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terça-feira, 9 de junho de 2015

Vamos com calma Wesleyanos!!!



Viu a imagem? Agora prepare-se:

  1. A parábola das dez virgens é um ensino sobre a vigilância necessária nos dias da vinda do Filho do homem, não sobre perseverança dos santos. Ela tem de ser lida em contexto com a parábola do mordomo fiel, a dos talentos e a das ovelhas e bodes. Repare que com extrema dificuldade as loucas podem ser consideradas como salvas, falta reserva de azeite, e o mais importante, elas ouvem do noivo: não vos conheço
  2. A parábola do semeador não fala de perseverança dos santos, e se o fizesse, seria uma decepção para Wesley, uma vez que de fato o texto diz: o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta (Mt 13. 22 ACF). Veja como Lucas traduz este mesmo texto: Mas as que caíram em boa terra são os que, com coração bom e generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança (Lc 8. 15 NVI). 
  3. Os ramos que estão genuinamente em Cristo produzem fruto, isto é afirmado e reafirmado sucessivas vezes no texto bíblico Jo 15. 1 - 5. Os que estão em Cristo, mas são estéreis são imediatamente cortados, o texto e o contexto o dizem. 
  4. receber a graça de Deus em vão, tem de ser lido e interpretado à luz do contexto (II Co 5. 18 - 6. 3). 
  5. O servo que enterrou os talentos foi chamado de mau e negligente servo (Mt 25. 26 ACF), ou πονηρε δουλε και οκνηρε (ponere doulee kai okneere), o que equivale a chamar o escravo (perceba, alguém que não é livre), de mau e preguiçoso. O mínimo que se pode dizer deste servo é que é alguém ainda inclinad o ao mau, e possuidor de uma natureza que não se encaixa com a de um convertido. 
  6. Este servo mau e negligente é similar ao mordomo da parábola do capítulo anterior, que em razão do atraso do seu Senhor começa a espancar os seus servos (Mt 24. 48), sendo um κακος δουλος (kakos doylos). a expressão κακος é empregada para se referir a alguém desprezível, de má qualidade, malvado e perverso (Richardson). O Calvninismo não visa negar que tais pessoas existam, mas que as mesmas alguma vez tenham sido salvas. 
  7. Olhar para trás não é a atitude de um discípulo visto que no contexto Jesus convida a sentar a fazer os cálculos a fim de ver a possibilidade de arcar com os custos do Evangelho. 
  8. O Espírito é entristecido na medida em que o corpo de Cristo se faz marcado por ira, amargura, gritaria, e outras questões que quebram a unidade do Espírito (Ef 4. 31 - 5. 2). Crentes regenrados não apresentam tais atitudes como padrão, uma vez que foram aproxiamdos uns dos outros pelo sangue de Cristo. 
  9. Negar ao Senhor que os resgatou, ou trzaer sobre si repentina destruição é um padrão do comportamento dos falsos mestres (II Pe 2. 1), os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita (II Pe 2. 3). O mesmo pode ser dito dos que novamente se entregaram à corrupção do mundo. 
  10. A mornidão espiritual era a condição, ao que parece generalizada da Igreja de Laodicéia, verdade, mas Jesus a repreendeu para que a mesma não ficasse nesta condição, e lhe fez promessas (Ap 3. 19 - 21). Nada há no texto que permita especular a respeito do resultado final desta Igreja. 
Minha conclusão é que o tempo de Wesley tem de ser entendido para que o posicionamento deste também o seja. O contexto hstórico tem de ser a chave para que a Teologia deste não seja jogada no lixo. Todavia a dogmatização do pensamento wesleyano, e a aquiparação da mesma ao caráter de Escirturas Sagradas é um perigo que tem de ser evitado. 

Forte abraço. 

Marcelo Medeiros. 

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