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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Causas da Violência





A injustiça como causa da violência
 
O profeta Habacuque clama a Deus nas seguintes palavras: Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás? Por que razão me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida (Hc 1. 2 - 4).
Notemos por este texto que a maior marca da violência não são as agressões, mas a exclusão decorrente da iniquidade e da opressão social. O ímpio, diz o texto, cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida. Se a justiça é o reconhecimento do direito do próximo, a injustiça é a negação, é o bloqueio, a obstrução. Salomão fala de pessoas que não conseguem dormir enquanto não fazem o mal; perdem o sono se não causarem a ruína de alguém, e completa, eles se alimentam de maldade, e se embriagam de violência (Pv 4. 16, 17 NVI). Este é o perfil do verdadeiro ímpio, e motivações como estas no coração dos homens são a causa das injustiças, e estas produzem a violência.
A má notícia é que moramos em um mundo caído, em que a natureza das pessoas é predisposta à prática do mal, e lei alguma pode corrigir isto. As palavras de Hobbes ganham outra conotação diante desta realidade.  É isto mesmo: "o homem é o lobo do homem". A boa notícia, que Deus reservou a sabedoria para livrar os justos do mau caminho e guiar os mesmos no caminho da justiça
Pois o Senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento. Ele reserva a sensatez para o justo; como um escudo protege quem anda com integridade, pois guarda a vereda do justo e protege o caminho de seus fiéis. Então você entenderá o que é justo, direito e certo, e aprenderá os caminhos do bem. Pois a sabedoria entrará em seu coração, e o conhecimento será agradável à sua alma. O bom senso o guardará, e o discernimento o protegerá (Pv 2. 6 - 11 NVI).
Somente no caminho da sabedoria, que não deve ser confundida com "conheimento", é que podemos encontrar os meios para superar este clima caótico e fazer o ensaio para o reino milenar de Cristo, que Deus nos abençoe.
 
Pr Marcelo Medeiros

Veta Dilma, Mais uma reflexão










Veta Dilma?

Três dias após as manifestações que mudaram a rotina em nossa cidade venho me manifestar a respeito. De toda esta problemática em torno da distribuição dos "royaltes" do petróleo, o que fica na minha mente é a pergunta do taxista: "para onde vai este dinheiro todo?". O interessante é que o mesmo jornal que anunciou a manifestação, imediatamente apresentou uma outra matéria em que o Brasil é considerado um país com uma das mais altas taxas tributárias.
Para bom entendendor meia letra basta. Pagamos uma conta muito cara e para onde os recursos tributários e naturais vão? Retornando ao "veta Dilma" me lembro de que infelizmente o carro chefe da manifestação não foi a prestação de contas, nem a apresentação de um projeto para o emprego dos recursos, mas o entretenimento para a grande massa, com artistas, "palhacinhos" e talvez muita pipoca.
Outra questão, os Estados que pleiteiam a redistribuição dos "royaltes" do petróleo também não apresentaram um projeto de emprego dos mesmo em Educação, por exemplo. Como cristãos que somos não podemos nos omitir diante de tal situação, mas assumir nossa condição de povo de Deus e de profetas e denunciar claramente as mazelas de nossa política. As mídas podem ser instrumentos poderosos nesta empreitada. 




http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/11/ato-e-de-solidariedade-dilma-diz-governador-do-es-em-passeata-no-rj.html

http://mauriciofontenelle.wordpress.com/2012/05/21/entenda-o-novo-codigo-florestal-e-o-veta-dilma/

http://www.agorams.com.br/jornal/2012/11/dilma-defende-uso-responsavel-de-royalties-do-petroleo/

