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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal


 




Então é natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Então é natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, do amor como um todo.
 
Esta é a primeira estrofe de uma canção cujo autor ignoro, mas cuja intérprete trago na memória. Simone, uma das cantoras prediletas de minha mãe, e de tantos da geração dela. Mas o meu objetivo não é analisar a letra da canção. De forma alguma! O que pretendo aqui é fazer uma breve reflexão a respeito desta festa.
É lugar comum afirmar-se que no dia vinte cinco de Dezembro, não é o dia do nascimento de Cristo. Isto faz sentido, uma vez que Cristo jamais mandou que seus discípulos comemorassem seu nascimento. Em contrapartida estabeleceu uma ceia comemorativa em honra à sua morte, e ainda disse aos seus discípulos: fazei isto em memória de mim (Lc 22. 19; I Co 11. 24, 25). Assim, Paulo acertadamente dizia: sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha (I Co 11. 26 NVI).
À esta altura o leitor talvez possa estar perguntando: o que isto tudo tem a ver com natal? A despeito da letra da canção afirmar que o natal é uma festa cristã, na verdade ela é produto da adaptação de uma festa pagã, a solis invictis, ou o nascimento do deus sol. A Igreja do terceiro século a adaptou para que a conversão de povos pagãos se tornasse possível.
Partindo deste conhecimento e associando o mesmo a uma série de mitos pagãos, uma verdadeira avalanche de teorias da conspiração têm sido deflagrada nas redes sociais e na net. Resultado: o natal é uma festa pagã, todos os seus símbolos são pagãos e demoníacos e nenhum cristão que se preze pode comemorar tal data.
Mas eles se esquecem que o natal não é a primeira adaptação que se faz neste sentido. A páscoa judaica passou, por razões proporcionalmente diferentes, é claro, pelo mesmo processo. Originalmente era uma festa pagã que visava comemorar o início da primavera, o começo da fertilidade. Mas ela foi transformada na comemoração da passagem do povo de Israel. Pascoa, do hebraico pescah, significa passagem.
Aproximadamente mil e oitocentos anos depois, a mesma festa foi transformada em um evento cuja finalidade é anunciar, lembrar da morte do Senhor até o momento de sua vinda. Em ambas as versões da páscoa, o que prevalece é a questão da lembrança. No primeiro caso, do sofrimento do povo, e da saída do mesmo da terra do Egito. No segundo, a lembrança da maior de todas as demonstrações de amor, a morte de Jesus.
NESTE DIA GOSTARIA DE CONVIDAR A TODOS OS LEITORES A FAZEREM UMA NOVA LEITURA DA PRESENTE DATA. Quero convidá-los a ler a mesma sob a ótica bíblica. A transformarem os símbolos de nosso natal, na verdade a recriar os símbolos à luz da palavra anunciada aos pastores. Que possamos fazer parte do coro angelical que anunciou a boa nova aos pastores, por meio das palavras: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor (Lc 2. 14 NVI).
 
Feliz Natal,
 
Pr Marcelo Medeiros.

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