programa cabeça pra cima. Neste tive a oportunidade de, ao lado de Israel Belo Azevedo (pastor da Batista de Itacuruçá) e Acyr Gerone (secretário da SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL), falar a respeito de versões de Bíblias. 

Na foto estou ao lado de Acyr Gerone enquanto o mesmo apresenta uma Bíblia em braile (na verdade o livro de Levítico), que a despeito do elevado custo de produção pode ser obtida gratuitamente. Um balanço positivo do programa foi a distinção feita entre versões de Bíblias e seguimentos de bíblias. A Septuaginta, a Vulgata (latim) são exemplos de versões, ao passo que Bíblia da Mulher e outras figura em seguimentos de Bíblias. 

As versões de Bíblia tem como objetivo facilitar, por parte do leitor o acesso à mensagem das Escrituras Sagradas. Esta é a razão de ser de, em língua portuguesa termos: a , A Almeida Corrigida Fiel, Almeida Contemporânea, Almeida Revista e Atualizada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje e Nova Versão Internacional. 

Merecem destaque entre as versões as Bíblias na versão católica Bíblia de Jerusalém e Tradução Ecumênica Brasileira.Estas traduções além de ótimas referências por parte de autoridades na área da exegese, são facilmente compreensíveis (falo a partir da experiência que tenho tido como professor de Escola Bíblica Dominical e de seminários. 

As Bíblias de Estudo Jonh MacArthur, Genebra e Almeida se utilizam da versão Almeida Revista e Atualizada (inicialmente a Scofield também de valeu desta versão, agora os recursos e notas deste teólogo dispensacionalista são traduzidos na versão Almeida Corrigida Fiel),ao passo que a Plenitude existe tanto a Almeida Revista e Atualizada, quanto a Almeida Revista e Corrigida. Tanto a Bíblia de Estudo Dake quanto a Pentecostal existem na versão Almeida Revista e Corrigida. 

A adoção de um modelo de Bíblia depende muito do que a pessoa busca. Se o interesse for teológico, além das Bíblias de Estudo já indicadas acima pode-se acrescentar: A Bíblia de Estudo Thompson (cuja versão adotada é a Almeida Contemporânea), a Anotada (Almeida Revista e Atualizada) e Shedd (idem). 

Estas Bíblias com seus respectivos recursos visam colocar conhecimento teológico ao alcance de pessoas leigas e claro, podem ser usadas por obreiros que não dispõem de tempo para uma leitura exegética mais aprofundada. E melhor ainda, podem servir de base para uma compreensão e um estudo mais aprofundado no futuro. Este foi o meu caso, meu interesse pela exegese, pelo grego e pelo hebraico foram despertados pela Bíblia de Estudo Plenitude e ainda hoje vejo a Palavra Chave como fonte de meus estudos na área de exegese. 



Marcelo Medeiros, em Cristo. 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

O Trabalho e Atributo de um Ganhador de Almas


Particularmente gostaria de propor ao leitor uma leitura a partir da temática: O Trabalho e Atributo de um Evangelista. A expressão Ganhador de Almas pressupõe aquisição de benefício, ou vantagem no exercício de uma tarefa, o que nada tem a ver com a figura do pregador do Evangelho. Feita esta observação inicial cabe ressaltar que:

  1. A tarefa da Evangelização é de incumbência do povo de Deus como um todo. 
  2. Que Deus levanta Evangelistas com o intuito realizarem um trabalho de pregação e plantação de Igrejas. 
  3. Que as pessoas que se enquadram neste perfil precisam desenvolver um trabalho com os devidos moldes bíblicos e serem marcadas por determinadas qualidades. 
Feitas as colocações há que se passar ao estudo. 

A EVANGELIZAÇÃO E A CONGREGAÇÃO

Um texto que serve para esta reflexão inicial é o de Atos dos Apóstolos. 
Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra (At 8. 4 ARCF). E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia  (At 11. 19 - 22 ARCF). 
O que o texto mostra é que o Evangelho saiu do círculo judaico, por meio de uma perseguição, decorrente da morte de Estevão. O termo dispersos é a tradução de διασπαρεντες (diasporentes), de onde vem διασπορα (diáspora), ou dispersão. É curioso que uma perseguição tenha promovido a expansão do Evangelho, mas foi isto que aconteceu. 

Antes destes versos, o que se percebe é a atuação majoritária dos apóstolos. Daqui para frente uma narrativa em que o papel dos irmãos da congregação é primordial. Lucas afirma que eles ευαγγελιζομενοι τον λογον (euaggelizomenói ton logon). O anúncio do Evangelho confunde-se com a propagação da própria palavra de Deus. 

O texto destaca ainda que em princípio o evangelismo era direcionado aos judeus, uma vez que os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. Este mesmo padrão é seguido por Paulo em razão da compreensão de que estes precedem aos gentios na economia da salvação. 

Todavia esta mesma lógica é quebrada uima vez que chíprios e cirenenses, entraram em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus - ελαλουν προς τους ελληνιστας ευαγγελιζομενοι τον κυριον ιησουν (elaloun pros helleenitstas euanggelizomenoi ton kurion Iesoun) - em outras palavras, eles evangelizavam ao falar de Jesus. EVANGELIZAR É FALAR DE CRISTO, e TÃO SOMENTE DE CRISTO.

