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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Já deu o que tinha de dar mesmo


Segundo fontes, que não sei como classificar, o cantor e rei Roberto Carlos foi o mala do ano. O autor deste artigo atribui a honraria ao papel do rei na luta contra as biografias não autorizadas, o que, é claro, discordo. Roberto Carlos há muito tempo vem merecendo ser o mala do ano simplesmente por seu sorriso meio que forçado, pela ausência daquele brilho antigo em seus shows, pelas participações estranhas dos artistas nada á ver em suas apresentações. Estas são algumas da inúmeras razoes para o premio mala do ano.
Nunca concordei com o título de rei dado a este fenomenal e extraordinário artista. Por quê? Simplesmente porque a vida não faz justiça, e de alguma forma que é bem sucedido na arte é agraciado. Um exemplo é Jerry Adriani, cuja excelente e bela voz não lhe rendeu um milésimo do sucesso de Roberto Carlos. E mesmo reconhecendo que o histórico do rei é fator preponderante sim, para o merecido reconhecimento (na ótica humana), fato é que ele foi agraciado com belíssimas canções (algumas de composição própria, outras não), o que lhe garantiu o sucesso.
Minha revolta é um artista como ele ter de se rebaixar todo o ano para uma emissora podre a fim de ainda continuar a ser lembrado em um país como o nosso, que não tem memória. Não que ele precise, de forma alguma! Mas infelizmente nosso povo tem sido alimentado culturalmente pelo que há de pior. E mais, se permite ser levado pela opinião alheia. Cada vez mais o gosto vai morrendo e com a morte do gosto o reconhecimento ganha maior espaço. Em nossa pátria tupiniquim, não se desenvolve o gosto, mas o reconhecimento. Foi desta forma que o Rei, na minha opinião extraordinário, Roberto Carlos, foi reduzido ao cara de um sucesso de uma novela. Concordo com o amigo que postou no facebook já deu o que tinha de dar.
Adorno, filósofo da Escola de Frankfurt já havia falado que a emergência dos meios de comunicação de alguma forma contribuíram para a regressão da audição. Isto se vê no fato mais do que inconteste de que nas animações culturais, até as reações são determinadas pelos que estão no comando da apresentação. As emissoras de TV dizem de quem e do que temos de gostar, e o nosso gosto tem de se alinhar com a linha de produtos que a mesma oferece. Tal expediente nada teria de absurdo se não fosse o uso contínuo de fórmulas esgotadas.
Reitero que o cantor é fenomenal, principalmente em função de sua trajetória, de quantos empregos ele deu aos mais diversos músicos, mas a insistência com o mesmo modelo de show de fim de ano, com artistas convidados, que cantam os sucesso do rei, e depois cantam com o rei, seus hits, dos globais fazendo caras e bocas, não tem mais nada a ver, e já deu o que tinha de dar mesmo.
 
Marcelo Medeiros

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