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quarta-feira, 24 de julho de 2013

E aos poucos morre a arte


De acordo com site do G1 o cantor e compositor Dominguinhos, um dos maiores músicos de expressão de nosso país morreu após seis anos de luta contra um agressivo câncer de pulmão. Embora saiba que a morte não é nem o fim de sua existência, e muito menos do seu legado artístico musical, meu coração está de luto por tamanha perda em nosso cenário cada vez mais empobrecido.
Quando criança tive a oportunidade de ver e me inspirar em músicos como Sivuca, Hermeto Pascoal, Chiquinho do Acordeão, Toquinho e Altamiro Carrilho, sendo que este foi decisivo na escolha do meu instrumento musical, a flauta. Hoje o que temos são músicos de gibi, cuja habilidade e arte é pífia. Discursos da antropologia cultural à parte, sou forçado a concordar com Adorno há uma digressão no ouvir.
Nossa pátria cada vez mais corrupta abunda com os seus a lelec lec lec lec lec lec lec, e seus camaros amarelos. Eu acredito que isto seja sintomático. Creio que seja sim o sintoma de uma desconstrução, que começou lenta, mas que avança cada vez mais. Creio que seja o prenuncio de um novo tempo, um tempo em que teremos um mundo sem arte, sem prazer estético e sem memoria por parte das pessoas, algo bem no estilo Admirável Mundo Novo.
Quando criança ouvi muita coisa ruim sim, mas os fuscões pretos daquela época voltam na versão de um outro carro e agora agonizado por dois. Como estudante de Teologia que sou, sei que a morte não é o fim, nem da pessoa e muito menos do legado que a mesma deixa. Mas quando o poeta, o musicista, o instrumentista, enfim, o artista morre e o mensaleiro fica, quem perde é a nação, e aos poucos morre a arte.

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