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lição da EBD nº 9






Habacuque e a soberania de Deus sobre as nações

O profeta Habacuque é mais um dos profetas menores que apresentam dificuldades de contextualização histórica e geográfica em razão da escassez de informações em seus escritos. Outro fator digno de nota é a ausência de um oráculo profético. O livro em apreço começa com as seguintes palavras: "peso que viu o profeta Habacuque ". A palavra peso, que alguns manuscritos trazem הַמַּשָּׂא֙ (massã), tem como significado, o sentido de despesa, ou de dívida, podendo ser uma declaração de maldição. O termo deriva de uma palavra hebraica (nãsha), cujo sentido é o de suportar, carregar.
Via de regra, o termo introduz algum oráculo que os profetas fazem contra as nações. Habacuque não tem um oráculo contra as nações, mas uma sentença contra Judá. Contemporâneo de Jeremias, Sofonias, e da famosa e prestigiada profetiza Hulda, o profeta Habacuque vê o peso do Senhor contra Judá. O quadro descrito pelo profeta não é nada agradável. Ele clama a Deus com as seguintes palavras: Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás? Por que razão me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida (Hc 1. 2 - 4).
O profeta clama contra a violência חָמָ֖ס (hãmas), mas o sentido desta palavra nada tem a ver com os disturbios sociais verificados em nossos dias, mas com o que ao meu ver com é a causa da violência, a crueldade, ganho injusto, falsidade. Em Gn 49. 5, quando Jacó faz predições a respeito dos seus filhos, ele diz que Simeão e Levi tinham espadas cheias de sangue e violência (חָמָ֖ס ), neste sentido a palavra tem o seu cunho no aspecto de violência fisica. Mas ainda em Gn, odemos ver um texto no qual a palavra é usada no sentido social (Gn 6. 11).
Um desdobramento desta violência חָמָ֖ס (hãmas), é a iniquidade אָ֙וֶן֙ ('awen), que pode ser traduzida como vaidade, futilidade e injustiça, ou iniquidade. O termo opressão וְעָמָ֣ל ('amãl), pode ser traduzido por qualquer coisa que provoque dor, amargura. Enfim, וְעָמָ֣ל ('amãl) é o mal em si, e a questão que o profeta levanta, é: Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles? (Hc 1. 13 NVI).
Violência חָמָ֖ס (hãmas), iniquidade אָ֙וֶן֙ ('awen), opressão וְעָמָ֣ל ('amãl), são causadores das contendas e dos litígios. Este é um ponto no qual o profeta se aproxima dos oráculos de Jeremias, que vaticina: Assim como um poço produz água, também ela produz sua maldade. Violência! Destruição! É o que se ouve dentro dela; doenças e feridas estão sempre diante de mim. Ouça a minha advertência, ó Jerusalém! Do contrário eu me afastarei inteiramente de você e farei de você uma desolação, uma terra desabitada (Jr 6. 7, 8 NVI). A diferença está em que em Jeremias, o quadro de Jerusalém provoca dor, ao passo que em Habacuque, perpelxidade. O que faz com que violência חָמָ֖ס (hãmas), seja um dos termos chaves do livro do profeta em apreço.
Esta palavra é um dos conceitos chaves no livro do profeta (Hc 1. 2, 3, 9; 2. 8, 17). É dela que advém todas as demais questões levantadas no livro. Afirmamo isto porque ao ler o livro posso perceber que o profeta começa protestanto contra a violência de Judá (Hc 1. 2, 3) e ao ser informado pelo Senhor que os caldeus serão usados como instrumento de juízo (Hc 1. 5 - 11), ele segue protestando contra a violência dos mesmos.
É quando o profeta clama por causa do absurdo dos caminhos de Deus. Para o profeta não há sentido no fato de um Deus justo e santo usar ímpios como os caldeus para julgar e disciplinar o seu povo. É neste momento que vem a segunda resposta de Deus. Deus ordena que o profeta escreva a visão, pois ela se cumprirá em breve, e adverte: Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá (Hc 2. 4).
O termo אֱמוּנָתֹ֥ו (emunãh) tem o sentido de firmeza e de flexibilidade, indicando a capacidade que o justo tem de ter para resisitir às pressões mais adversas. O caminho que Deus propõe é duro, primeiro ele julga e pune o seu povo e somente depois ele se volta para as demais nações. Este conceito está presente em outros textos. Tanto Isaías (Is 10. 5 - 12), quanto Jeremias (Jr 25. 15 - 29) o abordam. Sendo que este último o faz a partir de uma perspectiva mais elaborada. Um cálice é dado ás nações para beberem, e elas não podem negar.
Deus está começando a julgar a terra por sua santa cidade, mas quando ele terminar, ele se voltará para as demais nações. Começo a trazer desgraça sobre a cidade que leva o meu nome; e vocês sairiam impunes? Sem dúvida não ficarão sem castigo! Estou trazendo a espada contra todos os habitantes da terra’, declara o Senhor dos Exércitos (Jr 25. 29).
É neste ponto que se faz mais clara a soberania de Deus sobre toda a terra. Deus usa um povo violento como o caldeu para julgar o seu povo por causa da violência חָמָ֖ס (hãmas), iniquidade אָ֙וֶן֙ ('awen), opressão וְעָמָ֣ל ('amãl); mas pelos mesmos motivos julga o povo caldeu. O oráculo do profeta é claro, a violência que você cometeu contra o Líbano o alcançará, e você ficará apavorado com a destruição de animais, que você fez. Pois você derramou muito sangue, e cometeu violência contra terras, cidades e seus habitantes (Hc 2. 17 NVI).
A lista do profeta Jeremias é ainda maior. Lá podemos ver mais nações, visto que edomitas, amonitas, moabitas, egípcios e até filisteus são convidados a beberem do cálice da ira de Deus. Mas o príncipio é o mesmo. Deus julgará os caldeus. Nas palavras de Jeremias: Quando se completarem os setenta anos, castigarei o rei da Babilônia e a sua nação, a terra dos babilônios, por causa de suas iniqüidades, declara o Senhor, e a deixarei arrasada para sempre. Cumprirei naquela terra tudo o que falei contra ela, tudo o que está escrito neste livro e que Jeremias profetizou contra todas as nações. Porque os próprios babilônios serão escravizados por muitas nações e grandes reis; eu lhes retribuirei conforme as suas ações e as suas obras (Jr 25. 12 - 14 NVI).
O brado final de Habacuque é: o Senhor está em seu santo templo; diante dele fique em silêncio toda a terra (Hc 2. 20 NVI). Sim, todas as nações são convocadas a se calarem diante do Deus Todo Poderoso e Soberano.

Pr Marcelo Medeiros

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Desdobramento 2, mais uma reflexão




Mais uma reflexão sobre a situação do negro

Ontem, dia vinte de Novembro, comemorado dia da consciência negra. O fato me fez lembrar uma canção interpretada por Baby Consuelo,  que trazia em seus versos "todo dia era dia de índio". Sendo que neste último caso, nem no dia dezenove de Abril mais. Falo assim, porque não me lembro de uma única manifestação social a respeito dia em apreço, exceto as realizadas em ambiente escolar.
Voltando ao dia da consciência negra, passei o mesmo de forma maravilhosa na companhia de pessoas extremamente agradáveis. Enquanto estava me deslocando para a casa de uma família amiga nossa, ouvi parte de um debate em uma rádio sobre a data. Em um determinado momento do mesmo foi tocado o assunto das cotas para os negros nas universidades públicas. Nunca concordei com as ditas cotas, ou quotas, ou seja o que for. Ela não corrige nem o problema social, nem o cultural. 
Entrar em uma instituição de ensino não é garantia de que iremos sair formados da mesma, muito menos de que a instituição de ensino público esteja enganjada na formação de alunos com necessidades específicas, como os mencionados neste artigo, sempre disse isto nos debates dos quais participei.
NÃO DUVIDO DA CAPACIDADE INTELECTUAL DO NEGRO, DE FORMA ALGUMA! Mas sei que a capacidade se esbarra em condições materiais, em outras palavras, GRANA. Também sei que um, ou outro vencem esta barreira, e com isto, sem querem, acabam por legitimar o discurso do mérito, quando na verdade os fatores socioeconômicos influenciam sim.
O mais absurdo no meio de tudo isto é um radialista não entender isto, e mater até o fim esta farsa, a do mérito. Neste aspecto sou mais o pregador que diz: "não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos" (Ec 9. 11).
As quotas para negros nas instituições públicas de ensino terminaram por criar outro tipo de preconceito. O que o negro não é capaz de se formar um uma Universidade pública por seus próprios méritos, e que por não entrar  nestas de forma "merecida" não terá a mesma competência profissional de um aluno que entrou sem o privilégio da quota.
P.S. Não é o que eu penso, já escrevi sobre a capacidade do negro, mas esta foi a impressão que o suposto debate me deixou.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da Consciência negra: uma reflexão

  

