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terça-feira, 4 de junho de 2013

A morte de Eliseu


Escrevo este texto com a finalidade de compartilhar uma ideia simples que me ocorreu enquanto meditava no texto bíblico serve de base para a nossa lição de Escola Bíblica Dominical. De acordo com o texto bíblico Elias e Eliseu são os últimos precursores dos profetas escritores. E algo de marcante em seus ministérios é a presença dos sinais, é claro, mas também da PALAVRA DO SENHOR. Assim sendo, passemos então a uma breve análise do texto.
Ora, Eliseu estava sofrendo da doença da qual morreria. Então Jeoás, rei de Israel, foi visitá-lo e, curvado sobre ele, chorou gritando: "Meu pai! Meu pai! Tu és como os carros e os cavaleiros de Israel! " (II Rs 13. 14 NVI).
Em primeiro lugar Eliseu estava doente. A doença revela a condição de todos os seres humanos, nós somos como a erva e nossa glória como a flor do campo (Sl 90. 5; 102. 11; Is 40. 7; I Pe 1. 24). O fato relatado aqui se deu após o reinado de Jeú, período de mais de quarenta anos após as últimas atividades mencionadas de Eliseu.
A declaração de Tu és como os carros e os cavaleiros de Israel!  é um indicador de que o ministério profético de Eliseu era mais estratégico do que a presença de carros e cavalos nos exércitos de Israel. Provavelmente seja uma menção ao exercício profético de Eliseu que revelou sucessivas vezes os planos do rei da Síria (II RS 6. 9, 12, 13, 16 - 22).
E Eliseu lhe disse: "Traga um arco e algumas flechas"; e ele assim fez. "Pegue o arco em suas mãos", disse ao rei de Israel. Quando pegou, Eliseu pôs suas mãos sobre as mãos do rei e lhe disse para abrir a janela que dava para o leste e atirar. O rei o fez, então Eliseu declarou: "Esta é a flecha da vitória do Senhor, a flecha da vitória sobre a Síria! Você destruirá totalmente os arameus, em Afeque". Em seguida Eliseu mandou o rei pegar as flechas e golpear o chão. Ele golpeou o chão três vezes e parou. O homem de Deus ficou irado com ele e disse: "Você deveria ter golpeado o chão cinco ou seis vezes; então iria derrotar a Síria e a destruiria completamente. Mas agora você a derrotará somente três vezes".
A preocupação do rei de Israel é respondida com um sinal profético. Estes atos são muito comuns no ministérios dos profetas orais (I Rs 20. 20ss). Mesmo diante da iminência da morte o profeta interpreta o ato do rei e lhe libera uma palavra de vitória da parte de Deus. O problema se deu quando o rei recebeu ordem de atirar com seu arco no chão, e o fez apenas três vezes, indicando com isto que feriria os sírios por apenas três vezes.
Aqui cabe a observação de que o profeta mandou o rei atirar, mas em princípio não lhe disse quantas vezes deveria atirar, apenas o repreendeu quando não atirou um número suficiente de vezes que representasse o aniquilamento total dos sírios. Existem coisas em nossa vida que funcionam com uma dinâmica similar, ao recebermos uma ordem divina, devemos de ser pródigos no cumprimento da mesma, a fim de sermos abençoados.

Então Eliseu morreu e foi sepultado. Ora, tropas moabitas costumavam entrar no país em todas as primaveras.Certa vez, enquanto alguns israelitas sepultavam um homem, viram de repente uma dessas tropas; então jogaram o corpo do homem no túmulo de Eliseu e fugiram. Assim que o cadáver encostou nos ossos de Eliseu, o homem voltou à vida e se levantou. Hazael, rei da Síria, oprimiu Israel durante todo o reinado de Jeoacaz. Mas o Senhor foi bondoso para com eles, teve compaixão e mostrou preocupação por eles, por causa da sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó. Até hoje ele não se dispôs a destruí-los ou eliminá-los de sua presença. E Hazael, rei da Síria, morreu, e seu filho Ben-Hadade foi o seu sucessor. Então Jeoás, filho de Jeoacaz, conquistou de Ben-Hadade, filho de Hazael, as cidades que, em combate, Hazael havia tomado de seu pai Jeoacaz. Três vezes Jeoás o derrotou e, assim, reconquistou essas cidades israelitas (II R 13. 14 - 25 NVI).

Notemos aqui, que a despeito de experimentar a fragilidade comum a todos os seres humanos (Eliseu adoeceu), e de passar pela experiência de morte (uma sentença adâmica Gn 3. 19; Ec 3. 20), Eliseu traz até o leito de sua morte e leva até à sepultura a sua herança, a saber: a porção dobrada do espírito profético que estava na vida de Elias. Ao olharmos para a vida de outros profetas, tais como Aías de Silo, percebemos que esta é uma das marcas distintivas do profeta de Deus, mesmo diante da precariedade física, a unção de Deus não os abandona. E talvez esta seja a maior de todas as lições da vida deste homem de Deus. A fama, a onda, os holofotes, os tapas nas costas, as ovações, tudo isto passa mas o que permanece, ou ao menos deve permanecer é a graça de Deus em nossas vidas.
Mesmo depois de morto Eliseu ainda pode abençoar vidas, e tudo por uma razão muito simples: a comunhão com Deus não é interrompida nem com a morte (Sl 16. 9 - 11). Que possamos valorizar a nossa comunhão com o Altíssimo acima da glória e da fama humana.

Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros. 

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