Pesquisar este blog

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Vai ter shortinho sim



Esta semana, quase que acidentalmente assisti a uma matéria em que garotas de um colégio tradicional de Porto Alegre, estavam envolvidas em uma mobilização em prol da abolição das normas de vestuários, e na consequente adoção do shortinho em ambiente escolar. Se a reportagem em apreço não tivesse o recurso visual, parte do meu senso de julgamento teria sido afetado sim, e possivelmente seria mais uma dos seis mil a farem assinaturas. Me explico. 

Fato inconteste que o "olhar dos garotos" em si, não é razão para que se proíba uma menina de andar com este, ou com aquele traje. Meninos precisam aprender que não basta ver uma menina atraente e ir para a batalha. Que antes de tudo a empatia conta. A questão a ser colocada é se um garoto entre os seus doze a dezesseis anos consegue aprender e aplicar tal norma de conduta. Mesmo em caso de negativa, esta não é argumento que justifique as regras referentes a vestuário. 

O argumento, ao meu ver se encontra no fato de que por mais lindo que seja ver adolescente se reunindo com o intuito de quebrar esta, ou aquela regra, a sociedade não funciona assim. Militares, civis, médicos e demais profissionais usam o uniforme. Na dúvida, basta lembrar do terno do advogado e da toga do juiz (para não falar das roupas que tal ambiente exige). 

Ao ler a relação de peças do vestuário permitidas pelo colégio, segundo a matéria tradicional, achei o mesmo flexível. Como egresso da escola pública, não vejo nada demais em exigências para com o uniforme, e a liberdade dada pelo colégio Anchieta teria sido muito bem recebida pela minha geração. 

Sobre o protesto? Quixotesco, e só. A diferença é que Dom Quixote saiu a lutar contra moinhos de vento após ler romances de cavalaria, e ao que parece nossas meninas o fazem após algumas aulas sobre ideologia de gênero (na verdade discussão, ou de gênero), feminismo, e coisas do tipo. Tais ideologias, tal como a literatura tem lá as suas funções (distrair o ser humano de sua miséria, e preencher a existência com significados), mas se levadas demasiadamente à sério dão os resultados conhecidos por quem leu o romance. 

Forte Abraço, Marcelo Medeiros

sábado, 27 de fevereiro de 2016

A Vinda de Jesus em Glória



Um grande acerto da CPAD foi o lançamento de uma lição de Escola Bíblia co abordagem voltada para a Escatologia. Um grave erro é a persistência na posição prétribulacionista, inclusive em detrimento do que os textos de fato afirmam, e os exemplos serão alistados um a um abaixo. Contudo, o estudo a respeito é extremamente gratificante, afinal, por meio deste a noiva do Cordeiro é reiterada de seu compromisso com o Noivo. 

CRÍTICA AO COMENTÁRIO DA LIÇÃO

Seguem abaixo as críticas ao comentário da lição:

  1. O comentarista toma Cl 3. 4 como base para afirmar a distinção entre segunda vinda e arrebatamento. Todavia tal distinção não encontra no texto que afirma claramente: "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória" (Cl 3. 4 ACF). 
  2. Tanto a manifestação de Cristo quanto amanifestação dos santos á chamada de φανερωσις (phanerosis), que por sua vez advém de φανερóω cujo sentido é o de tornar aparente, manifesto conhecido. 
  3. O problema é que conforme se verá neste estudo, φανερωσις é um dos termos correspondentes de parousia. 
  4. O autor usa Jo 14. 2, 3 para afirmar que Jesus voltará com os santos, quanto em parte alguma do texto isto é afirmado. Para dirimir dúvidas leia: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também".
  5. Leu? Se Você leu, percebeu que o texto fala que Jesus virá para levar os santos para si. Admitir que  este mesmo fala da Vinda em Glória, e particulamente admito, equivale a crer que a Vinda de Jesus e o Arrebatamento da Igreja se darão em uma única fase. 
  6. A respeito do cortejo que acompanhará o Rei, creio, e o faço com base nas Escrituras que, os anjos e tão somente estes farão parte da comitiva em apreço. Os santos estarão na terra e nesta ocasião se dará o encontro dos mesmos com o Senhor nos ares. 
  7. Seguido ao referido encontro o cortejo de Cristo avança para a terra. 
  8. As profecias do Antigo Testamento descrevem o Senhor vindo e pisando com seus pés no Monte das Oliveiras. As decrições do Novo Testamento e particularmente de João são mais discretas. Ap 19. 12 - 19 descrevem Jesus pisando como vencedor no campo de batalha. 
  9. Nos Evangelhos é notável impotência dos demônios com relação à pessoa de Jesus. Uma legião de demônios chega a suplicar a Cristo para não serem enviados ao abismo (Lc 8. 31). Mas no Apocalipse eles serão irremediavlemente lançados no abismo (Ap 20. 1). E isto já é por si só sufuciente. 
Na sequência deste estudo serão vistas as promessas pertinentes à Vinda de Jesus em Glória, e ao modo como a mesma se dará, bem como o propósito desta. 

