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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O Quiproquó do Enem (parte Um)


A canção Yaô feita em parceria por Pixinguinha e Gastão Vianna deu o que falar nas redes sociais. Ela foi tema de uma das questões do Enem. Até aí nada a ver. Como assim Pastor? Sem entrar no mérito da legitimidade, ou ilegitimidade dos meios que o Estado vem empregando para tornar a cultura afro mais popular e aceita, creio que nós cristãos devemos de estar mais preparados para dialogar e entender os motivos dos outros. Fato é que nas universidades teremos de lidar com questões como a proposta pelo Enem, e no lugar de estarmos preocupados com doutrinação anticristã, precisamos estar preparados para responder a quem nos pedir razão da Espernaça que há em nós. 

Mas afinal onde está o problema? No revanchismo perceptível em alguns militantes da causa diria eu. Dúvida? Leia o enunciado desta postagem no facebook. Teve que lê sobre Orixá no enem. A cultura Afro taí, vai ser cada vez mais valorizada! Diante do que pergunto sera?! Não dirijo minha crítica ao ENEM e aos organizadores da questão em si, muito menos à cultura afro, mas ao dono da página e sua forma limítrofe de ver. Me explico nas linhas abaixo. 

Em primeiro lugar cultura negra, ou afro se preferir, não se limita a orixás, ou ao nome deles. Segundo é possivel acertar a questão do ENEM e ainda assim não saber o significado de nenhum destes orixás para a cultura. Terceiro a cultura negra se faz presente em produções culturais tais como o Chôro, o samba, o reagge, e que foram e tem sido apropriadas, na verdade dissociadas dos negros. Quarto revanchismos como o do autor do post em nada contribuem para que se alargue a visão a respeito da cultura afro. Quinto desconfio de toda e qualquer política, ou discurso afirmativo a maioria acaba sendo reducionista e as razões já expûs acima. 

Por último, a cultura afro também se faz presente no estudo da história de reinos e civilizações de grande influência tal como Egito, Etiópia e Sabá, sendo este último uma cultura matriarcal, onde a autoridade do reino era passada de mulher para mulher. Mas creio que este tipo de estudo não interesse muito, afinal, ele retiraria parte do estigma que se tem em relação à cultura afro. É mais interessante alimentar revanchismos entre evangélicos e candamblecistas. 

Marcelo Medeiros. 

3 comentários:

  1. "É mais interessante alimentar revanchismos entre evangélicos e candamblecistas. "

    Marcelo Medeiros.
    PERFEITO, AMIGO

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    Respostas
    1. Não que eu pense assim Tessa, mas infelizmente é o que tenho visto nas redes sociais. Infelizmente.

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