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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Salário, ou bajulação pastoral?


QUAL VERSÃO ESTÁ CERTA?
Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina 1 Timóteo 5:17.
 
Os presbíteros que desempenham bem o encargo de presidir sejam honrados com dupla remuneração, principalmente os que trabalham na pregação e no ensino (versão católica IDEM).
 
Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino (ARA/SBB).
 
A questão aqui gravita em torno da tradução correta do termo grego διπλης τιμης (duples tumés), que alguns exegetas entendem como dupla honra, e outros como duplicados honorários e de fato a palavra τιμης, pode ser vista desta forma. Tanto que o tratamento adequado às viúvas é chamado de τιμα (tima), por Paulo (I Tm 5. 3), mas todo o cuidado é pouco, pois em certo grau, a glória e a honra cabem exclusivamente a Deus. Ao Rei eterno, ao Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém (I Tm 1. 17). Assim, tal como ocorre com a Palavra manga, que pode ser a orla da parte superior de uma veste, ou uma fruta. O que determina é o contexto.
No caso do texto acima opto claramente pela palavra honorário, conforme traduzida na versão católica e ARA/SBB, porque é com este assunto que Paulo prossegue, Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário (I Tm 5. 18).  Se observarmos bem este texto é o seguimento do anterior, e aqui se fala de SALÁRIO.
Pois é uma conjunção coordenativa conclusiva, e corresponde á partícula grega γαρ, que sempre é traduzida no NT como correspondente da conjunção em apreço. Sendo que no verso dezoito, Paulo introduz a expressão μισθου, cujo sentido é o de salário, ou de recompensa por um árduo trabalho. Daí a minha opção consciente pelas versões que seguem abaixo. E de fato ministrar a palavra de Deus com o esmero que se exige requer um TRABALHO EXAUSTIVO.
Aqui precisamos notar a ocorrência do termo grego κοπιωντες (kopioontes), cujo sentido é o de trabalho exaustivo, ou de sobrecarga, visto que a outra ocorrência do mesmo se dá no texto do Evangelho (Mt 11.28), e a tradução é de sobrecarga. Logo, se o Pastor pode se sobrecarregar com o ensino da Palavra, ele deve, sim, DEVE, ser dignamente remunerado.
 
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros

Um comentário:

  1. DUPLICADA HONRA.
    1 Timóteo 5:17
    Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de "duplicada honra", principalmente os que trabalham na Palavra e na doutrina...

    A palavra traduzida do grego para a língua portuguesa por "HONRA" é "TIMÉ". Na Concordância Strong - 5092 - TIMÉ - substantivo - caso genitivo* - significa: "honra acordada a respeito de pagamento" - Isto é, o valor percebido; valor - literalmente: "preço" - como honra recebida, ou seja, aquilo que tem valor aos olhos do observador; figurativamente, o valor, o peso, a honra atribuída voluntariamente a algo.

    A ideia acima é de uma avaliação de valores, como num leilão em que uma peça é apresentada aos participantes e cada um diz o preço que está disposto a pagar pelo artigo. Exemplo: Fostes comprados por "bom preço" (bem avaliado, valorizado); não vos façais servos dos homens. (1 Coríntios 7:23).

    O que o a Concordância Strong sugere é o seguinte: "Quanto vale para a Igreja aqueles ministros que se dedicam ao seu pastoreio? Qual é o valor atribuído pelos crentes àqueles que lideram e ensinam a Palavra de Deus fazendo dos membros da Igreja discípulos de Cristo"? Lembremo-nos que a dedicação ao trabalho pastoral se refere ao ministro que entrega a sua vida por amor às ovelhas (João 10:11 e 21:17). Então! Não acham que alguém com esta disposição merece ser "duplamente honrado"?

    Tenhamos também em mente que os anciãos (presbíteros em grego) eram "honrados" nas antigas sociedades; os pais, quando idosos, eram honrados por seus filhos, não só respeitando-os como fizeram a vida toda, mas também lhes provendo o sustento material quando eles já não pudessem mais trabalhar (Êxodo 20:12; Mateus 15:4-6; Efésios 6:2); portanto, na Igreja não era diferente. Os anciãos eram eleitos para governo e instrução do rebanho do Senhor, e visto que estes dedicavam o seu tempo e suas energias nos negócios de Cristo (Atos 14:23; 1 Timóteo 3:1-7), nada mais justo que aquele que fosse instruído na Palavra repartisse de todos os seus bens com aquele que o instruiu (Gálatas 6:6).
    L. M. S.
    http://igrejaapostolicacristamanancial.blogspot.com/2018/02/duplicada-honra.html

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