Tudo o que advém da fala evangelística resulta de uma ação divina. Aqui há que se observar que não existem ganhadores de almas. Há mensageiros cujo efeito de suas mensagens é visto de imediato, e aqueles cujo resultado se dá à médio e longo prazo. Independente de como ocorra o texto afirma asseveradamente: E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor., indicando com isto que os resultados são garantidos pela ação de Deus.

Lucas afirma que todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar (Lc 2. 47 ARCF), Se é Deus quem acrescenta à Igreja quem tem de ser salvo, onde está o espaço para que se pense em ganhadores de almas? Escrevendo aos irmãos de Corinto Paulo pergunta: quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? (I Co 3. 5 ARCF) e prossegue dizendo: Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento (I Co 3. 6 ARCF), e arremata afirmando:  Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento (I Co 3. 7 ARCF).

Cada Evangelista é um serviçal, cuja capacidade de conduzir pessoas à fé em Cristo decorre da medida do dom de Cristo concedida a cada um. A razão de ser do evangelismo em conjunto, se deve ao fato de que nem mesmo Paulo realizou a obra sozinho, antes contou com a cooperação de vários obreiros dentre os quais Apolo.

Independente de qualquer fator, o crescimento procede de Deus. Esta é uma marca distinta do Reino. Jesus disse:
O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa (Mc 4. 26 - 29 ARCF). 
O que este texto ensina é que o Reino de Deus é similar à dinâmica da plantação. Ao homem cabe o papel de semear, ao passo que é a terra e a natureza da semente que traz o devido resultado. No contexto de Marcos, esta parábola segue a do semeador. Com isto  fica indicado que os resultados da pregação dependem exclusivamente de Deus. Somente uma visão histórica romanceada assimila que existam heróis no Reino de Deus.

Evangelismo é atividade eclesiástica, é incumbência da Igreja de Cristo Jesus e ponto. Ao Senhor compete o acrescentar almas à sua Igreja, algo que ELE  faz de acordo com sua soberana e eterna vontade.

FELIPE O EVANGELISTA
E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade. E estava ali um certo homem, chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; Ao qual todos atendiam, desde o menor até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus. E atendiam-no, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas. Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres (At 8. 5 - 12 ARCF). 
Em consonância com a ação da Eclésia, Felipe prega a Cristo. Sendo que para a ação deste evangelista o termo empregado é κηρύσσώ (keryssoo). O papel de Felipe foi o e um arauto, cuja missão é anunciar em voz alta as decisões judiciais. Deus cooperou com este como o fez com os demais apóstolos, confirmando a palavra por meio de sinais. Estes vão desde a expulsão de demônios,até as mais diversas curas. 

A menção da conversão de um mago, ou mágico serve para a distinção entre as manifestações do poder de Deus e as habilidades ilusionista. A narrativa fecha com a proposta de simão ao apóstolo Pedro a fim de obter junto a este o poder de realizar os sinais que estes realizavam. Diante da negativa e da repreensão este segue seu caminho e os apóstolos continuam a anunciar Cristo nas aldeias dos samaritanos. 

O tema da pregação de Felipe era o Reino de Deus e o nome de Jesus. Possivelmente a menção ao nome se devesse às explicações sobre a origem e natureza dos milagres. O Resultado foi a adesão e o batismo de todos quantos ouviram e creram na mensagem de Felipe. Mas o Evangelismo não se esgota aqui. O papel decisivo do Evangelista em apreço junto ao eunuco tem de ser destacado. 
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus. E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho (At 8. 26 - 39 ARCF). 
A direção para Felipe vem de Deus. Aliás Deus manda Felipé pregar ao Eunuco, manda Pedro acompanhar a comitiva de Cornélio, proíbe Paulo de pregar na Mísia e na Bitínia, mas o orienta em sonhos para se dirigir à Macedônia. Todavia a orientação se restringe à aproximação entre o Evangelista e o público alvo.

Uma dúvida bíblica foi a causa da aproximação entre Felipe e o Eunuco. Da resposta veio a oportunidade de anunciar Cristo. O texto lido Is 53 despertava dúvidas porque alguns diziam que se tratava do profeta, outros que o servo do Senhor seria o povo de Israel. Felipe diz que era Cristo. Maus uma vez o Evangelho trouxe alegria e como resultado o Batismo.

Mais uma vez o alvo foi o anúncio de Cristo, tendo na Escritura o seu ponto de partida. Não cabe ao evangelista propor soluções para necessidades além de Cristo. Esta é a maior oferta do Evangelho, na verdade a única. Como disse Brennan Manning Jesus é todo o Evangelho. Qualquer pessoa que apareça no Evangelho aparece como alguém que reage à Cristo.

