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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Uma palavra sobre más interpretações de textos bíblicos

 



A Verdadeira Interpretação de Mt 19. 1 - 12

 
 
Tenho me reservado quanto a qualquer discussão a respeito das questões homoafetivas, ainda que tenha uma firma convicção a respeito. Tenho tentado ouvir os argumentos dos dois lados da questão. Mas ao ouvir parte do debate entre Marisa Lobo e ativistas a favor da diversidade sexual, minhas anteninhas de venilo automaticamente detectaram a presença do inimigo. Primeiro na confusão maldosa que fizeram com as palavras terapia (que é o proposto pela psicóloga em questão) e cura. Ainda que ligadas pelas raízes na língua grega a primeira expressa um serviço que se oferece ás pessoas que tenham alguma "doença", termo que os LGBTS, considera ofensivo para descrever a condição homossexual, ao passo que a segunda descreve o serviço oferecido por um terapeuta a qualquer pessoa que se encontre em conflito com sua identidade.
Segundo, um dos ativistas afirmou implicitamente que a psicóloga defende tal ramo por não entender a homossexualidade, será que ele mesmo a entende? Terceiro não foi permitido que a psicóloga respondese à altura nenhuma das interrupções, muito mal educadas, por sinal. O inimigo está presente aqui fazendo confusão em torno de palavras, manipulando dados, ligando a violência sofrida pelo homossexual à pregação contra a prática, ou comportamento homossexual, impondo o DETERMINISMO PSICOLÓGICO E CULTURAL, sobre o biológico.
Na verdade, creio cada vez mais que até o diabo se assusta com uma periércia deste tipo. Mas é o que estamos vendo em toda esta celeuma, e foi visto no programa. Mas o ponto que minha percepção se acendeu foi o que uma suposta pastora, ao interromper, de forma intempestiva, um ex-homossexual, afirmou que a Bíblia defende sim a prática. Qual foi co texto usado pela mesma? Mt 19.11, 12. Aqui, com todo o respeito à pessao, vi a mais pura ação do Paulo chamou de operação do erro, simples um texto bíblico foi usado de forma desleal, para afirmar exatamente o que não diz: que a Bíbia apoia a união homoafetiva. Vamos ler o texto?
 
Tendo acabado de dizer essas coisas, Jesus saiu da Galiléia e foi para a região da Judéia, no outro lado do Jordão. Grandes multidões o seguiam, e ele as curou ali. Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo? " Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".
Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora? " Jesus respondeu: "Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério". Os discípulos lhe disseram: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar".
Jesus respondeu: "Nem todos têm condições de aceitar esta palavra; somente aqueles a quem isso é dado. Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite" (Mt 19. 1 - 12 NVI).
 
  1. A primeira pergunta a ser feita é: o que motiva a fala de Cristo? A resposta é mais simples do que  2+2=4. Qual? A pergunta dos feriseus a respeito do divórcio.
  2. Qual é a resposta de Jesus? É o argumento do relato do livro de Gênesis, que descreve a criação do gênero humano por meio das expressões macho fêmea, e da união que os dois constituem após o casamento (Mt 19. 4 - 6). Qual é o asunto aqui? Casamento. Qual é o modelo de Deus para o casamento? A união entre macho e fêmea. É o que o texto diz e por ora não precisamos apelar o livro de Levítico para entendermos isto.
  3. Apanhados pelo argumento da Escritura, os fariseus perguntam novamente: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora? Note que os fariseus não estão perguntando por questão de gênero, pela causa homoafetiva, ou pelo lugar dos gays na estrutura eclesial, mas por divórcio, e estão fazendo por razões escusas como o texto mesmo indica.
  4. Ao que Jesus responde: "Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério".
  5. O que Jesus está ensinando é que a dureza de coração do homem, termo que  outem grego é σκληροκαρδιαν  (sklerookadian), é a causa que motivou Moisés a permitir que os homens dessem cartas de divórcio βιβλιον αποστασιου (biblion apostasiouy) às suas mulheres.
  6. De acordo com o ensino de Cristo, a única coisa que legitima uma ruptura é a prostituição, uma vez que esta dissolve a unidade espiirtual formada entre o casal no ato conjugal.
Perplexos com a condição imposta pelo Mestre os discípulos afirmam: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar". Ao que Jesus responde: "Nem todos têm condições de aceitar esta palavra; somente aqueles a quem isso é dado. Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite".
Primeiro, ao percebermos que o contexto fala de casamento e divórcio, percebemos que o homem que opta por não se casar deve ter no eunuco o seu exemplo de castidade. Segundo, alguns possuem isto de forma natural, outros se fazem assim por causa do reino. Aqui é empregado o termo ευνουχοι (eunoykoy), cujo sentido é o de um homem emasculado responsável pela câmara nupcial num harén oriental.
Conforme vimos o texto não dá espaço para a interpretação dada pela suposta pastora, que antes tantas vezes pregou a sua libertação. Aliás, ela já se confundiu uma vez, e em sua confusão cofundiu muito gente, por quais motivos seria digna de crédito agora? O ponto que indica a confusão da pastora é a falsa percepção a respeito da pregação. Não é o homossexual que vai para o inferno! Não! Para o inferno vão os pecadores (condição que a Bíbia descreve como sendo a de todo homem) que se esquecem de Deus, e que rejeitando a misericórida que lhes é oferecida rejeitam o Evangelho (Rm 2.4 - 11).
Dentro da visão bíbliaca tanto o divórcio quanto uniões homoafetivas são produto de um muundo caído, no qual os homens se afastaram do padrão divino para as suas relações interpessoais. É exclusivamente por este motivo que cada vez mais vemos o que vemos.
 
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros.

3 comentários:

  1. muito bem colocado, sem ofensivas.... Parabéns!!!. Lúbia

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  2. muito bem colocado, sem ofensivas.... Parabéns!!!. Lúbia

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