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sábado, 13 de junho de 2020

Uma Palavra a Respeito da Teocracia



Há algum tempo atrás compartilhei em minha rede um texto a respeito da possibilidade de corrupção de toda forma de governo humano, mais ainda, o texto na verdade aborda o caráter corruptor do poder. Este é o sentido do texto compartilhado, cujo conteúdo segue abaixo transcrito.
Quanto mais altas as pretensões do poder, mais intrometido, desumano e opressivo ele será. Teocracia é o pior de todos os governos possíveis. Todo poder político é, na melhor das hipóteses, um mal necessário, mas é menos mal quando suas sanções são mais modestas e comuns, quando afirma que não é mais útil e conveniente e coloca para si mesmo objetivos estritamente limitados. Qualquer coisa transcendental ou espiritual, ou mesmo qualquer coisa muito fortemente ética em suas pretensões é perigosa e encoraja-o a se intrometer em nossa vida privada (....). Assim a doutrina renascentista do direito divino é para mim uma corrupção da monarquia (....) os misticismos raciais, da nacionalidade. E a teocracia, eu admito, e até insisto é a pior de todas. (C. S. Lewis, Lírios que apodrecem, in: A Última Noite na Terra, pág. 53). 
Em contexto amplo o texto não é uma crítica à teocracia em si, mas às pretensões de toda forma de poder, inclusive a democracia. Não tardou para que algumas pessoas entrassem em meu perfil contestando a citação, pelas razões mais diversas e na maioria das vezes, para não dizer em todas, equivocadas. Evitei ali falar a respeito do que seja uma Teocracia e corrigir o erro, mas me valerei deste espaço para tal.

Em primeiro lugar, existe a falsa ideia de que a Teocracia seja um governo exercido de forma direta por Deus, neste caso o Deus judaico cristão. Na verdade a maioria dos soberanos da antiguidade viam a si mesmos como deuses. Este é o caso, por exemplo do Faraó. Na modernidade existe um caso curioso de uma possível Teocracia, que é o do Tibet. Caso este tenha sua independência reconhecida, seu representante político máximo, o Dalai Lama, é reconhecidamente um deus.

Em segundo lugar analisando alguns textos bíblicos é possível perceber que desde a queda o deus bíblico, judaico-cristão jamais exerceu seu governo de forma direta, e isto por uma razão extremamente básica os homens em geral não suportam lidar com as manifestações teofânicas. Os textos bíblicos abaixo transcritos  esclarecem melhor a questão.
E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis. E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava. Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que, dos céus, eu falei convosco (Ex 20. 18 - 22 ACF). 
Deus se revela em meio a uma tempestade mas o povo não suporta ouvir Deus e pede que um representante o faça, é assim que nasce a instituição dos profetas. Mas em uma Teocracia, é, ou seria mais do que comum que o Deus Todo Poderoso, Onisciente e Onipresente, descesse e se manifestasse diretamente aos seus súditos. E o que vemos no texto acima transcrito é que os súditos deste não suportam a sua manifestação gloriosa. 

Na verdade este não é um primeiro texto em que se afirma esta inviabilidade de uma Teocracia direta. Tal afirmação pode ser vista já no relato do que conhecemos, desde Paulo e Agostinho como sendo a Queda. 
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? (Gn 3. 7 - 11 ACF). 
Há muito que ser dito e desenvolvido por meio da citação acima. Na concepção judaica os capítulos iniciais do livro de Gênesis não são literais, são arquetípicos, uma espécie de modelo da história de Israel. A criação é símbolo da criação de Israel, a luz simboliza a Torá, a árvore da vida é a própria sabedoria. Diante de tais elementos, é possível que aquilo que conhecemos ser a queda seja a recusa em ouvir a voz de Deus no monte. 

O fato inconteste é que o povo pede a Deus um representante, e Moisés se torna o modelo deste tipo de representante. 
O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; Conforme a tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor teu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então o Senhor me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele. Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele (Dt 18. 15 - 22 ACF). 
Terceiro, o Deus bíblico é aquele que detém todo o poder. Ser um representante dele significa lidar com a forma mais elevada de poder e estar sujeito às piores formas de corrupção. É da corrupção e da decadência decorrentes das formas mais elevadas de poder que nascem adivinhos, necromantes e feiticeiros da antiguidade. Todos falam em nome de um pode superior, na verdade divino. Daí a necessidade de sólidos critérios para que se discirnam quem é quem.

É seguramente neste contexto que a fala de John Emerich Edward Dalberg-Acton, ou Lord Acton, a respeito do poder, quando este afirmou corretamente que: o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente. Esta regra é visível nas Escrituras Sagradas, onde o poder de alguma forma afeta negativamente os homens. 

Afeta Moisés que após descer do Monte tem seu rosto resplandecente ao ponto do povo não conseguir olhar para ele. A experiência era algo do tipo contemplar o sol em sua magnitude. Diante de tal o povo cobre o rosto de Moisés para não ter de ver tamanho peso de Glória (Ex 34. 29 - 34). Paulo apóstolo afirma que esta glória era transitória e que o véu foi mantido para que os israelitas não percebessem a transitoriedade da mesma (II Co 3. 12 - 15). E aqui temos a primeira corrupção da teocracia. 