QUALIDADES DE UM EVANGELISTA

  1. O Evangelista tem como qualidade o senso de oportunidade. O que poderia ter sido uima tragédia para a Igreja do primeiro século foi a maior das oportunidades para que o Evangelho chegasse em Samaria e daí fosse para os confins da terra, representado por Antioquia no texto de At 11.  
  2. Fidelidade à mensagem da Palavra de Deus. O Evangelho é bibliocêntrico, evangelizar é anunciar a Palavra de Deus. 
  3. Demanda conhecimento das especificidades do público alvo. A facilidade em Evangelizar aos judeus (o mesmo se aplica ao eunuco que vinha na carruagem) se deu em razão de que as Escrituras funcionaram como mediadoras, o mundo da ápoca er amais inserido na cultura bíblica. 
  4. Hoje o Evangelista é alguém que tem o papel de um construtor de pontes. No Evangelismo tal se dá mediante a percepção dos anseios do mundo atual e de como o Evangelho responde a tais anseios. 
  5. A conversão é a finalidade do Evangelho, Todavia esta é uma obra feita exclusivamente por Deus em Cristo e pelo Espírito. Daí a necessidade de que o pregador do Evangelho conte com o auxílio divino na tarefa. 
Deus os abençoe em Cristo, Marcelo Medeiros. 


Calvinismo, Arminianismo e Quixotismo instiucional



Foi um tremendo de um desafio achar as palavras para me expressar neste post. Desde minha adolescência me encontro doutrinariamente nas doutrinas da reforma. Isto faz de mim um ser híbrido? Sim, ainda creio na contemporaneidade dos dons espirituais, e este é o meu vínculo com a Assembleia de Deus. Com exceção de algumas discussões, que hoje considero tolas, jamais tentei calvinizar alguém dentro, ou fora da instituição, mesmo nos seminários minha atuação é mais bíblica e quando faço abordagens teológicas, procuro o máximo de imparcialidade.

Me entristeci profundamente com a campanha que alguns líderes de minha denominação fizeram com intuito de impedir a realização de um evento na CPAD Megastore no centro da Cidade do Rio de Janeiro. Minha intenção com este post não é defender o Augustus Nicodemus Lopes, nem atacar a CPAD, ou a FAECAD, ou qualquer instituição que seja. Na minha opinião os verdadeiros responsáveis são os arminianos de internet. Permitam-me a explicação. Afinal, graças a Deus tenho vários amigos semi-pelagianos e arminianos.

Falo de  gente com a vida e cabeça adoecida que possivelmente tenha descoberto o arminianismo em função do crescimento do calvinismo, mas que por não entender nem um nem outro resolveu transformar um fenômeno epistemológico em uma verdadeira guerra ideológica. Neste post pretendo elencar algumas das razões apresentadas em redes sociais para a campanha cancelando a Vinda de Nicodemus e refutar reposta por resposta.

De acordo com os Quixotes da Internet:

  1. Nicodemus zomba dos Pentecostais em vários vídeos. Exemplo: diz que vai pregar como pentecostal, sem esboço, quando o seu cai. 
  2. Ele faz chacota com o dom de línguas. 
  3. Incentiva o proselitismo neste link
  4. Ironiza ao dizer que os pentecostais estão predestinados a levarem em frente o Calvinismo. 
  5. Ele baseia sua refutação ao apostolado na visão cessacionista.
  6. O livro apóstolos é da editora Fiel, totalmente antipentecostal.
  7. Em razão da elaboração, por parte das ADs de um credo cuja finalidade é a afirmação da soteriologia arminiana. Logo, 
  8. Tanto Nicodemus quanto Franklin Ferreira afirmam que o caminho que o pentecostalismo tomar definirá o futuro das Igrejas brasileiras.
Vamos às respostas:

  1. Sou professor e pregador pentecostal (ou carismático se quiser), mas não vi ofensa na fala de Nicodemus. Até porque prego sem esboço (jamais sem estudar, ler, e refletir a temática que me proponha falar). Não vejo demérito algum em escrever, ou não um sermão, não é sobre estas bases que se apóia a prédica cristã. De igual modo não faço desta piada do Nicodemus, um cavalo de batalha. 
  2. Assisti o vídeo sobre o mau emprego do dom de línguas. Sobre as tirinhas humorísticas  o que tenho a dizer é que os próprios pentecostais são pioneiros neste tipo de piada. A respeito da base bíblica fornecida concordo plenamente com a base bíblica dada pelo mesmo, embora descorde de que At 2 seja o padrão, e isto em razão de At 10 e 19. 
  3. Embora eu seja calvinista e membro da AD desde a minha adolescência, jamais fiz de minhas posições teológicas um cavalo de batalha. Cedo percebi a carência bíblica e cultural generalizada e um total desprezo por parte das lideranças das Igrejas das quais fui membro, para com o ensino. Quando as pessoas descobriram minha afinidade com a fé reformada e em particular com o Calvinismo, se assustam.. Prova maior de que não há proselitistas calvinizadores na AD. 
  4. Esta quarta crítica se mistura à oitava, daí que me reserve para a análise desta última. Mas desde já adianto que não há espçao para deboche aqui. 
  5. A despeito de Nicodemus basear sua visão a respeito dos apóstolos no cessacionismo, fato é que a argumentação dele tem como premissa maior o fato de que apóstolos foram aqueles que testemunharam os eventos pertinentes à morte  e ressurreição de Cristo. 
  6. A fiel publica livros de autores cessacionistas é verdade. Mas também publica autores que são continuístas. Paul Wascher e Piper são exemplos. O incoerente seria a CPAD publicar um livro que abordasse qualquer assunto sob a ótica cessacionista. Mas divulgar uma obra que é comercializada em uma de suas lojas não consiste incoerência sob hipótese alguma. 
  7. Temo por este credo escrito pela AD, e isto por uma razão: jamais vi em minha existência enquanto membro da referida denominação um único esforço seja escrito, seja de púlpito de expressar algo próximo do arminianismo, seja o clássico, seja o wesleyano. 
  8. A situação se torna ainda mais grave quando se apela aos escritos dos grandes nomes sobre a matéria. As tentativas de síntese precisam levar em consideração os aspectos convergentes nas duas cosmovisões, o que demanda uma análise mais centrada nos aspectos comuns de ambas do que nas divergências. 
  9. O crescimento do Calvinismo dentro das ADs nada tem a ver com proselitismo. Ainda que se formule um credo de fé, nada impede que um crente se dirija a uma loja, estude a fé reformada e se convença da lógica e coerência da mesma. 
E acima de tudo, abaixo à lógica da difamação mútua entre ambos os grupos. Que no lugar do bastão do Sínodo de Dorth nas mãos dos Arminianos esteja a paz de Cristo como árbitro nos corações. 

