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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Meu singelo tributo a Paulo Freire



Paulo Freire, cujo nome de batismo é Paulo Reglus Neves Freire, é considerado como um dos mais importantes e influentes educadores brasileiros. A ele é imputada a fama de haver influenciado definitivamente a Pedagogia crítica em nosso solo. Na verdade, de acordo com Cipriano Carlos Luckesi, a Pedagogia crítica se divide em três ramos distintos  a libertária, sem muita expressão, a libertadora (a de cunho freiriano), e a crítica social dos conteúdos. Da leitura do autor em apreço, compreendo a Pedagogia crítica como uma síntese da tradicional, cuja ênfase está no conteúdo, com a Pedagogia, cujo foco se coloca na atividade do discente. O professor tem a sua importância, afirma a pedagogia crítica, mas sem a atividade noética, por parte do educando, o processo educacional não se completa. 
A importância maior de Freire dentro da Pedagogia crítica, se dá pelo fato de que ele elaborou, por meio da educação popular, um modelo de escola que com comprometimento de educadores e educandos, pode sim, permitir a superação das mazelas acumuladas historicamente em torna da educação pública, ainda que esta superação não seja percebida de forma macroscópica. A atuação do educador não se resume à fórmula prontas do como educar, mas a princípios que norteiam a ação pedagógica como um todo. 
O centro da Pedagogia freiriana é a ação dialógica. Esta se contrapõem ao que Freire chamava de pedagogia bancária, adestradora, cujo fim consiste na transmissão de comunicados, ao invés de o ser na celebração e comunicação de conhecimentos do educando para o educador, e deste para aquele. De acordo com Tomaz Tadeu Silva, a pedagogia de Freire, é produto de uma síntese entre o pensamento marxista e o existencialismo de Eric From, combinando denúncia sócio política, com uma antropologia existencialista, na qual o homem é visto com um ser diferenciado, cuja vocação é a de ser mais. Se quisermos entender o que isto significa, basta atentarmos para o fato de que, ao contrário dos demais seres, o homem não é limitado por uma programação biológica, o que se harmoniza com a concepção bíblica. 
Seu método de alfabetizar e de educar está fazendo cinquenta anos hoje, dia três de junho, e fica aqui nestas breves palavras o meu tributo a quem soube conciliar pedagogia com filosofia marxista e existencialista, produzindo, assim, uma das pedagogias mais éticas, estéticas e críticas. 

Marcelo Medeiros. 

2 comentários:

  1. Como um blog chamado "Paidéia", não vê que o Paulo Freire foi um dos maiores engôdos da educação? Como um cristão pode defender um autor de índole comunista que flertava com ideias dos piores ditadores do século XXI como Stálin pr exemplo? Paulo Freire foi um panfletário de esquerda que distorceu totalmente o sentido da educação verdadeira traçando um método pseudo-crítico que posteriormente seus próprios seguidores, pelo menos em parte, assumiram. Recomendo que dê uma procurada em nomes como José Monir Nasser, Mário Ferreira dos Santos, Mortimer Adler, editoras como Erealizações, Vide Editorial e Ecclesiae Editora. Dá para começar a entrar em um eixo realmente cristão.

    Abraços.

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    Respostas
    1. Antônio Sávio, tenho uma pergunta bem simples: o que você leu de Paulo Freire? A julgar pelo teu comentário, bem pouco, ou nada. Até Jonh Stott, em seu livro Eu Creio na pregação, assume pontos nos quais a estrutura de pensamento freireana é cristã. Além dos mais Freire não é sequer marxista, quanto mais stalinista!

      Quanto a Marx, do qual a maioria de crentes como vc sequer tem noção, ou jamais leu, Vinoth Ramachandra acertadamente afirma que podemos até discordar de sua proposta de ditadura do proletariado, mas nunca de sua percepção em relação ao grito dos excluídos.

      Quanto aos escritores que vc recomenda, cabe a observação de que o presente post foi escrito para marcar os cinqueta anos de Pedagogia freireana.

      Abraços.

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