Exemplos não faltam Gideão após dar livramento ao povo de Israel, rejeita ser o rei do mesmo, mas faz para si uma estola sacerdotal e deixa mais de setenta filhos gerados com as muitas mulheres que teve ao longo da vida. Samuel não foi um juiz que amou o poder e as benesses resultantes do mesmo, mas seus filhos se corromperam. Aqui, percebe-se que quando o poder não corrompe o líder em si, corrompe seus descendentes. 

Saul, o primeiro rei de Israel, segundo a vontade do povo, cedo demonstrou apego ao poder. Davi não teve apego algum ao poder, seus interesses são notadamente espirituais, mas se corrompeu pelo direito do rei e foi além. Salomão se corrompeu em meio a tudo o que Deus lhe concedeu. Uzias se corrompeu ao exceder os limites de sua função como rei, e a História não para por aqui. 

Quarto, bem cedo a espiritualidade foi vista como a melhor forma de legitimação do poder temporal. O caso mais flagrante deste tipo de autenticação é o de Saul. Ele foi rejeitado por Deus por conta de extrapolar os limites de sua função real. Ao contrário do que ocorre na cultura cananéia, em Israel é importante a separação da figura do rei da do sacerdote. Saul não espera a chegada de Samuel e oferece os sacrifícios. No lugar de aprovação, seus sacrifícios terminam por lhe assegurar a rejeição. 

Diante de tal, ele pede que Samuel o acompanhe junto ao povo. A figura de um profeta dá legitimidade ao reinado, afinal, estes, e não o Rei, são os porta vozes de Deus. Eles trazem a manifesta vontade de Deus e garantem, ou afirmam, que acima dos governos humanos está o divino, e a palavra dos mesmos condena, ou isenta e legitima o Rei. Não sem razão, Davi, Salomão (mesmo com sua flagrante corrupção), Josafá, Uzias, Ezequias, Josias mantém profetas em sua corte. 

O mesmo se dá em relação ao rei Acabe. Ele aborrece a Micaías, o profeta do Senhor, mas mantém os profetas de Baal e de Asera em Israel. Com que intuito? Garantir a legitimidade da religião, ou do poder espiritual, ao poder temporal. É neste hiato que os espaços dos falsos profetas é garantido. Nossa tendência é a de ler as narrativas sobre a vida de homens como Elias e Elizeu e ver neles modelos de sucesso e aceitação popular. Nada mais distante da verdade. 

O verdadeiro profeta (a despeito dos milagres que faz e apresenta), é um marginal. Não por conta da lei, em si, mas por conta da percepção popular. Elias era tido como agitador de Israel. Somente o piedoso Ezequias deu ouvidos ao profeta Isaías, e há quem garanta que o mesmo morreu durante o reinado de Manassés (o mais ímpio dos reis em Israel). Jeremias e Ezequiel não tiveram a mesma sorte. Eles não se dispuseram às estruturas do poder. 

Esta busca por legitimidade religiosa é vista no Apocalipse através da figura da Besta que emerge da Terra e da que emerge do mar. Esta última simboliza o poder terreno, político, ao passo que a primeira simboliza o poder espiritual, tanto que tem aparência de cordeiro, mas voz de dragão, indicando com isto, que a despeito da aparência que possua ela representa satanás. É deste que vem a legitimação do Império romano. 

O Novo Testamento é explícito ao colocar o Mundo como palco de dominação e atuação do Diabo. A ele foi dado os reinos deste mundo (Mt 4. 7 - 10), e ele os dá a quem a quiser e estiver disposto a lhe render adoração. Ele é o príncipe deste mundo (Jo 12. 31; 14. 30; 16. 11; I Jo 5. 19), é também do deus deste século (II Co 4. 4). Tais expressões apontam para a inviabilidade do projeto de uma Teocracia, seja evangélica, muçulmana, reformada, protestante, ou o que quer que seja. 

Quinto, entender o governo de Deus é entender que ele se concretiza na sujeição do povo à lei (no caso do povo de Israel), ou à percepção desta por parte de Jesus Cristo no sermão da Montanha (Mt 5 - 7). O discurso de Samuel na posse do rei Saul aponta para o fato de que Deus não tem compromisso com forma alguma de governo. Escrevi a este respeito em minha apostila de livros históricos I. Neste trabalho resumido fiz citação a Breugmann e articulei com o texto abaixo transcrito. 
E todo o povo disse a Samuel: Roga pelos teus servos ao Senhor teu Deus, para que não venhamos a morrer; porque a todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei. Então disse Samuel ao povo: Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao Senhor, mas servi ao Senhor com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam, e tampouco vos livrarão, porque vaidades são. Pois o Senhor, por causa do seu grande nome, não desamparará o seu povo; porque aprouve ao Senhor fazer-vos o seu povo. E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito. Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente com todo o vosso coração; porque vede quão grandiosas coisas vos fez. Porém, se perseverardes em fazer mal, perecereis, assim vós como o vosso rei (I Sm 12. 17 - 25 ACF). 
O que fica claro com esta citação? Fica explícito aqui que para Deus o que importa é que o povo tema ao Senhor, e o sirva com fidelidade e de todo o coração e lembre-se daquilo que Deus faz e continua fazendo. Observando o texto percebe-se que:

