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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vaticano se Reúne Para tratar Questão Homossexual



Confesso que recebi com extrema preocupação a notícia veiculada pela Folha on line a respeito de uma decisão do vaticano com relação a um novo olhar para com a questão da homossexualidade e das uniões homoafetiva [ver aqui]. A matéria coloca que homossexuais tem dons a oferecer à comunidade e imediatamente indaga a possibilidade de que as uniões deste gênero sejam reconhecidas. Mas a leitura do texto traz um pouco mais de tranquilidade, uma vez que ali é a questão é colocada da seguinte forma: A Igreja deveria aceitar o desafio de encontrar um espaço fraternal para os homossexuais sem abdicar da doutrina católica sobre família e matrimônio

Da minha perspectiva, não há problema algum no reconhecimento de que homossexuais tem dons e qualidades a oferecer. Já abordei este tema sob a ótica da graça comum, e que você, caro leitor, poderá conferir neste post. Todavia o grande problema é o paradoxo do olhar mais misericordioso e compassivo, sem a concessão doutrinária. Digo isto, porque sob o discurso da tolerância, o mundo atual tem sido cada vez mais hostil à concepção de pecado, ao exclusivismo cristão e à certeza. Logo, a questão vai para além do debate a respeito da homossexualidade. 

Já expressei aqui a minha opinião com respeito ao assunto. E confesso que mais do que a simples preocupação com a regulamentação da união civil entre iguais, ou a criminalização da homofobia, meu alerta se acende em relação à atual política de consenso, que trava o direito à qualquer opinião contrária. Um exemplo é o caso de Levy Fidelix, cujas palavras nada ofensivas foram interpretadas como homofobia, provocando ação da própria OAB [aqui]. 

No seu Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, o filósofo Luís Felipe Pondé já criticava esta tendência com o nome de praga PC (politicamente correto). O maior sinal desta infecção é o fato de as pessoas falarem de si mesmas como se fossem anjos. Neste ambiente, um grupo que esfregue na cara de todo mundo que não há ninguém que possa se dizer, ou se chamar de bom, não terá outra reação que não a rejeição. O problema, ao que tudo indica, é que em todo o mundo os homossexuais saíram na frente, assegurando para si o direito de serem intocáveis à qualquer forma de crítica. 

Tanto o Vaticano quanto os cristãos protestantes e evangelicalistas possuem um desafio à frente. O tema tem de ser seriamente debatido, e a verdade tem de sobressair e ser afirmada em amor, independente do quanto o mundo atual seja predisposto a não ouvir. O Vaticano (assim creio eu), não é unânime a respeito do problema e a proposta do Papa Francisco vai abrir brechas para que os militantes da causa gay, que lá estão infiltrados possam fazer de tudo e algo mais para  minar o que se pretende preservar, que é a doutrina tradicional a respeito da família. 

Para os protestantes, evangélicos o desafio será o de produzir uma reflexão própria a fim de sair da sombra do catolicismo e, pior, vencer a má vontade do mundo atual no tocante a qualquer possibilidade de diálogo com a doutrina cristã e, principalmente com cristãos, por mais bem intencionados que sejam. Todos os cristãos se veem diante do desafio de produzir uma prática que concilie o amor e a misericórdia com a fidelidade doutrinária. 

Forte Abraço a todos os leitores, Marcelo Medeiros

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