PROMESSAS PERTINENTES À VINDA DE CRISTO
Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras (Mt 16. 27 ACF). 
Este texto fala a respeito da Vinda do Filho do homem (Porque o Filho do homem virá), do modo como este virá (virá na glória de seu Pai), e do propósito da mesma (e então dará a cada um segundo as suas obras). 
E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?  Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem (Mt 24. 3, 26, 27, 37 - 39 ACF). 

  1. Os discípulos fazem três perguntas ao Senhor: 1) quando serão essas coisas, 2) que sinal haverá da tua vinda 3) e do fim do mundo? Cristo não diz quando serão as coisas, mas lhes diz a respeito dos sinais. 
  2. Os disípulos devem rejeitar todo pretenso messias, uma vez que o regresso de Cristo será algo tão visível quanto o relâmpago. 
  3. Mesmo o descrédito e indiferença para com a Vinda de Cristo devem ser vistos como claro sinal para a mesma. 
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo 14. 2, 3 ACF).
Este texto fala da necessidade temporária de separação entre Cristo e seus discípulos. Por meio da cruz ele abriu o caminho do homem a Deus (Hb 10. 19 - 23). Em sua assunção ele preparou o nova habitação dos cristãos, e agora virá outra vez a fim de se reunir com todo o seu povo.
Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir (At 1. 11 ACF). 
 A indagação dos anjos quanto a atitude dos discípulos, ao verem Jesus indo para o céu, se dá em razão de que o retorno de Cristo demanda rápida resposta dos discípulos. Retornado ao contexto é possível verificar que: 
E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco (At 1. 9, 10 ACF). 
A nuvem que recebeu a Cristo e que o ocultou à vista de seus discípulos, será a mesma que o revelará ao mundo. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória (Mt 24. 30 ACF). 

A mesma percepção a respeito da Vinda é vista em Daniel que relata: Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído (Dn 7. 13, 14 ACF). 

Estas nuvens apontam para o poderio e juízo de Deus. Conforme se vê neste texto poético:
Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono. Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor. Os seus relâmpagos iluminam o mundo; a terra viu e tremeu. Os montes derretem como cera na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a terra (Sl 97. 2 - 5 ACF). 
De igual modo, Cristo virá com os seus anjos.  Perguntado no sinédrio a respeito de sua identidade messiânica Jesus resposndeu: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu (Mt 24. 64 ACF). Por último, é dito que ele vem para julgar todas as obras.
Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros, De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais; Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder, Quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós) (II Ts 1. 3 - 10 ACF). 
Deste texto pode-se inferir que:

  1. A Vinda de Cristo é motivação para que o crente suporte a tribulação uma vez que na mesma este receberá alívio. 
  2. Os ímpios que perseguem ao povo de Deus serão devidamente julgados. 
  3. Será dado aos mesmos o justo castigo por sua impenitência, o de padecer longe da face do Senhor. Cristo será glorificado nos seus santos, o que significa que estes partilharão da mesma glória d'aquele. 

Agora, necessário se faz rever os nomes pertinentes à Vinda de Jesus.

