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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Visto Todas as Cores e Sigo a Paz



A notícia da semana fica por conta de um ataque de um grupo de "supostos evangélicos" a um grupo de candomblecistas ocorrido aqui no Rio, especificamente na Vila da Penha. De minha parte, a solidariedade às mulheres que foram agredidas, a indignação com os que mancharam o nome dos "evangélicos" e uma preocupação em razão do ocorrido. 

Solidariedade porque sei que a despeito de morar em um país supostamente tolerante, conheço a situação de perseguição passada por muitos cristãos em países mulçumanos e marcados por ditaduras "comunistas". Conheço o silêncio da mídia em relação aos massacres que estes estão sofrendo em toda a parte do mundo. Daí que a despeito do quanto queiram dizer que não, posso sim ser solidário a estas vítimas de agressão. 

Minha indignação se dirige às pessoas que fizeram este ato enquanto seguravam uma Bíblia (isto por si só não se constitui prova de que as mesmas fossem evangélicas, católicas, ou que fossem), mas não vai demorar a surgir gente para associar o crescimento do pentecostalismo com o crescimento da intolerância religiosa. 

Em tempo gostaria de que as pessoas atentassem que o nome de evangélico cai bem com a pessoa que incorpora os ensinos do Evangelho. Em parte alguma do Evangelho Jesus orientou seus discípulos a entrarem em terreiros de culto afro, quebrar imagens, ofender os participantes do culto etc... Quem assim procede pode ser chamando de tudo, menos de evangélico. 

As minhas palavras acima não são parte de um discurso politicamente correto. Elas brotam de uma história e uma memória viva de quem soube na prática conviver com a diferença. Minha mãe foi umbandista e eu crente, evangélico, assembleiano, pentecostal clássico. E vivemos bem com as nossas diferenças respeitando um ao outro, nossos debates eram pacíficos e me deram a base e o fundamento para discutir na atualidade. 

Lógico que como crente e evangélico entendi e entendo que o melhor caminho, na verdade o único, é Cristo. Sei que tudo o que eu e qualquer cristão precisamos fazer é trazer a boa notícia à tona. O trabalho de convesão não me pertence, nem a crente algum, mas a Deus que age por meio de sua palavra, e ao Espírito que convence o homem. Por este motivo, não preciso lançar mãos da violência, da ofensa para tal. Minhas palavras não se perdem em discursos vazios, mas que tenham toda uma prática de vida como fundamento. 

Minha preocupação se dirige à imagem que lentamente estão conseguindo construir dos evangélicos, como "homofóbicos", "intolerantes", "fundamentalistas" e até como "terroristas". Até podem pensar isto de nós, mas não é este o comportamento recomendado pela Bíblia, veja os textos que seguem ipsis litteris:
Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma; Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem (I Pe 2. 11, 12 ACF). 
Outro texto importante é este: 
E qual é aquele que vos fará mal, se fordes seguidores do bem? Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bemaventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis; Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal (I Pe 3. 13 - 17 ACF). 
Este último texto deixa claro que no afã de evitar uma perseguição evangélicos correm o risco de com um comportamento contrário ao recomendado pela Bíblia virem a ser perseguidos, e isto não é ser perseguido por causa da justiça. Me despeço pedindo a Deus para que dispense dua graça comum a ambos os lados da questão para que o impasse seja resolvido da melhor forma possível, e que as vítimas superem o ocorrido e a má impressão deixada. 

Na paz de Cristo, Marcelo Medeiros. 

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