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sexta-feira, 22 de junho de 2018

COM MEDO DE SER FELIZ



O título desta postagem é uma referência a uma crítica esportiva do humorista Cláudio Besserman Viana, mais conhcido como Bussunda do grupo Casseta e planeta. Neste artigo ele aventava a possibilidade de que o Brasil, caso fosse campeão, o que de fato se deu, não o seria com o belo futebol. O curioso é que naquela época havia o Bebeto e o Romário. Zinho, Aldair, Márcio Santos, Leonardo, Branco, Jorginho, eram outros nomes que compunham o meio de campo da seleção, mas a reclamação se dava por falta de criatividade no meio de campo. 

Passados vinte e quatro anos do tetra, percebe-se o efeito das escolhas de Parreira na atual seleção. É verdade que a seleção possui Willian, Coutinho e Paulinho no meio campo, mas carece de um jogador cuja inteligência permita leitura do jogo e articulação de jogadas. O que não é perfil dos mencionados. 

Toda seleção produz aquela sensação de que alguém ficou de fora de forma injusta. Mas sinto falta de nomes como Hernanes, o profeta, e de Luan (que está voando, arrebentando). Muito estranho mesmo. Mas onde entra meu medo? Nas contusões recentes, na má forma física de Neymar, Fagner, e cia que se refletiu no Brasil ao ter aberto mão de jogar após o primeiro gol contra a Suíça. 

Sei que é normal a seleção canarinho colocar o pé no freio após o primeiro gol. Mas a pressão suíça foi excessiva, afinal permitida pelo Brasil, permitida por conta de sonolência, péssima forma física, relaxamento, e tudo o mais. O jogo contra a Costa Rica é visto como o termômetro de como será o Brasil nesta copa. 

Em noventa a vitória do Brasil foi de um a zero, e em dois mil e dois cinco à dois. A diferença? em noventa um meio campo brasileiro sem criação e um ataque de poucos gols. Em dois mil e dois o Brasil era arrasador da zaga ao ataque. Para o jogo de amanhã, não será aceita uma postura similar à do jogo contra a Suíça. A razão, ou razões? A defesa e o goleiro Taylor Navas. 

Sei dos problemas do meu país. Não sou alienado político. Logo, torço pela minha seleção, e busco manter este equilíbrio, mas confesso que estou com medo de ser feliz, e um medo ainda maior de ser infeliz. Falo como quem viu uma das maiores seleções serem eliminadas. Oitenta e dois, e dois mil e seis foram superadas apenas por dois mil e catorze. As duas primeiras tinham jogadores excepcionais, mas terminaram em frustração, que isto não se repita. 

Marcelo Medeiros. 

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