Pesquisar este blog

terça-feira, 4 de junho de 2013

As bases do Casamento Cristão

 
Temos visto ao longo da presente série de Estudos que o casamento foi criado por Deus, tão logo este criou a humanidade, uma vez que o relato bíblico afirma que Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gn 1. 27 NVI), ou seja deus criou a humanidade na condição de macho e fêmea. O casamento é inerente à humanidade, visto que ao contrário dos anjos, que possuem número fixo, os homens aumentam em número por meio da procriação, que por sua vez é um mandato cultural, visto que ao abençoar a humanidade, Deus disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra (Gn 1. 28 NVI). Vimos também a marca dos casamentos cristãos, que se caracterizam pelo caráter monogâmico, hétero gâmico, e indissolúvel. Hoje nos centraremos nas bases do casamento.
O que se entende por base
Por base entendemos aquilo que suporta o peso de um objeto ou lhe serve de fundamento. Por sua vez o fundamento, é o sustentáculo, aquilo que serve de suporte, de base, amparo, apoio, etc... O termo sugere que o casamento é, ao mesmo tempo em que é uma criação divina, o produto de uma construção humana.
Embora Deus, de fato tenha criado macho e fêmea, e determinado biologicamente que a raça humana subsista neste binômio, o fato é que é o homem quem faz o seu caminho com a mulher. Em outras palavras, a consumação é uma caminhada humana (Pv 30.19). Diante de tal constatação, o que podemos  e devemos questionar é sobre quais bases estamos construindo a nossa relação conjugal.
Aqui cabe a reflexão levantada pelo salmista, para quem: Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção (Sl 127. 1 NVI). O trabalho da construção é humano, mas as bases são dadas pelos próprio Deus. Sobre quais bases podemos e devemos construir a nossa relação conjugal? Em nossa sociedade temos aprendido a construir a vida conjugal sobre a base das paixões. C. S. Lewis adverte que é impossível viver apaixonado, logo se o casamento é fundamentado na paixão, ele está fadado ao fracasso, mas esta é a mais sublime confusão que o nosso asversário tem promovido.
As bases do casamento
Com base no texto de Ef 5. 22 - 6.4, afirmamos que a base do casamento, ou da vida familiar é: a submissão amorosa por parte da mulher, o amor sacrificial do marido, a obediência amorosa dos filhos, bem como no comprometimento dos mesmos com o sustento dos pais, este, aliás é o sentido supremo do "honra teu pai e tua mãe".
Falamos em submissão amorosa por parte da mulher, porque tem sido comum o chavão, ou clichê de que a submissão da mulher é algo natural, quando esta é amada pelo seu marido. HONESTAMENTE, O PASTOR QUE FALA UMA ASNEIRA DESTA NÃO PRESTOU ATENÇÃO NAS AULAS DE HAMARTIOLOGIA, e ignora que a presença do pecado no ser humano distorce inclusive as qualidades supostamente naturais da humanidade, inclusive as qualidade femininas.
A submissão amorosa por parte da mulher, um mandamento, e nos referimos a ela desta forma pelo fato de que a submissão de que se fala aqui, descrita por meio do verbo υποτασσω (hypotassoo), não pode jamais ser confundida com a subserviência, ou com  qualquer forma de anulação da personalidade e da individualidade, mas uma sujeição à autoridade, que nada tem a ver com poder, mas com a capacidade de influenciar.
O fato é que ao contrário do que se pensa, esta submissão feminina depende do amor, tanto que ao escrever sua epístola pastoral a Tito, Paulo recomenda: ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada (Tt 2. 3 - 5 NVI). 
Aqui aprendemos que: a) o modo cristão de viver contrasta com o hedonismo, b) na medida em que as mais velhas vivem uma vida exemplar, estas se tornam verdadeiros exemplos para as mais novas, c) com isto, as mais novas aprendem a amarem seus maridos e seus filhos, d) é este procedimento que garante a honra da palavra de Deus e do Evangelho.
Em relação ao amor sacrificial do marido, podemos dizer que ele foi muito bem interpretado por Rubens Amorese em um dos seus artigos no livro Excelentíssimos Senhores. No artigo em que fala de família, ele aponta para o fato de que o marido amar a sua mulher como Cristo amou a sua Igreja representa a renúncia que temos de fazer diariamente. Em outras palavra, em lugar de pensar em seus sonhos, em suas realizações pessoais, ao marido caberá o papel de, se necessário, abrir mão de tudo em prol de sua família. O verbo grego αγαπαω indica mais do que o mero sentimento. Na verdade, o verbo expressa devoção, dedicação, estima e são estes sentimentos que maridos precisam nutrir pelas suas esposas.
Obediência amorosa dos filhos. Filhos devem de ser obedientes aos seus pais e atenderem em tudo a instrução que recebem destes. Mesmo quando os pais não são crentes, se o discernimento da criança for aguçado, ela sempre poderá receber algo de útil para sua caminha na vida. Além do mais o termo honrar, do grego τιμα (tima), e do hebraico כַּבֵּ֥ד (kebod) , na verdade podem ser traduzidos como sustento, visto que nos tempos bíblicos não havia sistema previdenciário, aos filhos cabia o sustento dos pais.

Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço o seu comentário!
Ele será moderado e postado assim que recebermos.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Créditos!

Por favor, respeite os direitos autorais e a propriedade intelectual (Lei nº 9.610/1998). Você pode copiar os textos para publicação/reprodução e outros, mas sempre que o fizer, façam constar no final de sua publicação, a minha autoria ou das pessoas que cito aqui.

Algumas postagens do "Paidéia" trazem imagens de fontes externas como o Google Imagens e de outros blog´s.

Se alguma for de sua autoria e não foram dados os devidos créditos, perdoe-me e me avise (blogdoprmedeiros@gmail.com) para que possa fazê-lo. E não se esqueça de, também, creditar ao meu blog as imagens que forem de minha autoria.