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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pensando o corpo teologicamente



Desde já peço aos meus leitores que por favor não estranhem esta postagem, e muito menos a imagem; mas que vejam na mesma um assunto a ser seriamente pensado, refletido e sistematizado em nossa teologia. Qual? O corpo! Mas antes gostaria de convidá-lo a leitura de um texto atribuído ao escritor Paulo Coelho e depois a refletir comigo sobre o tema.
ATENÇÃO MULHERES!! LEIAM ISSO!
EDITADO (Texto original de Paulo Coelho)

AS MULHERES NA VISÃO DE UM HOMEM.

Não importa o quanto pesa. ...

É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim.
Nossa avaliação se dá de outra forma,
isso quer dizer: se tem forma de guitarra... está bem.

Não nos importa quanto medem em centímetros, é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas e carnudas.
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.
As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada
por estilistas que, diga-se de passagem, parecem odiar as mulheres e com elas competem
.
Suas modas são retas e sem formas.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem!
Para andar de cara lavada, basta a nossa.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas...
Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.
Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha,
simpática, tranqüila e cheia de saúde.

As jovens são lindas... mas as de 30 para cima, são verdadeiros pratos fortes.
Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado.
O corpo muda... cresce, não da pra entrar, sem ficar psicótica,no mesmo vestido que usava aos 18.
Uma mulher de 45, que entra na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida
com equilíbrio e sabem controlar sua tendência a culpas.
Ou seja, aquela que, quando tem que comer,come com vontade
(a dieta virá em setembro, não antes); quando tem que fazer dieta,
faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre);quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que gosta, compra; quando tem que economizar, economiza.

ALGUMAS LINHAS NO ROSTO, ALGUMAS CICATRIZES NO VENTRE, ALGUMAS MARCAS DE ESTRIAS NÃO LHES TIRA A BELEZA.
SÃO TESTEMUNHAS DE QUE FIZERAM ALGO EM SUAS VIDAS,
não tiveram anos em formol, nem em spa... VIVERAM!

O corpo da mulher É O SAGRADO RECINTO DA GESTAÇÃO DE TODA A HUMANIDADE, onde foi alimentada, ninada e, sem querer, marcada por estrias, cesáreas e demais coisas que fizeram parte do processo que contribuiu para que estivéssemos vivos.

Portanto, Cuidem-no! Cuidem-se!
Amem-se! A beleza é tudo isto.
Ver mais

Infelizmente o único livro da Bíblia que dá ênfase tanto à questão do corpo quanto a do sexo é o de Cantares de Salomão. Mesmo assim, o mesmo tem sido vítima de interpretações simbólicas, alegorizadas, que esvaziam este conteúdo. Mas ao olhar a mulher ali descrita, não consigo ver a mulher magérrima e anorexa que a nossa cultura tanto prima. Quando leio o cânticos dos cânticos vejo as seguintes descrições da mulher amada: Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista (Ct 7. 1 ARCF).

Que mulher excessivamente magra poderia ser descrita assim?: Eu sou um muro, e os meus seios são como as suas torres; então eu era aos seus olhos como aquela que acha paz (Ct 8. 10 ARCF). Mas ainda bem que nossa reflexão não se resume aos parcos textos dos cânticos dos cânticos, afinal, muito de nossa teologia se desenvolveu por meio do dialogo desta com a filosofia. Na verdade ambas possuem uma dívida para com a outra. Creio que as reflexões atuais que a filosofia tem feito a respeito do corpo podem contribuir e muito para que crentes não venham a serem enredados pela cultura atual. Esta, diga-se de passagem é marcada pelo extremo oposto entre a obesidade e a anorexia.

Pondé pontua como a distopia Admirável Mundo Novo se dá em termos concretos em nossa sociedade. Para os que leram a obra de Huxley, sabem que as pessoas além de nascerem bio e psiquicamente projetadas não envelheciam, tomavam drogas que não permitiam o desgaste do corpo. Com isto apenas morriam. Em tempos atuais o envelhecimento tem sido negado por meio da corpolatria. O problema é que quando negamos aquilo que nos é inevitável, caímos tal como Édipo, que ao tentar fugir do seu destino foi ao encontro do mesmo. Se você acha que estou sendo exagerado, mas possui miolos, creia, é hora de pensar nisto.

Mas não para por aí. C. S. Lewis abordou o tema em uma sátira, que em português foi traduzida com carta de um diabo ao seu aprendiz. Nesta o autor coloca que o plano do inferno é introduzir uma cultura no qual o corpo da mulher fosse ficando cada vez mais masculinizado e com isto os homens aprenderia a apreciar quase que andrógino de fêmea. É um tipo de mulher cujo contorno do corpo é bem parecido com o de um menino. O autor não arrisca dizer explicitamente o que vem após, mas eu arriscaria, que em função de uma contínua elevação do padrão, aliada a exposição do padrão, por meio do nu artístico, creio haver uma acentuada queda no interesse pela mulher como um todo.

Em meados do século passado C. S. Lewis deixou claro que em todas as épocas a moda é um grande instrumento para a criação de desvios na orientação sexual do individuo. Isto é feito por meio da atuação de artistas populares, estilistas e publicitários, que por sua vez, determinam o que está na moda. Observe que as medidas do corpo deveriam ser definidas pelo ser humano em parceria com o médico, e isto observado as particularidades do individuo, mas mesmo os programas em que tais profissionais são chamados a emitirem sua opinião, o que percebemos é uma capitulação dos mesmos aos ditames da cultura. E isto é feito por meio da resposta evasiva do tipo: cada um tem de fazer com o corpo aquilo que o faz se sentir bem. Isto não seria nada ruim, não fosse a variante da insatisfação humana (mais acentuada ainda no caso feminino), e provavelmente em função da mesma, a variação da moda.

O estar bem consigo mesmo tem sido traduzido como sintonia com a cultura e o padrão atual, quando deveria de ser aceitar e acolher a si mesmo com todas a diferenças e particularidades. Se você acha que fui exagerado nas minha colocações, ou que este post é dispensável em um blog evangélico, comece a considerar o que disse São Paulo, quando escreveu: Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra (I Ts 4. 4 ARCF). O corpo aqui é comparado com vaso, e uma das belezas que o mesmo possui é a diferenciação entre um modelo e outro. Santificação à parte, e na verdade justamente em razão desta, cabe a cada um de nós honrar, valorizar, e apreciar devidamente bem o seu corpo.

Mulheres que valorizam o seu corpo não se matam, nem se sacrificam para que o mesmo se acomode a um modelo, e com isto obter aceitação. Creio que mesmo o cuidado saudável do corpo, que envolve uma dieta sadia e exercícios regulares, o que é altamente recomendável, passa pela aceitação dos limites do mesmo, e valorização da diferença. Portanto mulher, se tiver de ser malhada, seja! Se tiver de ser musculosa, seja! Mas conserve os traços femininos, pelo amor de Deus!
Marcelo Medeiros.  

2 comentários:

  1. Gostei muito de sua abordagem. Bem diferente! Só tenho uma orientação a fazer e nada tem a ver com o conteúdo, mas com a estética do texto. Antes de postar, faça uma leitura criteriosa na formação dos parágrafos e nos espaços entre um e outro. Estão muito juntos! Fica chato de ler. Abraços!

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    1. Oi Patricia recomendações devidamente atendidas, creio eu. E desde já meu muito obrigado.

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