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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Firmando posição



Recentemente escrevi um artigo a respeito de algumas inovações litúrgicas que retiram a Palavra de Deus do centro do culto e consequentemente da vida dos cristãos. E como é de práxis, recebi um longo post, supostamente baseado em Mt 7. 1 - 4 como resposta, como se Jesus estivesse interessado na falta de discernimento, por parte do povo de Deus na atualidade (aqui, aqui e aqui).

Critiquei e permaneço um crítico das ações inovadoras, tais como substituir a pregação por apresentação de peças, por shows, lutas, apresentações de misturas de artes marciais, porque não as vejo como práticas bíblicas e a Igreja que as adota, implicitamente está deixando de confiar no poder da Palavra de Deus no tocante a atração de pecadores.

Não creio em metodologias de crescimento que constituem um convite à irreflexão, que buscam amalgamar pregação, e marketing, que relegam a conversão a um segundo plano. Estas na verdade são uma forma de transformar o templo, dedicado aos cultos em casas de espetáculo. Creio menos ainda em discipulados feitos por pessoas que nada sabem do Evangelho (perceba que não falo de Teologia, mas de Evangelho, o conteúdo básico do discipulado). 

Não, não, não, e não! Não creio que pessoas que não gastam o seu tempo em leitura da Bíblia e em oração possam ser ganhadoras de almas e por uma razão bem simples: o estilo de vida das mesmas demonstra total ausência de paixão pelo Evangelho. Paixão aqui é a palavra que encontro para o fogo que o mundo precisa ver nos Evangélicos. 

Daí que na falta deste fascínio pelo Evangelho de Cristo e pela piedade proporcionada pela oração, muitos líderes ao invés de lembrarem de onde caíram (se é que alguma vez tenham estado de pé), escolhem um tipo de Evangelho em que a Igreja se parece ao máximo com o mundo (algo do tipo somos crentes e fazemos as mesmas coisas que vocês, até o nosso local de culto é parecido com espaço de lazer de vocês). E confesso minha admiração pela criatividade com que se apegam ao texto de Atos 2, que diz que a Igreja contava com a simpatia do povo. 

O que estes se esquecem é que a mesma Igreja que contava com a simpatia do povo, era uma Igreja ortodoxa, visto que perseverava na doutrina dos apóstolos (At 2. 42), na comunhão (que não se esvaziava no dizer estou contigo, mas se expressava em partilha de bens), no partir do pão e nas orações. Nesta mesma comunidade dos candidatos ao batismo ouviam a seguinte recomendação apostólica: salvai-vos desta geração perversa

Já fui um admirador de obreiros que com criatividade propunham fórmulas de crescimento para a Igreja, mas confesso que na medida em que percebi que tais inovações vem acompanhadas de um pacote de heresias e de negações às mais fundamentais doutrinas bíblicas peguei aversão pelas mesmas. 

Este é o mesmo repúdio que sinto por cada conferência, palestra e programa novo que criam, que inventam. Tais empreendimentos apenas servem para mostrar que o meio evangélico tem se tornado um fértil mercado e que "crescimento" tem sido a palavra da moda. Daí que líderes e mais líderes optem pela participação nestes conferências ao invés de optarem pela oração e pela leitura diária da Palavra. 

Permaneço fazendo deste um espaço de discernimento por acreditar que o fato de ser pecador (I Jo 1. 8 - 10), não deve embotar o meu intelecto e muito menos me privar do julgamento de tudo quanto é forma de erro e de mentira. Aliás, a carte de João foi escrita visando justamente isto, proporcionar aos crentes discernimento entre a  verdade e o erro (I Jo 4. 1), quem fala como o mundo e é ouvido pelo mundo é quem é do mundo (I Jo 4. 5). 

Um forte abraço cristão evangélico a todos, Marcelo Medeiros. 

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