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quarta-feira, 29 de março de 2017

Lição sobre caráter cristão, uma avaliação inicial


Meu hábito de escrever subsídios para lições de Escola Bíblica Dominical advém da prática de fazer meus próprios apontamentos. Coisas de década de oitenta. Cresci com este hábito e com a autonomia no saber. Hoje escrevo com a finalidade de elaborar meu acervo pessoal, e este blog nada mais, nada menos é do que uma dispensa virtual onde guardo coisas novas e velhas. 

Como meu primeiro contato com a Teologia Bíblica se deu por meio da Escola Bíblica Dominical. Não é demais que persevere em escrever a respeito das temáticas das lições de adultos da CPAD. À título de avaliação inicial a respeito do caráter cristão posso dizer que:

  1. A revista é uma continuidade da temática do trimestre que se encerrou. Logo, os alunos não terão a sensação de ruptura, tão corriqueira nas ocasiões em que se passa de um assunto teológico para um assunto bíblico, ou deste para um prático. 
  2. Professores precisam atentar que se o tema da lição aborda o caráter cristão, há que se levar em conta Cristo como modelo em cada uma das lições. 
  3. Isto, porque h´personagens abordados cujo relato bíblico é extremamente parco em termos de dados, e minha sugestão é que ao invés de preencher tais lacunas com incursões de teor especulativo, deva-se completar as informações com uma comparação entre o personagem proposto e Cristo. 
  4. Exemplos são os personagens Abel, Hulda, Melquisedeque. 
  5. Já na primeira lição o autor delineia que o homem caiu e que a Queda comprometeu o seu caráter, dantes moldado à imagem e semelhança de Deus. Esta é uma abordagem interessante, por conciliar um assunto de natureza filosófica e psicológica com Teologia. Mas também aponta para o fato de que nenhum homem além de Cristo é, em si modelo absoluto de caráter para nós. 
  6. O autor sacro aos Hebreus afirma: E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados (Hb 11. 39, 40). É vital que se reforce que o segredo de uma por uma as testemunhas da fé foi a FÉ. 
  7. LOGO, para o cristão imitar o caráter de Cristo basta-lhe a fé que se manifesta em inteira dependência do Espírito de Deus. 
Esta é a minha avaliação inicial da lição bíblica e as minhas diretrizes para o desenvolvimento de uma por uma. O que falo aqui serve tanto para professores que irão elaborar suas respectivas aulas, quanto para alunos que possuem o hábito e o zelo pelo estuda da Bíblia e veem nas lições de Escola Bíblica Dominical uma fonte para tal. Que Deus os abençoe. 

Em Cristo, Marcelo Medeiros. 

terça-feira, 28 de março de 2017

Silas Malafaia Versus Paulinho Jr um diagnóstico.




A semana veio quente que veio. O meio evangélico virou um verdadeiro MMA. Embora a guerra seja de palavras, parece até promoção de luta. A do momento é entre Silas Malafaia e Paulinho Jr. A respeito do primeiro, fiz um desabafo na rede whatsapp que por razões pessoais e particulares não irei reproduzir aqui, exceto de que não reconheço na fala dele o Evangelho, o segundo corre o sério risco de no zelo reproduzir intolerância contra a diversidade de pensamento. 

A resposta de Silas Malafaia ao Paulinho Jr é cheia de falácias ad hominen, justamente o que ele mais abomina e detesta. Ele apela ao tempo, aos insucessos dos antigos desafetos para fundamentar sua crítica, ou defesa contra Paulo Jr. Mas o mais gritante é o uso de um texto de Atos onde a fala de Gamaliel é usada, evocada para justificar todo tipo de movimento dentro do mundo evangélico. 
E, ouvindo eles isto, se enfureciam, e deliberaram matá-los. Mas, levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo, mandou que por um pouco levassem para fora os apóstolos; E disse-lhes: Homens israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens, Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens; o qual foi morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada. Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos. E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus. E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir (At 5. 33 - 40 ARCF). 
A lógica de Silas e de muita gente que recorre a este texto é se quisermos saber se algo é verdadeiro basta suspender a crítica e deixar a mesma para que o tempo se encarregue. O problema deste tipo de lógica é que ela ignora que religiões contraditórias ao cristianismo (no tocante à cosmovisão), estão aí até hoje deveriam de serem vistas como aprovadas por Deus. 

Outro problema é que esta percepção demonstra claro erro no tocante às regras da Hermenêutica (frequentemente odiada por gente que gosta de fazer o que quer com textos bíblicos). Gamaliel está falando de um contexto histórico específico, a Judéia e a Galiléia do século I da era cristã, que estava permeada por pessoas se autointitulando como Messias

O movimento cristão que nem tinha este nome ali nas regiões de Judéia e Galileia, foi receber esta pecha em Antioquia. Nas imediações da Judeia ele era visto como mais uma seita messiânica. E os exemplo de Gamaliel são restritos a este contexto, não abrangendo as manifestações das grandes religiões mundiais e demais movimentos dentro do próprio cristianismo. Portanto inapropriado para a defesa de Morris Cerullo, Milles Monroe e muita gente que não ouso chamar de herege,  mas em quem não reconheço o Evangelho de Cristo, bíblico. 

Encerro por aqui por entender que as palavras aqui são suficientes para quem tem boa vontade em entender. Mas fica aqui uma razão pela qual não me compatibilizo com a pregação atual e as ideias atuais do renomado pastor. Infelizmente a maioria é gente que se guia por mídia, mas fica a aqui a dica. 

Marcelo Medeiros. 

Escaravelho do Diabo



Terça-feira dia vinte e oito de Março e acabo de viver uma daquelas experiências que fazem a gente voltar ao passado. Acabo de assistir a versão do romance infanto-juvenil O Escaravelho do Diabo. O enredo é bem simples: um serial Killers mata os ruivos da cidade. Antes envia um tipo de aviso, um escaravelho cravado em um alfinete em uma caixa. 

Ver o filme me trouxe uma sensação indescritível. Me vi diante de uma dos mitos clássicos infantis que me iniciaram no mundo da leitura. Açúcar amargo, Xisto no Espaço, O Caso da Borboleta Artíria, e outros que povoaram a minha imaginação. Escaravelho do Diabo é sobre vingança, ódio e ressentimento. O vilão é uma espécie de Dr Jackil e Mr Hyde, visto ser a pessoa mais improvável. Nada a ver com o que o filme atual fez. Embora as razões sejam similares, ressentimentos com ruivos. Problema normal de adaptações. 

A adaptação atual para o cinema fez com que me sentisse vendo A Hora do Pesadelo, aquela história de alguém que foi perseguido, que supostamente morreu e voltou, neste aspecto nada a ver com o romance infanto-juvenil. Se leu as palavras e achou exagerada a minha crítica, atente para o final do filme. Ele destoa do livro cujo fim é o relato do nascimento de um bebê ruivo, apontando para a esperança. No filme enquanto o casal adolescente se beija, uma escaravelho passa pela mesa no quato do hospital. Mas que valeu pelo sabor da lembrança. 

Marcelo Medeiros. 
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