Um novo Herói

De acordo com o site do infoescola, o dia da consciência negra (20 de Novenbro) foi incluido no calendário escolar, em razão da lei 10.639 de 9 de Janeiro de 2003. A escolha da data tem o seguinte critério: foi o dia em que um grande herói da resistência negra foi encontrado, e por motivo de traição foi "martirizado".
Zumbi, cujo significado do nome é "força do espírito presente", é a alcunha de um menino de origem angolana, adotado por um padre e batizado com o nome de Francisco. É descrito no site, por nós indicado, como alguém que possuía considerável instrução, e que desde os doze anos já demonstrava seus dotes em língua portuguesa e em latim.
Não possuo o lastro acadêmico e cientítico para saber o que há de verdadeiro e de lendário nas histórias que cercam o "Zumbi". Sabemos que algo parecido ocorreu com os índios. Primeiro eles foram os selvagens, depois os preguiçosos e por último, os heróis descritos nos romances de José Alencar (para mais, leia:  O que é Etnocentrismo).
Não tenho nenhuma dúvida de que negros possam vir a ser grandes destaques nas artes (Aleijadinho), na Literatura (Machado de Assis, Castro Alves), Música (Antônio Calado e Alfredo Vianna, o vulgo Pixinguinha). O problema é que com o passar do tempo, o nosso povo costuma revestir as mesmas de aspectos lendários, o que dificulta e muito saber o que é verdade e mito do que contam a respeito deles.  
Outro problema é o fato de vivermos em uma época em que nossa geração pouco, ou nada aprecia a História. O resultado? Precisamos de arquétipos, de modelos, de símbolos, de pessoas que sejam paradigmas para os jovens negros.
Nosso contexto tem sim produzido este herói. Dizem que ele é filho de um pedreiro e de uma doméstica, criado em situação de extrema probreza, conseguiu vencer todas as intempéries da vida e após muito trabalho, muita disciplina, muito estudo, muita garra, conseguiu vencer o preconceito e os paradigmas sociais e chegou a ser um dos ministros do supremo, além de exemplo para muitos estudantes de DIREITO.
Minha proposta neste, que é o dia da consciência negra, é que alguém escreva a biografia deste ministro, que a mesma seja transformada em gibi, filme, quem sabe novela, ou minissérie, para que ele seja um exemplo vivo de que NEGRO, para ascender não precisa apenas saber cantar, jogar bola e ter muita sorte. Não que esta seja dispensável, é claro, vez ou outra todos podemos vir a precisar desta. Mas sorte não é nada sem o devido preparo, sem persitência.
O que busco enfatizar neste espaço é que Joaquim Benedito Barbosa Gomes não é apenas referencial de ascenção social, ou luta contra a corrupção. Mas exemplo vivo de herói para inúmeros jovens negros que lutam contra o estigma social e apostam nos estudos para vencer na vida.



Pr Marcelo Medeiros

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A hora do pesadelo e as empresas de telefonia celular





Há alguns meses atrás tivemos a ocorrencia de uum fato bem interessante, empressas de telefonia celular foram proibidas de venderem seus chips até que melhorassem seus serviços. Uma das exigências foi que as empresas melhorassem os seus serviços. Parece que muita coisa mesmo ainda precisa melhorar.

Primeiro em relação a Vivo. Após anos usando um plano Vivo controle, simplesmente resolveram colocar nas nossas contas um seguro, que sequer contratamos. Não bastasse tal desagrado, ainda tivemos de aturar a falta de educação do atendente quando ligamos para tentar sustar o pagamento do dito seguro. 

Outra empresa que me tem criado problemas é a TIM. Não é dificil para ser humano algum que ande sobre duas pernas enetnder que o motivo de adesão a esta operadora é o preço em conta que a mesma oferece. Coisas do tipo falar de TIM para TIM “ ilimitado”, por apenas R$ 0, 25, internet por apenas R$ o, 50 ao dia (pagando apenas o primeiro acesso, é claro), etc...

Em outras palavras não procurei a operadora para ter aulas de ingles via celular e pagar R$ 0, 99 por semana. Mas é um serviço que  ser empurrado pela minha goela abaixo, visto que o SAIR não funciona. Fato é que  quando tentei mandar a mensagem para SAIR (de onde não entrei por livre vontade, é claro), nenhuma foi enviada. Logo, estou com umas onze mensagens na minha caixa de rascunhos. Todas enviadas para um tal de 2525, mas sem sucesso.

Para os quixotescos que buscam apagar supostas mensagens religiosas das nossas notas, que tal abraçarem esta causa?





Pr Marcelo Medeiros.


Em Cristo.


domingo, 18 de novembro de 2012






TROCANDO AS NOTAS
 
De alguns anos para cá tem se tornado cada vez mais natural confusão entre "laicização" e "secularização". Prova maior de tal confusão é a proposta da proposta da procuradoria da república que se retire a "expressão" "Deus seja Louvado" de nossas notas. o argumento mais apresentado é a de que somos um Estado laico. Ao que pergunto: e daí? Sim em que sentido a presença de uma expressão tão genérica como esta fere o princío da laicização estatal
 
Mas ao que parece, o problema não para por aí. Como se não bastasse, em função de um alinhamento com o politicamente correto, também se propos que a expressão em apreço privilegia uma minoria em detrimento do restante da população. Ao que continuo a perguntar como? Em que sentido tal expressão viola os direitos de uma minoria, se a nota se quer indica qual deus tem de ser louvado?
 
Minha tendência pessoal é a de crer que haja sim uma séria mudança no modelo de visão que a nossa sociedade tende a seguir. E uma suposta violência está sendo substituída por outra, a de quem quer ver uma sociedde nos seus moldes filosóficos. Existem outras questões de maior importância para serem tratados pela procuradoria e mesmo pelo MPF.
 
Mas o principal problema nesta questão é que até Comte e Durkeim sabiam que uma socieade só poderia ser constituída a partir de valores herdados da religião cristã. Tanto que o primeiro elaborou um catecismo positivista e deixou como herança toda uma tradição de hinos nacionais, culto à bandeira, culto à patria, etc....
 
Na minha humilde e simples opinião tudo isto é fruto da maldita ditadura do politicamente correto.
 
Pr Marcelo Medeiros

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Lição da EBD nº 7



Miqueias - Justiça e adoração, o culto que Deus pede.

Começo o presente estudo pedindo minhas desculpas pelo texto. Estou sem computador e daí o texto simples que apresento.