Em Cristo, Marcelo Medeiros. 

Isto sim é campanha difamatória




Os produtores desta página precisam entender,entre outras questões, que foi do calvinismo que veio a ética protestante que deu ao mundo um conjunto de valores que permitiram a ascensão do capitalismo. Possa ser que prefiram o feudalismo ao capitalismo e a cultura católica à protestante. 


Max Weber em sua análise do fenômeno supra disse que o que em princípio era acumulação de riqueza para a glória de Deus, daria margem a uma série de vícios. Daí que posso intuir que o fenômeno com a Europa nada tenha a ver com Calvinismo, como levianamente colocado aqui, mas com a prosperidade experimentada neste continente. Veja a América,. por exemplo, majoritariamente arminiana. 

Resumindo o que mata com uma Igreja são problemas relacionados à ansiedade, enriquecimento, busca desenfreada por prazeres (hedonismo), e um evangelho que se coloca à serviço destes propósitos humanos mais baixos. Esta é a luta real pela causa do Evangelho, o resto é picuinha de quem não sabe nem o que é calvinismo, nem arminianismo, mas acha chique escolher um lado para defender, como se ser um, ou outro fosse o mesmo que ser flamenguista e vascaíno. 



Abraços. Marcelo Medeiros. 

sábado, 16 de julho de 2016

Igreja Agência Evangelizadora



A Igreja é a Agência Evangelizadora. Com isto, o que se quer dizer é que a razão de ser desta é a evangelização, ou a pregação do Evangelho. A grande comissão é o relato que expõe claramente  esta dimensão, ou modo de ser da Igreja. Todavia existem outros ensinos claros de Cristo que apontam para esta mesma verdade. O objetivo primordial deste post consiste em apontar para estes ensinos e articular os mesmos com os relatos da grande comissão e a descrição da atividade da comunidade primitiva nos Atos dos Apóstolos. 

O ENSINO DE CRISTO A RESPEITO DA NATUREZA DA IGREJA
Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (Mt 5. 13 - 16 ARCF). 
Não se sabe ao certo, se por razões medicinais, ou meramente religiosas o sal era um elemento que era esfregado em uma criança recém nascida. Todavia seu uso mais importante se deve às funções preservativas do mesmo, conforme destacado por Lucas em seu evangelho. Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar? Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Lc 14. 34, 35 ARCF). 

Partindo deste elemento pode-se concluir que o texto de Mt 5. 13 - 16 na verdade versa a respeito da influência que os discípulos exercem na terra. É de suma importância, para a percepção de tal a leitura articulada com Mt 5. 2 - 12, onde as características dos discípulos de Jesus são traçadas. Quais?

  1. Senso de miséria espiritual e dependência divina, representado na pobreza. Falo a respeito neste e neste texto
  2. A contrição e o arrependimento decorrentes do senso de miséria espiritual, do qual falo melhor neste texto.  
  3. A mansidão cuja marca maior é a capacidade de autocrítica. 
  4. A fome de Deus e de Cristo e de sua Palavra.
  5. A misericórdia de acordo com este post, esta pode ser exercida pelo comedimento no julgar aos outros, ou pelo menos em fazê-lo de forma temerária. 
  6. A esta última pode-se somar um coração limpo, e 
  7. um espírito pacífico, decorrente da mansidão e misericórdia. 
Estes, mesmo sob o peso e esmagamento da perseguição exercem influência sobre os indivíduos. Deus soberanamente escolheu trabalhar desta forma a fim de que os êxitos do Evangelho pertencessem exclusivamente a Ele. Em outro texto Paulo fala claramente desta contraposição entre a majestade de Deus e do Evangelho e a fragilidade dos instrumentos que Cristo levanta a fim de proclamar sua Palavra. 
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós (II Co 4. 3 - 7 ARCF). 
Que o leitor perceba uma verdade. O Evangelho traz a Glória de Cristo, que é a imagem de Deus, traz como conteúdo o próprio Cristo, o Senhor, traz  iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Tal como no caso das lamparinas da Judeia, é marcada pela contraposição fragilidade do recipiente e excelência do conteúdo. Feitas as considerações iniciais, necessário se faz abordar a Grande comissão. 

