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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Deus e a existência do mal



Um dos grandes problemas levantados no debate a respeito da existência de Deus é a realidade do mal. Como pode um deus bondoso e todo poderoso tolerar o mal. Parte do problema tem sido respondido com a afirmação de que é o mal, a tragédia que faz com a que humanidade seja de fato mais humana. 

Ainda assim, parece haver pessoas que não se contentam com o fato de terem de passar por eventos trágicos, o que ocasiona frases como esta da imagem acima. Ao visualizar em uma comunidade de debate no facebook, pensei imediatamente em um homem como Jó. Em um momento este é descrito vivendo em um estado de ventura e de repente ele perde todos os seus bens, posses, o respeito social, e mesmo o direito de reclamar. 

Em boa parte do seu livro Jó aparece chamando Deus para um julgamento, ele chega a afirmar, que se Deus comparecesse para um debate, lhe exporia a sua causa, mas quando este lha aparece em meio de uma tormenta e lhe faz perguntas, atente bem, perguntas, ele, Jó, emudece. Minha conclusão, é de que a frase da imagem é a prova inconteste de que a melhor imagem para descrever a humanidade é a que a compara com crianças birrentas. 

Do conforto de sua casa, escritório, apartamento, etc, qualquer um fala do relâmpago, do trovão e de uma tormenta, mas estar diante da grandeza destes fenômenos é algo que faz qualquer indivíduo sensato se borrar de medo, imagine um encontro com Deus, quem poderia argumentar o que quer que fosse diante dele? Jó emudeceu e constatou que Deus tudo pode e que nenhum dos seus planos podem ser frustrados, de quebra a certeza de que quaisquer conjecturas são como o pensamento de um animal irracional. 

Há um outro homem em quem eu penso quando me vejo diante de tais colocações. Jesus de Nazaré. Ele, mais do que ninguém, se identificou com os sofredores, com os pobres, injustiçados, e em sua resignação diante da morte de cruz ele derrotou e venceu o mal, quando ainda no Getsêmane orou a Deus dizendo, todavia, não se faça a minha, mas a sua vontade. A ressurreição de Cristo é a maior expressão da vitória de Cristo sobre o mal e a abertura de possibilidade da vitória de cada cristão em particular. 

Não é do meu feitio, confesso, mas peço a Deus a sabedoria de Davi, que disse: emudeci, por quando o fizeste (Sl 39. 9 ACF), pois do contrário terei de dizer como Jó: falei do que não entendia, por isto me abomino e me arrpendo no pó e na cinza (Jó 42. 3, 6). 

Marcelo Medeiros

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