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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Doações Milionárias são Altruístas?




Em minhas olhadas na página inicial do facebook, vi mais uma destas provocações entre ateus e cristãos. Tudo por causa da notícia publicada pelo casal Zuckerberg, de uma doação de setenta e cinco milhões de dólares, aproximadamente 200 milhões (valores em reais) a um hospital [aqui]. Nenhum problema com o fato do fundador do facebook ser ateu, milionário e poder doar "desinteressadamente" quantos milhões ele quiser. Mas quando ateus usam isto como trunfo para rebaterem cristãos, pelo simples fato de alguns deles afirmarem que o ateísmo exclui a moralidade aí a discussão se perde em uma brincadeira infantil do tipo o meu é maior. É assim mesmo que vejo. 

Em uma comunidade do facebook, um outro ateu chegou a fazer gozação. Curiosamente é uma comunidade que tem como propósito o debate religioso e filosófico. Agora acompanhe comigo. Um milionário cuja fortuna está avaliada em torno dos seus trinta e quatro bilhões de dólares, e que doa setenta e cinco milhões (bem menos de um por cento de sua fortuna) pode ser considerado altruísta? 

Com a pergunta eu não estou necessariamente descredenciando a ação do mesmo. Na verdade o homem que produz riqueza e a reparte cumpre o seu papel no mandato cultural, a saber: a distribuição de riqueza e mesmo sendo ateu indiretamente ele glorifica sim a Deus. Mas como disse C. S. Lewis nem mesmo o mais descrente que possui uma moral mais elevada do que a de um cristão tem do que se gloriar diante de Deus, visto que se assim fizesse estaria se gloriando de algo que não advém dele, mas de Deus.

Além do mais, diante de Deus o altruísmo é melhor expresso quando quem tem dois casacos doa um para alguém; quando quem está com uma quentinha deixa de comer mais para poder repartir com quem está faminto; quando quem possui somente cinquenta reais no bolso divide com quem está precisando entregar um currículo. Aí sim, se vê o verdadeiro espírito filantrópico. Um exemplo clássico é o de Zaqueu, que após seu encontro com cristo, se dispôs a dar metade de seus bens aos pobres.

Encerro este post com as palavras de um ateísta que publicou a doação de Mark Zuckerberg.
 Obviamente que a descrença à priori não serve como atestado de bom caráter a ninguém — tampouco a crença. Só não faz sentido demonizar os ateus por serem ateus, como tem feito o papa e tantos outros. Isso deve ser rechaçado porque é preconceito a serviço da pregação religiosa [aqui]. 
Eu acrescentaria que ateus também poderiam demonstrar maturidade neste processo de diálogo com os cristãos e demais religiosos. Forte abraço, Marcelo Medeiros. 

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