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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Sobre a posse de Jair Bolsonaro





Meus mais sinceros respeitos ao povo que no livre exercício de seus direitos votou em Jair Messias Bolsonaro. Independentemente da opção de quem quer que seja, desejo que minha nação cresça politicamente, que deixe de confiar em pais, em reis, em messias e em ungidos e escolhidos por Deus, e assuma seu papel de protagonista histórico. Que o povo aprenda a debater politicamente e a estabelecer consenso. 

Permaneço não vendo no presidente eleito uma pessoa que reúna a capacidade de dialogar com as diferenças que nossa nação traz, o vejo como uma pessoa rasa, sem a profundidade e intelectualidade de Fernando Henrique Cardoso, sem o carisma de Luís Inácio Lula da Silva, sem o bigode de Sarney, o topete de Itamar Franco, mas foi a voz que reuniu uma parcela significativa da nação em torno de discursos em tons reacionários com forte ênfase moralizante. 

A fala de Onix Lorenzoni a respeito de um possível diálogo com as esquerdas foi uma luz no fim do túnel. Em entrevista ao JN este chefe da Casa Civil apontou para a necessidade de diálogo com a esquerda. Com isto ele reconhece que esta tem importante papel na identificação de possíveis distorções nos projetos que pretende aprovar. Mas confesso que estou bem cético. 

Espero que a Igreja desperte. Infelizmente é neste ramo que mais se percebe a ideia de que Deus "escolhe" homens e os coloca na frente de certos cargos políticos. Bolsonaro reforça e muito esta imagem de um "ungido". Não ignoro a soberania de Deus, pelo contrário, creio na mesma. Mas é incrível como vejo crentes e "pastores" afirmando que ele é o "homem escolhido por Deus", como se Deus sozinho tivesse eleito Bolsonaro. 

Tais afirmações advém de um grupo que afirma existir uma vontade permissiva de Deus. Minha perspctiva teológica sobre o assunto é que Deus se vale das ações "livres" dos homens para cumprir seus desígnios, e que por este motivo os homens são responsabilizados por seus atos. O que quero dizer é que: "colheremos as ações de nossas escolhas". 

Daí  a necessidade de que desenvolvamos o hábito da oração pelos deputados, senadores, governadores e presidente desta nação, afim de que Deus nos conceda uma vida de acordo com a piedade. De minha parte orarei para que eu e meu povo possamos crescer, e exercer a maturidade política. 

Em Cristo, Marcelo Medeiros. Pastor, Teólogo, Pedagogo e Cientista da Religião. 

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