A GRANDE COMISSÃO
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém (Mt 28. 18 - 20 ARCF). 
A comissão na ótica de Mateus tem a ver com a autoridade que Cristo recebe imediatamente após a ressurreição, a fim de que se perceba tal verdade basta olhar para o kerigma primitivo e ver o quanto Jesus é chamado de SENHOR.  Sob esta autoridade os discípulos são enviados a batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo

A comissão aqui compreende o discipulado cuja marca é a submissão obediente ao que Cristo ensinou. Para mais a respeito do discipulado ver aqui. A Igreja compreendeu isto perfeitamente tanto que o primeiro historiador chamou os fiéis da mesma de μαθηται (mathetai). O crescimento da Igreja primitiva equivalia ao crescimento do número dos discípulos. 
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porãoas mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém (Mc 16. 15 - 20 ARCF). 
A respeito deste último texto traço minhas considerações neste post.  A ordem é para que os discípulos preguem pelo caminho. somente duas reações são possíveis, a de crença no Evangelho, e a de rejeição. Jesus oferece aos seus sucessores poder para que a mensagem seja confirmada por meio de sinais. 

A IGREJA PRIMITIVA E A OBEDIÊNCIA À GRANDE COMISSÃO

O testemunho da Igreja primitiva decorre do derramamento do Espírito no Pentecoste. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder (Lc 24. 49 ARCF), e: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra (At 1. 8 ARCF). 

Após o derramar do Espírito, os apóstolos compeçaram a pregar com ousadia. Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras (At 2. 14 ARCF), e como efeito da mensagem entregue sob autoridade, inspiração e poder do Espírito, três mil almas se renderam. 
E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas (At 2. 37 - 41 ARCF). 

  1. A mensagem esmaga, quebranta o coração dos ouvintes. 
  2. Eles perguntam aos apóstolos o que devem fazer. 
  3. Os apóstolos apontam para eles o arrependimento e o batismo como condição, a fim de que os ouvintes desfrutem  dos dons do Espírito e da salvação. 
  4. Os apóstolos recomendam aos seus ouvintes, agora convertidos que os mesmos se separem de sua geração. 
  5. Somente após tais recomendações as pessoas são batizadas. 
  6. O batismo aqui decorre da recepção à PALAVRA DE DEUS. 
Ao lado do mover do Espírito, a oração era a mola propulsora da evangelização na Igreja primitiva. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus (At 4. 31 ARCF). O efeito imediato do mover do Espírito Santo aqui é a fala aberta e ousada por parte dos discípulos de Cristo. O termo anunciar aqui tem a ver com o verbo grego λαλέω (laleoo), que é a fala a respeito de um assunto específico. 

Outro termo importante é παρρησιας (parresias), cujo sentido é o de ousadia. Em outras palavras os discípulos propagavam o Evangelho abertamente, e até de forma rude. Talvez seja uma alusão ao caráter acusatório do Evangelho, uma vez que em todo o querigma os judeus são acusados da morte de Cristo e os gentios de sua idolatria. 
Mas vós negastes o Santo e o Justo, e pedistes que se vos desse um homem homicida. E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas (At 3. 14, 15 ARCF). 
Por mera questão de tempo concluo este estudo afirmando a dependência do Espírito, da oração e da palavra para que a Igreja conclua sua missão enqunto agência evangelizadora. Em Cristo. 

Marcelo Medeiros. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Deus o Primeiro Evangelista




Este é mais um post que tem como objetivo principal dar aos alunos e professores da Escola Bíblica Dominical, que estudam a lição das Casas Publicadoras das Assembleias de Deus, os subsídios necessários para um maior aproveitamento de seus estudos. A lição deste próximo domingo parte da premissa de que Deus deu início à atividade de evangelização e que por este motivo exige de nós amor e responsabilidade para com esta tarefa.

Já na introdução é perceptível a intenção do autor em articular a revelação de Deus à pessoa de Abraão com o anúncio do Evangelho enquanto iniciativa divina. O problema que se levanta contra esta pressuposição é o de que desde o Éden o Senhor deu claros indicativos de que haveria de redimir o homem de seu estado pecaminoso.

A ideia de que Deus anunciou o Evangelho primeiramente a Abraão, vem de uma citação paulina cujo texto na íntegra afirma: Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti (Gl 3. 8 ARCF). feita a colocação, cabe a pergunta: o que precisamente Paulo está querendo dizer ao afirmar que Deus anunciou o primeiro o evangelho a Abraão?

O TEXTO ÁUREO EM SUA ACEPÇÃO


Acepção aqui é a distinção entre o que o autor do texto bíblico quer dizer, e o que o autor da lição disse. Não creio ser incorreto afirmar que Deus é um evangelista (portador de boas novas). Ele trouxe excelentes notícias aos patriarcas, aos profetas, reis e inúmeros servos dentre o povo de Deus. Mas ainda se faz necessário que se considere do texto áureo em seu contexto.

Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão (Gl 3. 6 - 9 ARCF). 
A expressão inicial das palavras de Paulo nesta sentença  "Assim como" são indicadores de que uma similitude, ou um paralelismo está se estabelecendo aqui. Em primeiro lugar ao efetuar uma leitura em seu devido contexto percebe-se que o autor do texto acima faz uma conexão entre a promessa a Abraão e a pregação da fé.Esta evidenciou Jesus e trouxe o Espírito para a dimensão de vida dos crentes da Galácia.