NOMES PARA A VINDA DE JESUS

A vinda de Cristo é mencionada pelo seguintes termos: 

  1. Tempos de refrigérioArrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor (At 3. 19 ACF). A expressao para tempos de refrigério - καιροι αναψυξεως (kairoi anapsyxeoos) - indica um tempo de revigoração, análogo ao termo usando em At 3. 21 para a restauração de todas as coisas. 
  2. Tempos da restauração de tudo. Em analogia com Rm 8. 21, αποκαταστασεως (apokatastaseoos) indica a restauração da saúde, sendo que neste caso o que está em jogo é a saúde do Kosmos. O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio (At 3. 21 ACF). 
  3. Aparição de Jesus Cristo. Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo (I Pe 1. 7 ACF). Seja revelação, aparição, ou manifestação, o termo αποκαλυψει (apocalipsei) se aplica tanto aqui quanto aqui: esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (I Co 1. 7 ACF). 
  4. Epiphaneia (επιφανειαν). É a manifestação, ou aparição, empregado tanto para a manifestação de Cristo em seu primeiro advento (II Tm 1. 10), quanto para seu segundo advento. E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda (II Ts 2. 8 ACF). Neste texto em particular επιφανειαν é articulado com παρουσιας (parousia), sendo esta a expressão para a Vinda e aquela para o esplendor decorrente da mesma. 
  5. Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo (I Tm 6. 14 ACF). Neste texto επιφανειαν equivale à aparição. O mesmo se pode dizer de (II Tm 4. 1, 8) em que o termo é traduzido por Vinda. 
  6. Παρουσιας (parousias). É um termo que descreve a visita do imperador em uma das cidades pertencentes ao Império. Pode indicar a presença física de uma pessoa tal como o apóstolo (II Co 10. 10), ou para a vinda de Cristo e consequente destruição do estado judaico e imperio romano (Mt 24. 3, 27, 37 - 30 vide supra). 
  7. Παρουσιας também é um momento em que os santos receberão recompensas de sua respectiva fidelidade e os ímpios o jugamento (I Ts 2. 19; II Ts 2. 8). 
  8. Em geral a vinda de Cristo ( ITs 2. 19; 3. 13; 4. 15; 5. 23). É conforme visto a palavra chave da Carta aos Tessalonicenses. Não indica um evento secreto, uma vez que o termo era empregado para visita do imperador. 



Estes são os termos pertinentes à vinda de Cristo. 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

As Bodas do Cordeiro



Bodas do Cordeiro é um termo apocalíptico cujo significado é o de uma celebração da união definitiva entre Cristo e sua Igreja. A dificuldade se encontra em precisar quando tal festa se dará, se nos ares imediatamente após o arrebatamento e o tribunal de Cristo, ou se antes do milênio, ou mesmo após este.

O fato é que bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus (Ap 19. 9 ACF). Esta á uma das últimas das bem-aventuranças do apocalipse. Neste post procurarei fazer um traçado bíblico desta doutrina. Que Deus abençoe a mim e aos leitores nesta empreitada.

AS BODAS NO NOVO TESTAMENTO
Então Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho; E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir. Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas. Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram. E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade. Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes (Mt 22. 1 - 13 ACF). 
A respeito deste texto pode-se fazer as seguintes observações:
  1. A parábola em apreço é um ensino a respeito do Reino de Deus, particularmente de como ele se manifesta e como os homens o recebem. 
  2. O Reino se manifesta por meio da união de Cristo com seu povo, este ´o significado das bodas do filho do Rei. 
  3. Deus preparou a festa, e enviou os seus servos, os profetas, a convidarem o povo a participar das bodas. 
  4. O povo reage com descaso ao convite e com maltrato aos servos que são enviados a participarem. 
  5. A reação do Rei lembra a invasão romana em Jerusalém, uma vez que descreve cuidadosamente o que ocorreu por volta do ano 70 da corrente era. 
  6. Face à recusa, o convite é estendido aos desvalidos, ou maltrapilhos, como Brennan Manning preferia chamar. 
  7. A despeito do caráter gracioso do convite, a exigência de uma veste nupcial é mais do notória, o homem que não se veste de forma apropriada é lançado nas trevas exteriores, ou σκοτος το εξωτερον (skotos toon exoteron). 
Outro texto que merece a consideração é o da parábola das dez virgens. 
Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir (Mt 25. 1 - 13 ACF). 
Alguns elementos que não podem ser ignorados e são de suma importância neste estudo e seguem abaixo.

