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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Selfie No enterro de Eduardo Campos



Soube agora pouco de uma notícia que gerou indignação nas redes sociais. Pessoas fazendo selfie, ou como poderia me expressar em meu português básico, registrando a própria presença no velório de Eduardo Campos (aqui). A atitude abre brechas para todos os tipos de crítica. Egoísmo, invasão de privacidade, vontade aparecer, baixa exposição, afinal, o que teria motivado uma mulher desconhecida a registrar o momento? Não sei. 

O que sei como imigrante digital é que houve um tempo em que a minha geração, por exemplo, passou pelos momentos mais significativos, dramáticos, especiais, mas sem um recurso à mão que permitisse o registro. Hoje em dia todos andam com um recurso digital que os permite fazer um filme, ou documentário se necessário for (falo do celular, principalmente se o mesmo tiver androide), ampliando a necessidade de registro. 

Ao que me parece Eduardo Campos contava com o carinho da população, fato este expresso na expressiva votação que o mesmo recebeu em sua reeleição. Assim, ainda que a elite veja o fato como a mais profunda repulsa (afinal, não é nada chique filmar, ou fotografar um velório, salvo se você for da imprensa), verdade é que a soma da inovação tecnológica, que permite o registro, ao carinho popular fizeram a ocasião. 

Digno de registro é o fato de que as reações à morte são as mais inusitadas o possível. É algo que não há como programar, por exemplo, este site traz um contraste entre as reações de Lula e Marina Silva no velório em questão. Um questão que fica é: até que ponto as lideranças políticas (e aqui falo especificamente do ex-presidente Lula) irão se valer da morte deste jovem e promissor candidato para alavancarem sua própria campanha e quem sabe melhorar a imagem pessoal? 

Não posso aqui tecer julgamento algum nem a respeito de Marina, nem de Lula, e óbvio que menos ainda da desconhecida que tira foto ao lado do caixão. Tudo o que sei é que cada um registou à sua maneira o seu momento no evento. O que fica bem e o que não fica é mera questão de foro íntimo. Uma coisa é certa ao povo restou a saudade e a necessidade de perpetuar um autêntico legado. 

Abraços Marcelo Medeiros. 

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