Em seguida Paulo propõe um paralelo entre a benção de Abraão e a justificação pela fé em Cristo. Este é o Evangelho que Deus anunciou primeiramente a Abraão.
Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. E chamou Abraão o nome daquele lugar: o Senhor proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá. Então o anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus, E disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos (Gn 22. 13 - 17 ARCF). 
Na carta aos Romanos Paul vai afirmar que esta descendência de Abraão não é o povo que descende do patriarca segundo a carne, mas aqueles que são da fé.
Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú (Rm 9. 6 - 13 ARCF).
Este mesmo argumento será reforçado em Gálatas quando Paulo afirma: Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo (Gl 3. 16 ARCF).  É em Cristo que as promessas de Deus feitas aos patriarcas são realizadas. Todavia a realização das mesmas não mais está na esfera material, mas na espiritual.

Em outras palavras, a benção de Abraão aqui nada tem a ver com a as campanhas de fé, realizadas por gente inescrupulosa, que na verdade não possui fé alguma. É antes a fruição plena das promessas de justificação pela fé e de vida no Espírito. Tanto Jonh MacArthur quanto Jonh Stott afirmam asseveradamente estas verdades.;

Nas lições do corrente trimestre e nos estudos publicados neste blog, há que se esclarecer que o cerne do Kerigma (entenda-se pregação) apostólico era este: Deus cumpriu em Cristo as promessas feitas aos patriarcas e ratificadas ao povo da aliança. O Messias encarnado, crucificado e ressurreto cumpre plenamente as expectativas depositadas Isaque e sua descendência.

Assim MacArthur entende que as boas novas à Abraão se manifestam na promessa de salvação para todos os povos, sendo este patriarca o instrumento para o cumprimento das mesmas. Retornando ao texto de Gálatas há que se observar ainda que para Paulo dar maior tom de autoridade à sua argumentação ele apela às Escrituras. Aqui há que se perceber mais uma vez que o Evangelho é estritamente escriturístico.

Toda vez que se depara com uma profecia messiânica as boas novas aparecem repentinamente diante do leitor da Bíblia. Com vistas a realçar esta verdade Paulo personifica as Escrituras, afirmando que as mesmas previram que Deus havia de justificar pela fé os gentiosPorque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra (Rm 9. 17 ARCF), e: Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido (Rm 10. 11 ARCF). e ainda: Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? (Rm 11. 2, 3 ARCF).

Neste ponto especificamente a Escritura é equiparada ao próprio Deus, quando Paulo prossegue afirmando: Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal (Rm 11. 4 ARCF).O Evangelho é a Escritura. Sem esta não existe aquele. Logo, a afirmação de que a benção de Abraão se realiza na justificação pela fé dos crentes é fundamentada. 

O EVANGELHO NAS ESCRITURAS
Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar (I Pe 1. 10 - 12 ARCF). 
Há que se observar aqui que tudo o que ocorreu com Cristo é produto do cumprimento das profecias. Tudo mesmo. Seu nascimento virginal, sua pobreza, a visita dos magos, sua apresentação no templo, a fuga para o Egito, o retorno para a Galiléia o estabelecimento em Nazaré, vida, morte, e ressurreição são descritos como realização das profecias. 

O quer este texto diz é que o Evangelho foi antecipado nas Escrituras. Ele foi dito antecipadamente quando nas estepes do Sinai Deus vindicou para si toda a terra como sua propriedade e marcou Israel como propriedade exclusiva.Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel (Ex 19. 5, 6 ARCF).  

Os sinais que Deus realizou antes da saída do povo do Egito antecipam o Evangelho, uma vez que por meio dos mesmos o nome de Deus foi glorificado. 
Então disse o Senhor a Moisés: Levanta-te pela manhã cedo, e põe-te diante de Faraó, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo, para que me sirva; Porque esta vez enviarei todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo, para que saibas que não há outro como eu em toda a terra. Porque agora tenho estendido minha mão, para te ferir a ti e ao teu povo com pestilência, e para que sejas destruído da terra; Mas, deveras, para isto te mantive, para mostrar meu poder em ti, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra (Ex 9. 13 - 16 ARCF). 
Perceba que na palavra que Deus ordena que Moisés fale ao soberano egípcio é dito claramente que Faraó foi mantido em seu posto para que o nome de Deus fosse glorificado em toda a terra. E eu endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, e saberão os egípcios que eu sou o Senhor. E eles fizeram assim (Ex 14. 4 ARCF).  

Quando Paulo citou este texto, empregou διαγγέλω (diaggeloo), que consiste em anunciar plenamente um fato, ou notícia. No texto grego do AT, διαγγέλω é empregado para traduzir סַפֵּ֥ר (Shapt). E o fato é que o nome de Deus espalhou a partir dos feitos, tanto que Raabe disse aos espias que acolheu: Bem sei que o Senhor vos deu esta terra e que o pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desfalecidos diante de vós (Js 2. 9 ARCF). 