  1. É um texto que tem de ser lido à luz do contexto do sermão escatológico de Cristo. Assim sendo, este é seguimento da parábola do mordomo prudente (Mt 24. 44 - 51), e como este visa chamar os discípulos à vigilância. 
  2.  A lição desta parábola está na seguinte fala: Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir (Mt 25. 13 ACF). Curiosamente a parábola do mordomo fiel é inciada com estas palavras: Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa (Mt 25. 42, 43 ACF). 
  3. Na parábola das dez virgens Jesus emprega a imagem do cortejo nupcial, em que o noivo vai de sua casa até a casa da noiva (para a buscar) e regressa trazendo a noiva consigo, até sua casa onde serão celebradas as bodas. De algum modo as virgens representam o cortejo nupcial. 
  4. Em razão do atraso do noivo e da falta de preparo das virgens néscias (que estão sem azeite reserva), estas perdem o momento do cortejo e sao excluídas das bodas. 
Como último texto convém que se veja Ap 19. 6 - 9
E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus (ACF). 
O quadro descrito no Apocalipse as bodas do Cordeiro coincidem com a instauração definitiva do Reino de Deus e com o convite feito às nações da terra para que as mesmas se alegrem com a concretização deste mesmo reino. As bodas estão prontas porque a esposa finalmente se aprontou e está vestida com a justiça dos santos. Aqui, bem como nos demais textos a Igreja é a noiva e, ao mesmo tempo convidada. Feitas as observações convém que se veja o papel de Cristo e da Igreja neste enlace.

CRISTO COMO NOIVO
E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão (Mt 9. 15 ACF). 
Este texto é parte de uma resposta que Cristo dá aos fariseus a respeito da questão do jejum. Este foi durante os tempos bíblicos um sinal de humilhação e arrependimento, visto que os profetas mesmos diziam: Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor (Jl 1. 14 ACF), ou:
Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o Senhor vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene (Jl 2. 12 - 15 ACF). 
Mas nos dias dos fariseus tal prática estava banalizada e havia se tornado um rito exterior. Jesus lehes responde que o momento é de celebração de uma boda, e tal como numa festa, não cabia a prática do jejum na presença de Cristo. Todavia quando este estivesse ausente eles jejuariam. Cristo é o noivo, ou o marido, isto foi afirmado por João o Batista, por exemplo.
Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está cumprido (Jo 3. 29 ACF). 
Indagado a respeito do crescimento do Messias João, o Batista responde que tal como ocorre em uma festa em que os amigos do noivo se alegram quando este se casa João se alegra na mesma medida em que Cristo se une com sua noiva e o Reino se faz cada vez mais próximo. Mas e a noiva?

A IGREJA COMO NOIVA
Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo (II Co 11. 2 ACF). 
Alguns textos acima abordam a dimensão da Igreja como noiva. Na verdade o casamento é uma das imagens que representam a união da Igreja com Cristo. Neste texto em particular Paulo se compara a um genitor dos irmãos e como tal, ele espera cumprir sua missão de apresentar a mesma Igreja como uma virgem pura para Cristo. 

A respeito do casamento como imagem da união entre Cristo e a Igreja há um texto ainda mais singular, aos crentes de Éfeso o apóstolo diz:
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef 5. 25 - 27 ACF). 
percebas que:

  1. O amor de Cristo por sua Igreja é a base do relacionamento do amor que tem de haver entre marido e mulher. 
  2. Uma mulher nos tempos bíblicos passava a fazer parte da família do marido. Daí a importância do dote, não como valor de compra, ou instrumento de objetificação da mulher, mas de indenização à família que perdia um componente. Da mesma forma Cristo pagou preço elevado por sua Igreja (Tt 2. 13, 14; I Pe 1. 18 - 20). 
  3. Cristo santifica e purifica sua Igreja por meio de sua palavra, a fim de que esta seja apresentada a si mesmo, como noiva sem defeito e gloriosa. 
CONCLUSÃO

Uma conclusão inicial à luz do que foi dito até aqui é que as Bodas do Cordeiro são o marco da união definitiva entre Cristo e sua Igreja. Ela já se faz no momento presente, mas será algo concreto e definitivo após a Segunda Vinda e o Arrebatamento. Que Deus em Cristo abençoe a todo o seu povo. 

Marcelo Medeiros. 


sábado, 6 de fevereiro de 2016

O Tribunal de Cristo



Tribunal é por definição o estrado em que, nas casas em que se exerciam o julgamentoe à administração da justiça, tomavam assento os juízes e outras pessoas de distinção. Pode ser também a casa em que se julgam e decidem questões forenses e as de contencioso administrativo. A expressao tribunal de Cristo, ou βηματι του χριστου (beemati tou Christou) advém do uso que Paulo faz da mesma em dois textos. 