Miqueias é um profeta cujas origens são desconhecidas. A despeito das suposições sobre sua cidade natal, todas levantadas em função da menção a Moresete-Gate, um cidade situada à 40 Km Jerusalém, não se sabe ao certo se este foi homem do campo, ou da cidade.O que se conhece ao certo é que foi contemporâneo de Isaías, tendo desenvolvido o seu ministério durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.

O mesmo dirigiu sua profecia contra Samaria também, mas não faz menção ao rei de Israel, indicando que suas profecias ocorreram em um período de declínio do reino norte. O  que mais impressiona em seu livro é a semelhança que ele guarda com o profeta Isaías. Por exemplo:

1) Ambos profetizam nus como símbolo do cativeiro que havia de vir (Is 20. 2, 3; Mq 1. 8), sendo que Isaías profetizou sobre o Egito, ao passo que Miquéias dirige sua profecia ao reino norte.

2) Ambos dirigem sua profecia contra os que se valem de sua situação social e do poderio político para poder oprimir ao povo (Is 10. 1, 2; Mq 2, 1, 2).

3) Ambos profetizam contra os que propagam inversão de valor entre o povo (Is 5. 20; Mq 3. 2).

4) Ambos profetizam a restauração política e social e espiritual de Jerusalém (Is 2. 1 - 5; Mq 4. 1 - 4).

5) Ambos profetizam a restauração na era messiânica (Is 11. 1 - 7; Mq 5. 2 - 5).

6) Profetizam a restauração dos remanescentes de Jacó e o juízo de Deus contra a Assíria (Is 10. 7 - 22; Mq 5. 6 - 15).

7) Ambos contestam o culto baseado em sacrifícios e destituído de vida prática e social (Is 1. 11 - 17; Mq 6. 6 - 8).

8) Ambos falam da apostasia geral entre o povo de Israel (Is 59. 2 - 16; Mq 7. 1 - 7).

Tais semelhanças tem despertado na comunidade científica a curiosidade a respeito da originalidade dos oráculos, se de Isaías, se são de Miqueias  ou se algum profeta mais antigo serviu de fonte para ambos. Em tudo isto, precisamos observar que, a despeito das semelhanças, cada um mantém a sua originalidade e a mensagem é transmitida em termos diferentes.

Ambos experimentam a ação do Espírito do Senhor (Is 61, 1, 2; Mq 3. 8), sendo que no caso do último, o Espirito do Senhor está presente para expor ao povo o seu pecado. O pecado de um povo liderado por chefes que comem a carne, do povo, que oprime, cujos profetas profetizam paz para todo o que possui algo  que possa dar o profeta, ao passo que profetizam guerra a quem nada tem a lhes oferecer (Mq 3. 1 - 7).

O texto mais marcante do livro é o ele te declarou ó homem (Mq 6. 8). Deus exige que o povo tenha uma vida espiritual mais profunda, e menos ritual. O amor a justiça (sadik), a prática da beneficência (hesed), são as bases de uma vida diante de Deus. Miqueias é lembrando pela profecia que dá o local exato do nascimento do Messias (Mq 5. 2; Mt 2. 6). A despeito dos sinais visualizados pelos magos, é a profecia o norte que orienta os mesmos.

Jesus também cita Miqueias ao orientar os seus discípulos a respeito de como os familiares podem vir a se tornarem inimigos do homem (Mq 7. 6, 7; Mt 10. 21, 36). Por este motivo o livro é extremamente apreciado e admirado por nós.

Em Cristo, Graça e paz. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Desdobramento da lição da EBD n° 6





















O SINAL DO PROFETA JONAS

Então alguns dos fariseus e mestres da lei lhe disseram: "Mestre, queremos ver um sinal miraculoso feito por ti". Ele respondeu: "Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! Mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas. Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra. Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas, e agora está aqui o que é maior do que Jonas. A rainha do Sul se levantará no juízo com esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e agora está aqui o que é maior do que Salomão (Mt 12. 38 – 42 NVI).

O texto que acabamos de ler situa-se em um contexto no qual Jesus foi acusado pelos fariseus de expulsar demônios mediante a autoridade de Belzebu, o príncipe dos demônios. As autoridades julgam o mestre desta maneira em razão das supostas quebras que este faz da tradição oral e das curas que realiza em pleno sábado (Mt 12. 1 – 14). No critério usado pelos mestres da lei quem faz tais concessões não pode fazer os sinais que faz sob a autoridade de Deus.
Em resposta Jesus lhes dirige uma critica ainda mais dura. Por resistirem a obra do Espírito Santo – realizada em Cristo – os fariseus não terão perdão, nem nesta vida, nem na vindoura. Diante da critica irrefutável, estes propõem a Jesus que realize em sinal σημειον (seemeion). É quando estes ouvem de Cristo que nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas. O texto estabelece alguns paralelos entre Jonas e Cristo. Quais?

1) Ambos têm a sua base na Galiléia. É Dake, quem afirma em sua Bíblia de Estudo que Jonas tem a sua origem na Galiléia. Foi lá que ele exerceu o seu ministério e neste mesmo lugar, Jesus exerce o seu, a fim de cumprir com a profecia de Isaías,
Quando Jesus ouviu que João tinha sido preso, voltou para a Galiléia. Saindo de Nazaré, foi viver em Cafarnaum, que ficava junto ao mar, na região de Zebulom e Naftali, para cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías: Terra de Zebulom e terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios; o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz (Mt 4. 12 – 16 NVI).

2) Ambos viveram experiências com tempestades antes do cumprimento de uma missão. Jonas passou por tal experiência em razão de sua declarada desobediência (Jn 1. 3, 4), ao passo que Jesus talvez tenha se valido de tal situação para revelar aos seus discípulos o seu poder sobre a natureza (Mt 8. 23, 24).

3) Ambos estavam dormindo quando passaram por tais experiências, tanto que foram acordados pelos marinheiros no momento em que se deu a experiência (Jn 1. 6; Mt 8. 25).

4) Ambos passaram pela angustia da morte. Jonas ao ser engolido pelo grande peixe (Jn 1. 17; 2. 1), Jesus ao morrer (Mt 26. 37ss).

5) Assim como o grande peixe recebeu ordem para vomitar Jonas (Jn 2. 10), a morte recebeu ordens da parte de Deus para que Jesus não fosse retido por ela. Por este motivo Pedro afirmou no Pentecostes: era impossível que a morte o retivesse (At 2. 24 NVI).

6) Ambos descem as mais profundas regiões (Jn  2. 2; Ef 4. 9, 10; I Pe 4. 5).