Sob este prisma o propósito da lei é revelar a sabedoria manifesta de Deus, bem como a proximidade deste em relação ao povo. 
Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus; para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? E que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho perante vós? (Dt 4. 5 - 8 ARCF). 
Deus faz inúmeras promessas de que os povos haveriam de serem incluídos na economia da Salvação. E alguns destes textos podem ser mencionados abaixo. 
Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face. Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações (Sl 22. 27, 28 ARCF). 
Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão perante a tua face, Senhor, e glorificarão o teu nome. Porque tu és grande e fazes maravilhas; só tu és Deus (Sl 86. 9, 10 ARCF).  
Para anunciarem o nome do Senhor em Sião, e o seu louvor em Jerusalém, Quando os povos se ajuntarem, e os reinos, para servirem ao Senhor  (Sl 102. 21, 22 ARCF).  
Em alguns momentos da vida do povo eleito esta verdade foi ofuscada pelo nacionalismo e  pela xenofobia. Mas a verdade persistiu. Hoje o desafio se foca na questão do denominacionalismo e outros vícios evangélicos que tem feito da Igreja um clube particular de santos, ou uma agência de entretenimento, ao invés de uma prestadora de serviços na divulgação do Evangelho.

Marcelo Medeiros.

domingo, 3 de julho de 2016

Um Alerta



Uma das marcas dos dias de Cristo era o messianismo político. Esta talvez tenha sido a razão de Cristo, que é uma variante grega da palavra Ungido, nunca ter aceito, ou vindicado tal nome para si. O caso em que Pedro afirma ser ele o Cristo, o Filho do Deus Vivo, é bem emblemático visto que Cristo falou para que não o dissessem a ninguém. Qual é a razão de ser desta reflexão? Estes textos servem sim de princípio norteador para os dias atuais, e por uma razão bastante simples, a crise institucional e política que o Brasil vive.

Qual ambiente é mais favorável à proliferação de Messias e Salvadores além do de crise? Nenhum! Em uma nação em que políticos de nome são comprometidos com os que claramente manifestam receio da lava-jato, em que escutas telefônicas trazidas à público revelam a total falta de isenção, é mais que normal que messias apareçam. E tem para todos os gostos!

Curioso é constatar que Jesus jamais propôs um messianismo político, antes disse: meu reino não é deste mundo. Ele rogou ao Pai não que nos tirasse do mundo, mas que nos guardasse do mesmo! O que isto quer dizer? Que precisamos não nos conformar com a forma de ser do presente século, o que inclui a política.

Não se espante se vires candidatos subindo aos púlpitos de nossas Igrejas e fazendo promessas. Gente sobre às quais repousam as mais sérias suspeitas, que vão desde a agressão doméstica, até casos escabrosos de corrupção, mas que se apresentarão como solução para o que aí está (sendo que o que aí está é fruto justamente da ação dos mesmos). Cristão algum que não se dá ao trabalho de exercer o senso crítico pode exercer com seriedade a política (em outras palavras votar conscientemente). Mas acredito que com educação teológica séria e com educação secular formal este quadro pode ser mudado. O que não pode acontecer é embarcar no clima de terror apocalíptico e votar em gente que vai à Igreja e constrói obra ilegal.

Marcelo Medeiros. 

sábado, 2 de julho de 2016

O Que é Evangelização



No sentido lexical do termo evangelização é o ato, efeito, ou movimento de evangelizar, de pregar a palavra do Evangelho, sendo posteriormente entendido como a divulgação de qualquer sistema de ideia. Ainda seguindo o mesmo dicionário pode-se dizer que o Evangelismo consiste na divulgação de qualquer doutrina religiosa baseada no Evangelho, ou na elaboração de um sistema moral e político que tem naquele a sua base. A pregação e a propagação do Evangelho em si são a essência do Evangelismo.

Destas definições compreende-se que evangelizar é pregar o Evangelho, perdoem-me pela redundância. a discussão se dá em torno da seguinte questão: qual o papel da ação social nesta? Com exceção da TMI (Teologia da Missão Integral), pouquíssimas propostas de evangelização trazem em seu bojo um projeto de melhoria social. É como se a salvação de almas fosse equivalente a uma garantia de vaga no céu, quando na verdade o Evangelho reclama o homem por completo. Neste estudo buscarei base bíblica e exegética para o que até o momento foi afirmado.

CONSIDERAÇÕES TEXTUAIS
Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse (Mc 16. 6, 7 ARCF). 
Uma consideração inicial  é a de que a base por excelência da ação evangelística é a encarnação, vida, morte e ressurreição de Cristo. Sem Jesus encarnado, humanizado, tentado, morto e ressurreto não há Evangelho de fato. A encarnação e vida de Cristo diz concernente à presença de Deus entre os homens. Afinal, o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1. 14 ARCF), e: Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou (Jo 1. 18 ARCF). Todos os evangelistas justificam a ressurreição de Cristo nesta base.
E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando (Mc 16. 9, 10 ARCF). 
A qualidade essencial do Evangelista é o encontro com Jesus, e as marcas resultantes do mesmo. Em Maria as marcas foram a libertação. Somente quem experimenta libertação tem poder de anunciar Cristo para quem está triste. Neste contexto απηγγειλεν (apaggelein) vem απηγγέλλω (apaggeloo), cujo sentido é o de levar e trazer informação, uma mensagem, notícias. A notícia neste contexto tem a ver com a ressurreição de Cristo. Ela não é endereçada a todos, mas aos tristes. 