  1. o povo reconhece que erra ao escolher um rei. É um pecado a mais face aos anteriormente cometidos.  
  2. Samuel reafirma que o povo agiu mal, mas que o mal pode ser amenizado se, e tão somente se, o povo persistir em seguir a Deus. 
  3. A despeito do erro contumaz e rebelde do povo, Deus é seu Dono e Amo, se o povo reconhecer isto, tudo irá bem. 
  4. O povo jamais deverá se render ao culto às imagens de escultura, este é um dos cernes da aliança. 
  5. Ao lado da figura do rei permanece a figura do sacerdote, cuja função consiste em ensinar e interceder a Deus pelo povo. 
  6. Em face da rebeldia e da rejeição dos termos da Aliança, o que o povo experimenta? Rejeição e Castigo, com, ou sem Rei.
  7. Daí que a monarquia não seja uma garantia de que as coisas irão bem. Somente a obediência à lei garante isto. 
Algo similar acontece no Novo Testamento. Deus reina através de sua lei, neste caso aquilo que Tiago chama de lei da liberdade (Tg 2. 13). Jesus assimilou em parte a ética dos profetas mediada no tripé justiça, misericórdia e juízo (Mq 6. 8; Am 5. 24; Is 1. 17; Mt 23. 23, 24). Este tripé foi resumido na seguinte fórmula: tratai os outros como quereis que vos tratem. Nisso consistem a lei e os profetas (Mt 7. 12). 

Ter o Reino de Deus e participar deste consiste em atender ao apelo de amar ao próximo como a si mesmo, e a Deus sobre todas as coisas (Mt 22. 36 - 39), e de ser instrumento de Justiça e misericórdia juntamente (Mt 5. 6, 7), a fim de promover a paz (Mt 5. 9). A justiça do Reino nada tem a ver com a justiça forense, ela é mais próxima à justiça dos profetas e demanda interioridade e exterioridade. Isto é a concretização do Reino em termos práticos. 

Sexto, este Reino é só é acessível aos que são regenerados, ou nascidos de novo. Por quê? Somente estes podem de fato obedecer às leis do antigo pacto. Textos como Dt 30. 6; Jr 4. 4; 31. 31 - 35; Ez 36. 25 - 27) indicam a necessidade de uma transformação interior a fim de que o homem possa cumprir a lei. Paulo reforça esta ideia de que o homem na sua natureza, não pode ser fiel cumpridor da lei. 
Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8. 1 - 8 ACF). 
A leitura deste texto derruba por terra toda pretensão da Teonomia e dos projetos de Teocracia Evangélica. Aqui se diz com clareza que fora da vida do Espírito a lei de Deus não pode ser cumprida. Não há possibilidade de uma moral cristã ser imposta a uma sociedade que não tenha uma disposição interna para tal. 

Por quais motivos as leis mais razoáveis são frequentemente quebradas, direitos humanos mais fundamentais são violados, regras e regulamentos são subvertidos? A explicação cristã e teológica é que falta a ação do Espírito de Deus para conduzir o ser humano à obediência ao mandamento. Na percepção humanística é falta de adesão interior à norma. Este é um problema real. Na percepção humanística, pode ser resolvido via educação, na cristã é via conversão. Em ambos os casos é possível ver um fio condutor, o da adesão interior. 

Sétimo, costuma-se confundir a ação providente de Deus, ou as intervenções miraculosas como demonstrações do governo de Deus. Assim, alguém pode perguntar: mas a Igreja não é teocrática? Em nenhuma Teologia Sistemática veremos tal afirmação. A História da Igreja, a começar pelo livro de Atos nos traz registros em que sorte são tiradas para ajudar na escolha de Matias. Tiago, possivelmente o irmão de Jesus traz uma palavra decisiva para a aceitação dos gentios na comunidade cristã. Como ele faz isto? Por meio de uma interpretação bíblica de um texto de Amós a decisão é tomada. No concílio anterior, a decisão foi tomada a partir da experiência de Pedro na Casa de Cornélio. 

A Igreja de Corinto é uma Igreja notadamente cheia de dons espirituais. Contudo, o que se vê na igreja é dissensão, partidarismo e personalismo. Deus governa esta Igreja? Não! Por quê? Deus é Deus de paz e não de confusão, em todas as Igrejas de Deus (I Co 14. 33 citação livre). O tamanho do presente post indica que uma análise acurada do assunto em tela é profundo. Mas fica aqui o post como indicador de reflexão no assunto.

Marcelo Medeiros. 

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