7) Foi após o livramento do ventre do grande peixe que Jonas realiza a sua missão (Jn 2. 10; 3. 1ss). De igual modo Jesus, após sua morte e ressurreição delega aos seus discípulos a ordem para pregar a toda criatura debaixo de céu (Mt 28. 16 – 20; Mc 16. 15 – 17).

8) A pregação de Jonas produz conversão dos ninivitas (Jn 3. 5 – 10), ao passo que a pregação dos apóstolos provoca conversões em massa, entre os judeus (At 2. 38 – 41), entre os samaritanos (At 8. 4 – 8), entre os gentios (At 10). Mostrando claramente que Jesus é maior sim do que Jonas. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

UMA PALAVRINHA SOBRE OS SONHOS.





Hoje se fala muito em sonho. Graças a Deus já passou o tempo em que toda pregação terminava em padaria. Até o relato do Evangelho de João a respeito de Lázaro se transformou neste produto, que se muito consumido provoca náuseas. O resultado foi um hit cantando por uma cantora de grande sucesso, onde o texto é aplicado aos nossos sonhos.
E quando resolveram inventar que até Deus sonhava, “meu Deus!”, que coisa triste! Alguém poderia dar um dicionário para esta gente. Sim, além de falta de Bíblia, pois nem os escritores bíblicos com toda a sua linguagem antropomórfica ousaram dizer que Deus sonha. Mas a cada culto lá estavam os pregadores falando de sonho. Para quem tem triglicéride alta haja cloridrato de metformina. E haja léxicos para o nosso povo.
E isto, por uma razão bem simples, o significado de sonhos é: 1) seqüência de fenômenos psíquicos (imagens, representações, atos e idéias) que involuntariamente ocorrem durante o sono; 2) seqüência de pensamentos, de idéias vagas, mais ou menos agradáveis, mais ou menos incoerentes, às quais o espírito se entrega em estado de vigília, geralmente para fugir da realidade; devaneio; fantasia; 3) idéia dominante perseguida com paixão e interesse (FERREIRA, 1984, p. 1611).
Nas Escrituras Sagradas os sonhos são meios pelos quais Deus se comunica com o homem. Inclusive os profetas, uma vez que é dito: Ouçam as minhas palavras: Quando entre vocês há um profeta do Senhor, a ele me revelo em visões, em sonhos falo com ele (Nm 12. 6 NVI). O TEXTO É CLARO, SONHOS, NA BÍBLIA SÃO O INSTRUMENTO QUE DEUS EMPREGA PARA COMUNICAÇÃO COM OS PROFETAS. MAS TAMBÉM É O MEIO QUE JEOVÁ EMPREGA PARA REPREENDER O HOMEM EM SEU MAU CAMINHO. Eliú declarou:

Pois a verdade é que Deus fala, ora de um modo, ora de outro, mesmo que o homem não perceba. Em sonho, ou em visão durante a noite, quando o sono profundo cai sobre os homens, e eles dormem em suas camas. Ele pode falar aos ouvidos deles e aterrorizá-los com suas advertências, para prevenir o homem de suas más ações e livra-lo do orgulho. Para preservar da cova sua alma, e a sua vida da espada (Jó 33. 14 – 18 NVI).

1) A maioria dos registros de sonhos contidos nas Escrituras se trata de meios através dos quais, Deus se revela (Gn 28. 12 – 17), e ao mesmo tempo expõe o futuro (Gn 41. 1 – 8; Dn. 2. 1 – 45); ratifica a aliança com os seus (Gn. 28. 12 – 17); repreende os homens (Gn. 20. 3) e orienta os mesmos (Mt. 1. 20 – 24; 2. 12, 13, 19, 20). Como exemplo deste último caso, temos os sonhos que José, marido de Maria, teve. Estas aparições divinas o ajudaram a se orientar contra a perseguição de Herodes e a preservar a vida de Jesus. Neste contexto a palavra grega para sonho é οναρ (gr. Onar).
2) Mesmo quando se tratam de revelações de Deus, os sonhos possuem um caráter involuntário. Nem o Faraó, muito menos Nabucodonozor; buscaram ter os seus respectivos sonhos (Gn 41. 1 – 8; Dn. 2. 1 – 45). Mas o nosso povo persegue os sonhos, e justamente por este motivo corre o risco de ficar diabético (é ironia, kkkkkkkk).
3) Por meio dos sonhos Deus também fala de forma clara e inconfundível. Foi esta experiência que teve Salomão na ocasião em que Deus se dispôs a lhe conceder o que seu coração desejasse (I Rs. 3. 5). Salomão pede sabedoria (I Rs. 3. 6 – 9). O Senhor concede a este uma sabedoria inigualável e renova com ele a sua aliança (I Rs. 3. 11 – 14).
4) Sendo manifestações dos desígnios divinos, os sonhos possuem caráter de infalibilidade. Eles se cumprem cabalmente. Este foi o caso do padeiro e do copeiro-mor que tiveram seus sonhos interpretados por José (Gn. 40. 9 – 23).
5) De acordo com a fala de Eliú, qualquer um de nós pode (e às vezes precisamos) ter um sonho (revelação) da parte de Deus. Eles são demonstrações do amor, cuidado e orientação que o Pai dispensa a nós. “Para prevenir o homem de suas más ações e livrá-lo do orgulho. Para preservar da cova sua alma, e a sua vida da espada” (Jó 33. 14 – 18 NVI).
Um termo que merece a nossa atenção é חִזָּין (heb. hizzayôn), cujo sentido pode ser o de sonho, visão e revelação. Este termo indica o meio pelo qual a visão é transmitida. Daí o nosso entendimento de que na Bíblia sonho não tem nada a ver com aspirações humanas, mas com revelações que Deus faz dos seus desígnios.
Mas aqui cabe uma advertência: existem sonhos cuja origem é claramente humana. Salomão afirmou que das muitas ocupações brotam sonhos; do muito falar nasce a prosa vã do tolo (Ec 5. 3 NVI), e também disse: Em meio a tantos sonhos, absurdos e conversas inúteis, tenha temor de Deus (Ec 5. 7 NVI). Ou seja, NÃO DEVEMOS NOS GUIAR EXCLUSIVAMENTE PELO SONHO, MAS PELO TEMOR DE DEUS. A respeito do primeiro texto vale considerar o que disse Freud em seu clássico “A Interpretação dos Sonhos”. Que estes são produtos das ocupações do homem em estado de vigília.
Termino o texto com a recomendação de Jeremias a respeito de um tipo de sonhador. Eles imaginam que os sonhos que contam uns aos outros farão o povo esquecer o meu nome, assim como os seus antepassados esqueceram o meu nome por causa de Baal (Jr 23. 27 NVI), e: Sim, estou contra os que profetizam sonhos falsos, declara o Senhor. Eles os relatam e com as suas mentiras irresponsáveis desviam o meu povo. Eu não os enviei nem lhes autorizei; e eles não trazem benefício algum a este povo, declara o Senhor (Jr 23. 32 NVI).
PREGAR QUE TODA ASPIRAÇÃO QUE TEMOS É UM SONHO DE DEUS É UMA MENTIRA IRRESPONSÁVEL.

