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terça-feira, 22 de setembro de 2015

A Condição da Criança Quanto à Salvação



Uma pergunta que sempre me é feita nos seminários em que ministro é: uma criança que morre ainda no período da inocência, pode vir a ser condenada? Há pessoas que respondem com um sonoro não, por pressuporem, erradamente, diga-se de passagem, que toda criança é pura e inocente. O mais curioso é que pensam que estão lendo Mt 18. 1 - 4, quando na verdade estão lendo O Emílio de Jean Jaques Rousseau. 

Não há razões para se pressupor que ao dizer que das crianças é o Reino, Jesus o tenha feito em razão de uma suposta pureza. Pelo contrário, a Bíblia é clara em dizer que o coração do homem é mau desde a sua infância (Gn 6. 5; 8. 21). Nas Confissões de Santo Agostinho o pensador em apreço fala a respeito de um caso em que observa inveja em uma criança. (Fato este admitido pela Psicologia, com a ressalva de que dentro deste ramo do saber a inveja não é vista como um pecado). 

Jesus afirma que das crianças é o Reino, e que quem quiser ser o maior no mesmo tem de se fazer como um dos pequeninos pelo fato de que as crianças no seu tempo eram desprezadas, não possuíam autonomia social, portanto eram dependentes dos adultos. Fazer-se como uma criança é assumir total dependência de Deus. 

Recentemente o teólogo reformado Jonh Piper causou na net ao afirmar que "todos os bebês são salvos por Cristo". Para justificar o teólogo não apela jamais à pureza das mesmas, antes ao conhecimento dos mesmos, sendo este um fator preponderante no juízo de Deus (At 17. 30; Rm 2. 14, 15). Neste artigo Piper afirma que pelo mesmo princípio crianças com deficiências mentais também podem ser salvas, visto que as mesmas nasceram sem as condições necessárias para a compreensão do conteúdo da revelação. 

Louvo a Deus pela vida de Piper e rogo que ele seja o sinal de levantamento de toda uma geração de calvinistas, ou reformados que pensam fora da caixa, e com isto evitem as incosistências bíblicas internas a este ramo de conhecimento. 

Minha conclusão inicial é a de que se uma criança morre, antes de poder discernir entre o bem e o mal e ouvir e entender o conteúdo do Evangelho, ela será julgada pelo seu conhecimento, e portanto inocentada. Outra questão é que biblicamente, a vida está nas mãos de Deus (Sl 39. 5, 6, 11). A verdade é que uma criança que morre com poucos dias morre porque Deus assim o permitiu, para não dizer que quis, e o seu querer sempre redunda em algo bom (Rm 8. 28). Mas como disse esta é apenas uma conclusão inicial. 

Marcelo Medeiros. 

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