Não é a primeira vez que se associa o Evangelho (boa notícia) com os tristes. O próprio Jesus disse: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor (Lc 4. 18, 19 ARCF). Pobres, tristes, quebrantados de coração, este é o público destinatário do Evangelho. 

E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram. E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo. E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram (Mc 16. 11, 12 ARCF). 
Nem sempre o Evangelho atrai a credibilidade, e não é para menos afinal a ressurreição era uma doutrina incrível, na acepção do termo. Os judeus a condicionavam à restauração de todas as coisas. E a ressurreição de Jesus tem como diferencial dos demais casos de ressurreição, o fato de ter como propósito uma nova vida. Em seguida texto faz menção indireta a um evento cujo relato encontra-se no Evangelho de Lucas sobre o encontro com Cristo no caminho de Emaús, e de como Cristo os convenceu pelas Escrituras de que seus sofrimentos, morte e ressurreição eram necessários. A base do Evangelho é a própria Escritura, e em certo sentido evangelizar é compartilhar a mesma com quem não a conhece.
Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado  (Mc 16. 14 - 16 ARCF). 
Tal como a missão, A evangelização pressupõe uma experiência íntima com Deus e com Cristo. Nesta a incredulidade natural é lançada em rosto. Em outras palavras Deus trata as várias facetas do ceticismo natural. Somente após o homem é enviado. O que quero falar aqui é que enquanto o homem é escravo de sua autocentricidade, de sua arrogância, ansiedade e desejos por prazer ele não possui a percepção e a sensibilidade necessárias ao pregador do Evangelho. O coração do evangelista é totalmente tomada pela realidade da cruz e da ressurreição.

O verbo que aparece aqui é κηρύσσω (keryssoo), cujo sentido é o de apregoar, proclamar em voz alta. Usualmente este era empregado para designar a função do arauto. Este era um mensageiro que saía até as praças públicas para anunciar as decisões judiciais. O Evangelho possui este caráter por ter uma mensagem de apelo ao arrependimento. Do judeu, por ter matado e crucificado a Cristo, do pagão por ter se entregue à idolatria e ao culto dos prazeres sensuais. 

A fé é a resposta exigida pelo Evangelho a fim de que o homem possa ser salvo. A pregação é acompanhada de uma série de sinais. 
E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porãoas mãos sobre os enfermos, e os curarão (Mc 16. 17, 18 ARCF).
A expressão σημεια (seemeia) indica um sinal pelo qual Deus torna seu poder conhecido. O Evangelho é poder de Deus. Não é sem razão que Paulo afirma: não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego (Rm 1. 16 ARCF). Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus (I Co 1. 18 ARCF). 

Por último, os sinais são Deus cooperando com os seus santos no intuito de confirmar a mensagem. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém (Mc 16. 19, 20 ARCF). 

EVANGELIZAÇÃO E AÇÃO SOCIAL

Não é nova a discussão a respeito do papel da ação social na Evangelização, menos ainda da predominância de uma sobre a outra. Para Jonh Stott a evangelização tem a ver com o anúncio da boa notícia, podendo ser acompanhada de ação social enquanto sinal de libertação da autocentricidade humana. Sim a ação social é mais um sinal de que a salvação chegou na vida da pessoa do que da missão em si. Em consonância com o texto acima Stott afirma categoricamente:
Aboa nova é Jesus. E a boa nova que anunciamos a respeito de Jesus é que ele morreu pelos nossos pecados e foi ressuscitado da morte. Em consequência, ele reina como Senhor e Salvador a destra de Deus e tem autoridade tanto para ordenar o arrependimento e a fé quanto para conceder o perdão de pecados e o dom do Espírito Santo a todos aqueles que se arrependerem, crerem e forem batizados. E tudo isto, de acordo com as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento. E mais: isso é exatamente o que significa "proclamar o Reino de Deus". Pois, em cumprimento às Escrituras, o Reino de Deus penetrou na vida dos homens por meio da morte e ressurreição de Jesus. Este reino ou domínio de Deus é exercido a partir do trono por Jesus, que concede a salvação e requer obediência. Essas são as benção e exigência do Reino (STOTT, Jonh. A Missão Cristã no Mundo Moderno). 
A afirmação de Stott aqui é a de que Jesus é a totalidade do Evangelho, que por sua vez diz a respeito de Cristo e tão somente deste. 
Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus. O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras, Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor  (Rm 1. 1 - 4 ARCF).
São recorrentes em todo o querigma primitivo a abordagem a respeito da morte, ressurreição e exaltação de Cristo.  Esta é a base da Evangelização. Tudo o mais é tão somente detalhe. A grande questão é deixar o evangeliquês de lado e pregar a Cristo encarnado.  O lugar da ação social é o de sinal da libertação do eu. Ação social aqui não é assistencialismo apenas, mas uma tomada de ações visando a correção dos fatores que produzem e aprofundam as injustiças sociais. 

CONCLUSÃO

Evangelizar é pregar o Evangelho, que por sua vez é a boa nova de Salvação em Cristo, que traz a promessa de perdão, salvação e reconciliação entre o homem e Deus, e por outro a exigência de arrependimento e obediência radical. Em Cristo, Marcelo Medeiros. 
 


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