Na paz de Cristo Jesus.

PONTUAÇÕES 1


APOLOGÉTICA, O QUE É ISTO
 

Este texto é produto de um rascunho de uma apostila que não aprontamos, logo, nos perdoe. 





A palavra “apologética” deriva-se do verbo grego απολογεομαι, cujo sentido é o de resposta, ou de defesa de uma determinada posição. Deste verbo, temos o substantivo απολογια (PFFEIFER, VOS et al, 2007). De acordo com os léxicos mais atuais, o termo indica a “Parte da teologia que tem por objeto a defesa da religião cristã, contra o ataque e objeções de seus adversários” [1]. O sentido do substantivo é o de “Discurso ou escrito que defende, justifica, elogia uma pessoa ou coisa” [2].
Na medida em que nos dedicamos a ler um pouco da história do cristianismo, percebemos que desde sua origem este alvo de extremas controvérsias. De acordo com o apóstolo dos gentios, “a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (I Co 1. 18 Nova Versão Internacional[3]). O Evangelho é alvo de contradição porque tem como seu principal tema “Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios” (I Co 1. 23 NVI).
É comum pensarmos que nossa falha em defender a nossa fé seja de caráter puramente intelectual – talvez o seja –, mas precisamos encarar um fator: mesmo que nos cerquemos dos melhores argumentos históricos para defender a nossa fé, nos depararemos com a seguinte verdade: “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente” (I Co 2. 13 NVI[4]).
Diante de tais fatos, precisamos estar armados com a Palavra de Deus e com toda a armadura do Espírito, e dos melhores argumentos para que possamos cumprir com a exigência bíblica. É Deus quem nos adverte – por meio do apóstolo Pedro – “Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (I Pe 3. 15 NVI). A apologética é uma tarefa necessária, e para o exercício desta precisamos de preparo bíblico, teológico, intelectual e, sobretudo espiritual.
Aqui precisamos considerar que o termo que Pedro emprega é απολογιαν, cujo sentido é o de defesa. É desta que vem o termo que conhecemos como apologética. Diante de tal informação podemos entender que a  apologética não é mero pedantismo acadêmico, ou teológico, mas uma tarefa à qual temos de nos entregar de corpo, alma, mente e coração para o crescimento do reino de Deus em meio á uma geração corrompida e perversa. 




[1] FONTE: http://www.dicionariodoaurelio.com/dicionario.php?P=Apologetica. Acesso em 23/05/2010, às 16. 43 minutos.
[2] FONTE: http://www.dicionariodoaurelio.com/dicionario.php?P=Apologia. Acesso em 23/05/2010, às 16. 43 minutos.
[3] FONTE: http://www.irmaos.com/bibliaonline/index.php?pg=2&tarefa=explora&liv1=46&cap=1&version=1. Acesso em 23/05/2010, às 16. 55 minutos.
[4] FONTE: http://www.irmaos.com/bibliaonline/?tarefa=explora&liv1=46&cap=2&version=1. Acesso em 23/05/2010, às 17. 00 horas. 

MATÉRIA COMENTADA 1





RECEBI UM LINK DE UM COLEGA COM O SEGUINTE CONTEÚDO




No link em questão vemos alguém demonstrando de forma clara o declínio do regime democrata, motivado por um estranho processo de síntese. Esta pode ser descrita nas palavras do autor do artigo: pragmáticos do ultraliberalismo se uniram às esquerdas renovadas (que já não querem mais, claro!, a planificação da economia de modelo soviético) no que chamo de desprestígio (e até de ódio) à democracia.
O pensamento do autor pode ser justificado se percebermos que:
1.      Nossa cultura tem elaborado um pensamento no qual a igualdade tem sido defendida a todo custo, mesmo em detrimento da liberdade.
2.      Mesmo as ditaduras podem promover este tipo de igualdade em detrimento da liberdade, principalmente a de expressão.
3.      Uma vez consolidada a oposição à liberdade, a tendência é que a democracia – regime caracterizado pela polarização – se torne um regime de consenso.
Tem sido tendência de nossa imprensa apresentar a democracia americana como um fracasso, e pior, a ditadura chinesa como uma alternativa ao mesmo jogo. Mas o fato, devidamente destacado pelo autor, é que a ditadura chinesa, na verdade é o resultado da política de Mão, e como tal não pode ser, considerada uma forma de se jogar o mesmo jogo. A respeito da América, mesmo não possuindo a mesma quantidade de partidos que temos aqui a democracia americana consegue manter a polarização partidária, o que para qualquer um que entende o que seja este regime, sabe ser a marca distintiva do mesmo.
Toda tentativa de oposição, seja no campo político partidário, seja no econômico, seja na contraposição de idéias, é visto como sabotagem. Um exemplo, ai de quem se opuser à cartilha do politicamente correto!, ou à agenda da nova ordem mundial. É justamente neste ponto que concordo com o autor, para quem os maiores valores da democracia estão ruindo diante de uma nova ditadura.
Nosso papel enquanto cristãos creio eu, é o de dizer não a esta síntese que se apresenta para nós, disfarçada de democracia, mas que na verdade é a mistura do que há de pior nos regimes totalitários do século passado. Sabemos que temos de nos submeter às autoridades, mas quando esta é justa e vem para o louvor das boas obras e condenação das más (Rm 13. 1 – 7). Mas quando a potestade se mostra injusta nosso papel muda. Ele passa a ser o de clara oposição e as armas a Bíblia diz quais são: o sangue do cordeiro e a palavra do testemunho (Ap 12. 11).
Em outras palavras, precisamos resistir franca e abertamente a política de consenso que tem se instaurado no mundo. E tal é uma obra hercúlea visto que quem não se enquadra é facilmente tachado de louco e anormal – coisas que não são estranhas para nós cristãos – e permanecer na posição demanda coragem e desamor á própria vida.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O AMBIENTE PROPÍCIO PARA A COMUNHÃO.