Ele afirma: Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo (Rm 14. 10b ACF). E, Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal (II Co 5. 10 ACF). Sendo que neste último texto a expressão grega é βηματος του χριστου (beematos tou Christou). 

É uma doutrina bíblicamente sustentável: 1) pelo fato inconteste de que Cristo de fato julgará as nações da terra, uma vez que Deus lhe concedeu todo o julgamento (Jo 5. 22); 2) Ressalta o fato de que os cristãos não serão julgados no tocante à sua salvação, mas no tocante às suas obras; 3) que este juízo será para definição de galardão, a fim de que cada um receba de Deus o seu louvor. 

O problema com relação a esta doutrina é que cada Escola de pensamento escatológico a situa em um ponto. Os pré-tribulacionistas e dispensacionalistas a situam imediatamente após o arrebatamento secreto, quando ou nas nuvens, ou nos ares os crentes serão julgados para galardão. Para pós-tribulacionistas como eu este julgamento tanto pode se situar antes do milênio, quando os crentes irão reinar quanto após o mesmo. 

Fato é que Cristo é juiz dos vivos e dos mortos, e que esta verdade é afirmada no Evangelho, quanto no kerigma primitivo. Outra verdade inconteste é que Cristãos serão julgados por suas obras, e que neste julgamento o teor das mesmas virá à tona. Este é o cerne da doutrina do tribunal de Cristo. Por último, mais do que especular o momento em que tal julgamento se dará, precisamos de um proceder que se coadune com esta verdade. 

AVALIAÇÃO DA DOUTRINA PRÉ-TRIBULACIONISTA DO TRIBUNAL DE CRISTO

Dentro da perspctiva do pré-tribulacionismo o tribunal de Cristo se distingue do juízo final do trono branco pelas seguintes razões: 

  1. No tribunal de Cristo as nações vivas serão julgadas. No juízo do Trono Branco os ímpios que estão mortos serão julgados. 
  2. O primeiro se dará antes do milênio, ao passo que o segundo após (Ap 20. 12 - 14). 
  3. O primeiro tem Cristo como juiz, enquanto o segundo tem o próprio Deus como juíz. 
  4. O primeiro se dará na terra, mas o segundo no céu. 
  5. No tribunal de Cristo apenas os justos são julgados, e no juízo do Trono Branco os ímpios também o são. 
  6. No tribunal de Cristo alguns são salvos, enquanto o juízo do Trono Branco todos são condenados. 
  7. No tribunal de Cristo alguns são destruídos (após terem sido arrebatados?), no juízo do Trono Branco todos são. 
  8. Não há uma ressurreição no tribunal de Cristo, quando no juízo do Trono Branco os ímpios ressurgem. 
  9. No tribunal de Cristo não há abertura de um livro, ao passo que no juízo do Trono Branco abrem-se os livros e o livro da vida. 
  10. Alguns vão para o inferno após o Tribunal de Cristo, quando no Julgamento final todos irão. 
Na minha perspectiva particular, textos que poderiam ser lidos de forma complementar foram distinguidos uns dos outros por detalhes que "aparentemente" contraditórios para fundamentar a diferença entre o julgamento final e o tribunal de Cristo. Jesus não situa o julgamento das nações de Mt 25. 31ss antes ou depois do milênio, nem que este se dará na terra. 

Não se pode afirmar que em tais juízos apenas os justos serão julgados, uma vez que os bodes de Mt 25. 33 não podem ser justos, tal como não o podem ser os falsos crentes de Mt 7. 21 - 23. O item seis é uma clara contradição em relação ao cinco, e o sete é totalmente incoerente com os dois anteriores. O oitavo intem contraria o texto abaixo transcrito, 
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos (Ap 20. 4 - 6 ACF). 
Para que as almas dos santos que foram degolados tomem parte no juízo de Deus e de Cristo, este tem de ressuscitar. Elementar não é? Por último não há menção de que antes do milênio alguém seja condenado, o que há de fato é juízo. Estes são, em breves linhas alguns pontos nos quais particularmente divirjo do ponto de vista pré-tribulacional. 

Creio ser importante destacar as verdades centrais que os textos que falam do juízo a ser exercido por Cristo, e é esta tônica que pretendo dar à sequência deste estudo e que recomendo aos estudantes da Bíblia, bem como professores de Escola Bíblia Dominical enganjados nesta nobre tarefa. 

