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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Dilma bolada Out


A notícia do momento é a possibilidade de Jefferson Monteiro retirar a pagina Dilma bolada do ar, caso a comissão de Direitos Humanos e Minorias seja assumida por Bolsonaro. A informação pode ser conferida aqui. O curioso nisto tudo é que o portal O Globo deu outra explicação para a possibilidade de Dilma Bolada sair do ar. A desculpa? O ano eleitoral e a possibilidade de que as charges ali sejam usadas por adversários da presidenta para minar suas investidas ao segundo mandato (aqui).
Se existe um direito que ele tem, e qualquer cidadão tem, é o de tirar e colocar paginas no ar, afinal somos um pais em que a carta magna prevê o direito à liberdade de expressão. Curioso no fato apenas o modo de se exercer a cidadania, usando uma página, infelizmente curtida por mais de um milhão de pessoas como moeda de troca política. Digo infelizmente porque o apreço social por este tipo de entretenimento talvez revele uma patologia de nossa geração, que é o apreço pelo picante sem conteúdo, pela vulgaridade e pela superficialidade.
É fácil se simpatizar por causas homoafetivas, difícil é um comprometimento político com as causas sociais e trabalhistas. A fala de um estudante de publicidade com acesso e aceitação na rede tem maior peso do que a de um professor, por exemplo. Sobre a possível nomeação do Bolsonaro, há que se perguntar porque esta comissão está sendo frequentemente assumida por parlamentares que não possuem a mínima empatia com o público a que a mesma se destina. Sei que não é a presença, ou a ausência de empatia que determina a qualidade do trabalho de um parlamentar (em tese ao menos não deveria ser assim). Mas os militantes não entendem desta maneira, e por este mesmo motivo criam embaraços, como ocorreu com Feliciano. Resultado, não ocorrem avanços na comissão.
Minha questão aqui não é com o Bolsonaro. A despeito do ódio que os militantes dos direitos humanos das minorias possuem contra ele, o papel do mesmo foi de suma importância no debate face às estratégias que os militantes LGTB estavam adotando para a implementação de leis que criminalizassem a homofobia, ao ponto de criminalizar o direito de expressão. Minha discordância é com a política de distribuição de comissões. O que ficou patente no caso de Marcos Feliciano, que enquanto assumia a CDHM, criou estardalhaço e ruído na mídia. O barulho não seria de todo ruim se os mensaleiros e outros parlamentares de conduta suspeita não tivessem assumido a Comissão de Constituição e Justiça (aqui). Em outra ocasião o mesmo barulho em torno da pessoa do Pastor Deputado foi suscitada para encobrir escândalos (aqui). A questão para mim, não é Feliciano, ou Bolsonaro (por quem tenho sim simpatia), e ,muito menos Jefferson, mas o que o PT quer esconder desta vez, e que papel o criador do Dilma Bolada, ou a impressa tem nisto tudo.
 
Marcelo Medeiros

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