  



O AMBIENTE PROPÍCIO PARA A COMUNHÃO

Pregação ministrada no café de comunhão em nossa Igreja Assembléia de Deus em Cidade Nova.

Comunhão é uma palavra que ocorre significativamente em nossas Bíblias. Foi a base da Igreja primitiva (At 2. 42), é a base  do nosso chamado para o Evangelho (I Co 1. 9) e efeito da proclamação da Palavra de Deus (I Jo 1. 3, 6, 7). Mas qual o sentido deste termo? Por comunhão podemos entender: ato de comungar, de ter as mesmas idéias, os mesmos objetivos, e os mesmos princípios. Também pode ser a participação comum nos bens de natureza material e espiritual.
É desta palavra que vem o termo comunidade. Mas qual é o ambiente propício para a formação de uma mentalidade de comunhão? Há um texto paulino que nos dá as dicas a respeito de como estas coisas podem ser alcançadas, vivenciadas.
Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros (Fp 2. 1 – 4 Nova Versão Internacional).

1.      Consolação em Cristo

O ambiente de comunhão é um ambiente de conforto, consolação mútua e estímulo pessoal. O termo que aparece aqui é παρακλησις (paraklesis), cujo sentido é o de παρα (ao lado de) + κλησις, que vem de καλησις (chamar para). Não se trata, por tanto do mero uso de palavras com fins de transmitir algum conforto, mas de estar ao lado dos que de fato necessitam deste conforto. É em um ambiente de consolação que a COMUNHÃO brota. O que precisamos, neste caso, mais do que palavras é orar juntamente com o apóstolo Paulo, dizendo: Que o próprio Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança pela graça, dê ânimo aos seus corações e os fortaleça para fazerem sempre o bem, tanto em atos como em palavras (II Ts 2. 16, 17 NVI).
Outro termo equivalente que aparece aqui para consolação é παραμυθιον (paramution), cujo sentido é bem semelhante ao de παρακλησις (paraklesis). É usualmente traduzido, em nossas Bíblias como consolo ao passo que paraklesis se traduz como exortação. Este último termo vem a ser as palavras com as quais se procura melhorar os costumes de outrem, até o ânimo, ou a incitação.
É esta prática que o autor da carta aos Hebreus incentiva quando recomenda: E consideremos-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemos-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia (Hb 10. 24, 25). O termo grifado é a tradução do verbo παρακαλεω (parakaleoo), cujo sentido é o de chamar ao lado de.

2.      A comunhão no Espírito

Se a comunhão consiste na participação comum dos mesmos ideais e aspirações. A comunhão do Espírito consiste na participação da vida que nos é comunicada por Cristo, mediante o Espírito de Deus. Escrevendo aos irmãos de Corinto Paulo afirma: Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito (I Co 12. 13 NVI). Notemos que a unidade da Igreja é garantida aqui pelo fato de todos os diferentes crentes haverem sido batizados em um único Espírito e bebido de uma única fonte.
É neste sentido que entendemos a benção apostólica que se expressa nos seguintes termos: A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão (κοινωνια) do Espírito Santo sejam com todos vocês (II Co 13. 13 NVI). É uma única e mesma graça que nos deu o Espírito por meio da fé (Gl 3. 2, 5, 14). Onde reina o Espírito de Deus aí, impera a comunhão.

3.      Profunda compaixão e afeição

Este trecho também pode ser traduzido por entranháveis afetos de misericórdia. Ele indica um termo que na verdade poderia ser traduzido como das entranhas, ou como fígado, ou quaisquer órgãos internos. Estes termos (σπλαγχνα και οικτιρμοι) são traduzidos pela Nova Versão Internacional como profunda afeição e compaixão.
Não há especo para comunhão onde as pessoas são exclusivistas e egoístas. Não é sem razão que Paulo recomenda: cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros (Fp 2. 4 NVI).

4.      A comunhão concretizada

Esta se baseia em: um mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude (Fp 2. 2). O mesmo texto é traduzido na versão Almeida Revista e Corrigida Fiel da seguinte forma: que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Afinal de contas é sentir, ou pensar? E o que pensar da tradução atitude na NVI e sentir na ARCF? O termo usado aqui é φρονητε (phroneete) e φρονουντες (phronoyte), respectivamente, cujo sentido é: exercitar a mente, ter um sentimento, ou opinião. Esta mesma mente, ou opinião é o que nos leva a estarmos dispostos. Mas nos textos acima indica uma única disposição mental, o que pode ser visto nas palavras de Paulo: por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos (φρονωμεν) isto mesmo; e, se sentis (φρονειτε) alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos (φρονειν) o mesmo (Fp 3. 15, 16 NVI).
O amor é o mesmo porque desfrutamos de um único Espírito e este derrama o amor de Deus em nossos corações (Rm 5. 5). Bebemos de uma única fonte de um único Espírito, daí que tenhamos uma única disposição e um mesmo modo de pensar. Pois temos todos, a mente de Cristo.

O chamado para viver a comunhão se concretiza quando pensamos de uma mesma forma, sentimos todos de uma mesma forma. Que Deus nos abençoe em Cristo Jesus, amem.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

JONAS – E AS LIÇÕES DA MISERICÓRDIA DIVINA (parte 2) .






