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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Aquilo que é polêmico também pode trazer edificação.

Na apologética ouvi sucessivas vezes a frase: não julgueis, e ao longo de anos de polêmica percebi que existem pessoas intocáveis, cujo comportamento, na prática, está acima do bem e do mal, são os ungidos do Senhor, os mega pregadores, os astros da música gospel. Tais assumem um comportamento que não pode ser criticado ainda que passível de severas repreensões. Uma vez que foi esclarecido que o crente pode julgar, uma vez que não há quem não faça julgamentos e o ato de julgar não nos serve para a estereotipia e discriminação, mas para o discernimento entre o que é ovelha e o que é lobo em pele de ovelha; precisamos meditar em outro pretexto, o da edificação.
Tenho visto críticas honestas e sinceras serem rebatidas com o pretexto de que as mesmas não trazem edificação. O bordão da vez é este: Se não produz edificação, para que comentar (ou postar)? O que ignoram é a questão da edificação. Em primeiro lugar, sobre qual fundamento estamos edificando? Para Paulo, se o fundamento não for Cristo de anda adianta continuarmos na construção, daí a recomendação do apóstolo: veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (I Co 3. 10, 11 ARCF). 
Em segundo lugar, ainda que o fundamento de nossa iniciativa seja Cristo, precisamos pensar no material que estamos usando para a edificação, afinal,
se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,  A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo (I Co 3. 12 - 15 ARCF). 
O contexto prossegue dizendo que somos o templo do Espirito Santo de Deus. Este somos indica que não o somos em nossa individualidade, mas na coletividade. O convite à revisão do material implica que temos sim de ser polêmicos a respeito de como edificamos, e do nosso projeto de Igreja. Daí a necessidade sim de tocarmos em assuntos polêmicos tais como: musica, doutrina, vestes, costumes, ministérios, ética pastoral. Como pretendo retornar a este texto encerro a minha reflexão por aqui, na esperança de que o post seja instrumentalizado pelo Espírito de Deus a fim de novas posturas seja produzidas.
Creio que um crente que não possui capacidade para debater não deve se lançar nesta atividade, afinal, ao servo de Deus não convém contender. Mas discordo veementemente do silêncio que tenho visto em muitos cristãos.
 
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros

4 comentários:

  1. Concordo em gênero, número e grau, pois os que não aceitam ser confrontados provavelmente é adepto de alguma pratica que Deus abomina.

    A palavra julgar tem um sentido muito amplo, podemos citar 7 palavras para o termo julgar, quando Jesus fala pra não julgar nada tem a ver com omissão de alguns, o que falta hoje na maioria das igrejas é a exata interpretação do texto, digo a exegese e a hermenêutica.

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  2. Expressar-se contrariamente com isenção de julgamento é utópico. A medida que que a discussão avança e os argumentos raream-se, ofensas acontecem. Veladas e disfarçadas com erudição ou claras e chulas com o desfavorecidos pela falta de autocontrole emocional ou mesmo desconhecimento de termos melhores. Já debati e polemizei demais...com o tempo ( e a idade rsrs) tenho tentado me calar e serva "não contendedora..."

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    1. O problema minha cara é que a Bíblia nos aconselha dar resposta com mansidão e temor a respeito da esperança que há em nós conforme Pedro disse (I Pe 3. 15), mas te entendo.

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