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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Em tudo foi tentado, mas sem pecado



Neste post pretendo compartilhar com vocês uma percepção a respeito da impecabilidade de Cristo. O texto bíblico diz a respeito de Cristo, que em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4. 15). Em uma aula a respeito do tema em questão (carta aos Hebreus), fui indagado a respeito de como ele possa ter sido tentado, uma vez que a fonte da tentação é a concupiscência. 

Paulo afirmou que Cristo veio em semelhança de carne pecaminosa, mas que ele combateu o pecado na carne (Rm 8. 3), para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito (Rm 8. 4). Mas como Cristo se relacionou com esta questão de estar em um corpo que deseja? 

Meu palpite inicial, foi o de que Cristo, desejou, mas que em momento algum qualquer necessidade que ele tivesse, legítima, ou não, suplantou o seu desejo pelo pai. Sim, para começar a vontade de Jesus era a do pai, sua comida era fazer a vontade do Pai. Brennan Manning afirmava repetidamente em seus livros que o coração de Jesus pulsava no ritmo do coração de Aba. Foi esta disposição que tornou Cristo livre em relação ao pecado. 

A tentação no deserto foi, antes de tudo, uma tentativa por parte do diabo em descredibilizar a experiência que ele teve com o pai às margens do Jordão, quando ao sair das águas, os céus se abriram e o Espírito de Deus veio em forma de pomba sobre o Messias, e junto ao Consolador, uma voz dos céus dizendo: este é o meu filho amado em quem eu me comprazo (Mt 3. 17). Imediatamente o Filho de Deus foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo, que não titubeou em colocar a palavra de Deus em dúvida a palavra de Deus e o relacionamento de Cristo com o Pai, tal como ele já havia feito no Éden, com Adão e Eva. 

Ao contrário de Adão e Eva, que se deixaram levar pelo canto da serpente, Jesus não! A maior dor de Cristo foi sua experiência na cruz, porque ali foi o único lugar em que ele se dirigiu ao Pai chamando-o de Deus e por meio da pergunta: porque me desamparaste? Desamparo é a sensação que os homens tem quando em momento do profunda aflição. Pior do que o desamparo e o abandono, foi a quebra de uma comunhão que vinha desde a eternidade e que foi extremamente ansiada pelo Filho em sua vida terrena. Daí o fato de Cristo ser sem pecado. 

A experiência do Jordão e o efeito da voz do Pai, algo que era peculiar a Cristo, fez com que este jamais se guiasse pela opinião pública. a cada milagre, um pedido de que nada fosse dito a ninguém. Nada da doentia necessidade de agradar aos políticos, ou às autoridades religiosas da época, e tudo por quê? Porque para Cristo a opinião do Pai era mais importante do que o frágil, fugaz e volúvel conceito que os homens desenvolvem a respeito dos outros. 

A afirmação do autor aos Hebreus de que Cristo em tudo foi tentado, mas sem pecado, é o indicador de que ele conheceu de perto todas as pressões que fazem os homens pecar, e justamente por este motivo se dispõe a interceder pelos seus irmãos que estão em tentação. O sem pecado sinaliza o novo homem que cada crente há de ser, inteiramente livre do pecado em razão de um sólido relacionamento com o Pai. 

Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros

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