JONAS E AS LIÇÕES DA MISERICÓRDIA DIVINA (parte 2)

O contexto do profeta Jonas pode ser situado de forma histórica. É esta a abordagem predileta da grande parte dos ortodoxos, ao passo que os críticos preferem uma abordagem mais alegórica. Conforme vimos ao longo do estudo anterior Jonas nos apresenta um problema de natureza complexo. Não há uma abordagem que sequer possa ser considerada histórica, mas interpretar o livro com se o mesmo fosse uma fábula, ou novela nos deixa diante de problemas mais sérios.
Em todo o momento o livro descreve um Deus que intervém na natureza e nos homens. Se o que está escrito ali não aconteceu, a Teologia apresentada no livro está firmada em terreno movediço. A abordagem cientifica da Teologia é muito interessante, mas quando esta se propõe a pagar o preço do academicismo, a aplicação prática e vivencial fica extremamente comprometida.
Daí a minha decisão de interpretar o livro como uma narrativa real, mas aplicar as lições extraídas do pensamento crítico. Sob tal perspectiva, Jonas é um profeta que viveu durante o séc. IX a. C, durante o reinado de Jeroboão II em Israel. Foi ele o profeta que profetizou o restabelecimento do território das dez tribos conforme vemos em II Rs 14. 25ss.
Esta perspectiva permite-nos um entendimento mais esclarecido a respeito da resistência do profeta em ir para Nínive pregar a palavra de Deus. o próprio admite que fugiu para Társis, porque sabia que Deus é misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que promete castigar mas depois se arrepende (Jn 4. 2).
Por outro lado, temos de considerar que em um aspecto, críticos e ortodoxos concordam. O livro pode ter a seguinte aplicação: Jonas seria um símbolo da nação de Israel. A esta foi designado o papel de ser luz para as nações (Ex 19. 5, 6; Dt 4. 4 – 7), mas esta não entendeu bem o seu papel e por este motivo fugiu do mesmo. Ainda assim, o povo eleito, à semelhança de Jonas, foi milagrosamente preservado por Deus (Jr 30. 11; 31. 35 – 37). Esta é abordagem seguida, por exemplo, por John MacArthur, e que pode ser conferida em sua Bíblia de Estudo.
Hill e Walton em seu Panorama do Antigo Testamento propõem uma abordagem diferente. Para os autores há erros em se comparar Jonas com Israel. A maior riqueza do livro é perdida quando tal ocorre. Para os mesmos, Jonas é similar á Nínive, ambos são alvos da misericórdia divina, ambos são preservados por Deus (Jonas mediante o arrependimento por sua desobediência, e Nínive mediante o jejum apresentado).

O DEUS REVELADO

Diante de tal abordagem, a lição ganha outras conotações. O foco é retirado da ênfase missionária e colocado sobre Deus, que além de intervir em cada momento, que além de agir, usa de misericórdia com quem ELE quer. No livro,
1.      É Deus quem dirige a palavra a Jonas. A palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai (Jn 1. 1).
2.      O Senhor, porém, fez soprar um forte vento sobre o mar (Jn 1. 4 NVI). Relâmpagos e granizo, neve e neblina, vendavais que cumprem o que ele determina (Sl 148. 8 NVI). Quem ajuntou nas mãos os ventos? Quem embrulhou as águas em sua capa? (Pv 30. 4 NVI). A resposta para esta pergunta é uma: Deus, o Deus revelado no livro de Jonas.
3.      Este é o Deus dos céus, que fez o mar e a terra (Jn 1. 9 NVI). Ao Deus que fez todas estas coisas com as suas mãos nada é impossível, nem mesmo interferir em sua criação para servir ao seu eterno propósito.
4.      Tudo o que ocorreu na tempestade foi de acordo com o desejo divino (Jn 1. 14). A lição que extraímos daqui é a de que nada escapa ao seu controle soberano.
5.      O mesmo Deus que preparou um peixe para engolir Jonas deu ordem para que o mesmo o vomitasse (Jn 1. 17; 2. 10). Tal como ocorre na criação dos céus de da terra, os elementos da natureza obedecem à voz de Deus a fim de cumprir com o propósito do mesmo.
6.      O Senhor faz nascer uma planta para dar conforto ao profeta e ele mesmo manda um verme para acabar com a planta e em seguida, Deus mesmo traz um vento oriental para incomodar Jonas e dar uma lição nele.

Aqui cabe mais uma consideração. A historia é uma ramificação da ciência moderna, e como tal não pode apreender Deus. A razão é bem simples: a ciência é um tipo de conhecimento forjado visando a explicação da natureza e controle da mesma. Qualquer livro de Filosofia e de Filosofia da ciência vai dizer isto. Deus nem se submete ao controle humano, nem está no mesmo nível de compreensão que vemos nos objetos da natureza. Daí a dificuldade de enquadramento de uma Teologia bíblica e ortodoxa nos moldes da ciência moderna.
Jonas afirma que Deus é misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que promete castigar mas depois se arrepende (Jn 4. 2).
Deus é חַנון (piedoso, misericordioso, compassivo) e אַף (tardio em se irar, que respira fundo), aquele que possui uma abundante compaixão, principalmente em relação aos que se arrependem (Jl 2. 13). Traduzido por misericordioso e compassivo na Almeida Revista e Corrigida.
Também É אָרֵך׃ (muito paciente). O mesmo que tardio em irar-se. Traduzido por longânimo na Almeida Revista e Corrigida, e muito paciente na NVI.
A expressão cheio de amor, ou grande em benignidade é equivalente ao termo חֵסֵד (hesed).
Sobre o arrependimento divino em relação ao mal, precisamos considerar que o verbo usado aqui, pelo autor é ןָחַם (naham), cujo sentido é o de sentir-se pesaroso ao ponto de sentir piedade, ou se lamentar. Este pesar tem de ser interpretado à luz das demais perfeições mencionadas pelo profeta.
Estas são as bases do tratamento de Deus para com Israel e o livro as coloca como forma de tratar a todos indistintamente.

A LIBERDADE DIVINA

Se Deus mostrou misericórdia para com o profeta desobediente, não há razão para crermos que ele não deva mostrar a mesma benevolência para com os ninivitas. Para o profeta e para os que seguem a lógica do mesmo o Senhor pergunta: Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade? (Jn 4. 10, 11 NVI).
O desafio do presente texto nos mostra o quanto nossos critérios estão invertidos. Temos zelo por aquilo que nos é útil. Mas Deus zela por tudo aquilo que ele fez, e com base neste zelo afirma: Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão (Ex 33. 19 NVI). Paulo reflete o mesmo conceito ao falar da soberania divina em Romanos (Rm 9. 15ss).
Assim, por meio do livro Deus quer mostrar que a sua graça, justiça, benevolência, misericórdia, longanimidade e compaixão, estão disponíveis aos que ele quiser demonstrar, independente de nossos critérios e de nossas justiças. Jonas afirma que Deus é misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que promete castigar mas depois se arrepende (Jn 4. 2), dando a entender que ele não queria que tais perfeições fossem aplicadas aos ninivitas, mas Deus ignorou a vontade do profeta  e agiu livremente.
A lição pode ser resumida nas palavras de Paulo Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão (Rm 9. 15 NVI). 

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