CRISTO COMO JUIZ
E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida (Jo 5. 22 - 24 ACF). A expressão ουδε γαρ ο πατηρ κρινει (oude gar o pater krinei), indica que em último sentido Deus exercerá o seu juízo sobre as nações e o fará por meio de Cristo.
  1. Esta verdade é afirmada repetidas vezes no kerigma primitivo. Pedro a professou na casa de Cornélio ao dizer: e nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos (At 10. 42 ACF). Pedro igualmente afirma que os ímpíos que estranham o bom procedimento dos cristãos e os difamam pelo fato destes não os seguirem em seu desenfreamento haverão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos, Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito  (I Pe 4. 5, 6 ACF). 
  2. No areópago Paulo afirmou que Deus tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos (At 17. 31 ACF). Em suas recomendações finais ao jovem Timóteo o apóstolo dos gentios afirmou: Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino (II Tm 4. 1 ACF). 
  3. No contexto do texto do Evangelho é afirmado: assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer (Jo 5. 21 ACF). Tanto Paulo, quanto Pedro afirmam que ele, Cristo é juiz dos vivos e dos mortos. 
  4. A expressão κρισις (krisis) de onde procede a palavra crise indica desde a opinião formada até o ato de julgar no juízo final. Neste texto se percebe que no momento em que Deus concede a κρισις ao Filho, lhe dá a prerrogativa de emitir a opinião final a respeito de todos os homens. 
  5. Deus assim o faz como o primeiro ato de seu juízo. Em outras palavras o Filho que foi julgado e condenado pelo mundo, é exaltado à posição de juiz deste mesmo kosmos que o condenou. Porque está escrito:Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim,E toda a língua confessará a Deus (Rm 14. 11 ACF).  
  6. Os cristãos não passam pela condenação, uma vez que ao ouvirem a Palavra do Filho e crerem na mesma serem isentos de toda a condenação, pois aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus (II Co 5. 21 ACF). 
 Este pode ser considerado um resumo a respeito da doutrina de Cristo como juiz. Deus lhe deu a prerrogativa de julgar, e o fez com vistas à exaltação do mesmo. 

O JULGAMENTO DAS OBRAS DOS CRENTES
 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim,E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão (Rm 14. 9 - 13 ACF). 
Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal (II Co 5. 9, 10 ACF). 
Estes textos demandam breves considerações:

  1. Conforme dito acima: a prerrogativa de exercer o juízo é de Cristo, uma vez que somente ele o Pai sondam o conhecem o que há no coração e somente a eles cabe a retribuiação de acordo com a obra de cada um (Jr 17.10; Mt 16. 27).  
  2. Não é prerrogativa humana desprezar seu irmão, ou agir para com este como o fariseu agiu para com o publicano. O Padre Antônio Vieira acertadamente fala do juízo humano e do quanto este é falho ao ver que Cristo e João Batista são condenados neste, enquanto Barrabás é absolvido. 
  3. O juízo de Cristo é uma prestação de contas, tal como se observa nas parábolas dos servo fiel e dos talentos (Mt 24. 44 - 51; 25. 14 - 30), dentre os itens da prestação de contas estão as nossas palavras. Toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo (Mt 12. 36 ACF). 
  4. O juízo de Cristo é individual e demanda mudança na atitude dos crentes uns para com os outros, de modo que o julgamento hipócrita e temerário seja suspenso e uma atitude mais serviçal seja assumida. 
Me despeço rogando a Deus que este post tenha servido se grande ajuda aos que se dedicam à nobre causa do ensino. Em Cristo, Marcelo Medeiros. 


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Créditos!

Por favor, respeite os direitos autorais e a propriedade intelectual (Lei nº 9.610/1998). Você pode copiar os textos para publicação/reprodução e outros, mas sempre que o fizer, façam constar no final de sua publicação, a minha autoria ou das pessoas que cito aqui.

Algumas postagens do "Paidéia" trazem imagens de fontes externas como o Google Imagens e de outros blog´s.

Se alguma for de sua autoria e não foram dados os devidos créditos, perdoe-me e me avise (blogdoprmedeiros@gmail.com) para que possa fazê-lo. E não se esqueça de, também, creditar ao meu blog as imagens que forem de minha autoria.