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sábado, 22 de julho de 2017

O SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO


Estudar a respeito da pessoa e Jesus Cristo é de suma importância. Os cristãos precisam ter em mente a resposta para a pergunta que Cristo fez aos seus discípulos: e vós quem dizeis que eu sou? Jonh Stott destaca a tendência ao longo da História da Igreja em criar personagens caricatas da pessoa de Jesus, sendo que a salvação é dada unicamente aos que creem em Cristo como dizem as Escrituras. 

por este motivo acredito que o estudo a respeito da pessoa de Cristo, precisa de ser precedido pelo estudo a respeito da autoridade da Bíblia. Somente a partir da inerrância das Sagradas Escrituras, posso acreditar que os Evangelhos façam um retrato fidedigno de Cristo. Não é difícil ver em Jesus a figura de um filósofo, de um poeta, de um comunista, conforme pode ser visto aqui

Por mais bela, inteligente, útil e sedutora que possa ser a construção do Jesus histórico da Teologia Latino Americana, por exemplo, e por mais que coadune em alguns aspectos, percebo que não posso perder de vista as afirmações de Lewis a respeito do Jesus histórico, para quem tais procedem mais da necessidade de adaptar Cristianismo como politica. Através do personagem Fitafuso, ele afirma: 
Você perceberá que muitos escritores e políticos cristãos pensam que o Cristianismo começou a dar errado bem cedo, afastando-se da doutrina do seu Fundador. Devemos fazer uso dessa ideia para encorajar mais uma vez o conceito de um "Jesus histórico", que só será encontrado se eles se livrarem dos "acúmulos e perversões", posteriores, para depois compará-los com a tradição cristã. Na última geração de seres humanos, nós conseguimos estimular uma interpretação do tal "Jesus Histórico" em linhas mais liberais e humanitárias; agora formulamos um novo Jesus histórico, em linhas Marxistas, catastróficas e revolucionárias. As vantagens dessas interpretações, que esperamos modificar a cada trinta anos mais ou menos, são inúmeras. Em primeiro lugar, elas tendem a direcionar a devoção dos homens para algo que não existe, pois cada "Jesus Histórico" não existe na história. Os documentos dizem o que dizem, e não podem ser alterados; cada novo "Jesus Histórico", portanto tem de ser criado a partir destes documentos, suprimindo certos aspectos e exagerando outros, e também fazendo certas suposições [...]
Em segundo lugar cada uma dessas interpretações confia a importância do seu "Jesus Histórico" a alguma estranha teoria que se supõe que ele tenha pregado. Ele tem de ser um grande homem, no sentido moderno da expressão - um homem no fim de uma linha centrífuga e desequilibrada - um excêntrico que vende uma panaceia. Desse modo conseguimos distrair a mente dos homens daquilo que Ele É e daquilo que Ele Fez. [...] fazemos dele um simples mestre, e depois escondemos a própria semelhança essencial que existe entre seus ensinamentos e aqueles de todos outros grandes mestres de moral (LEWIS, p. 115, 116, 2007). 
Lewis começa criticando o reducionismo da maioria das vidas de Jesus, ou buscas pelo Jesus histórico, visto que o quadro pintado por aqueles que seriam as testemunhas oculares da vida de Cristo pintam um quadro bem diversificado. Esta diversidade de olhares a respeito da pessoa de Cristo aponta para o problema de sua extrema complexidade. Jesus é plenamente Deus (Jo 1. 1, 2; 20. 28; Rm 9. 5; Tt 2. 13), homem perfeito (Gl 4. 4, 5; I Tm 2. 5), pastor (I Pe 2. 25), mestre (Jo 3. 2), apóstolo (Hb 3. 1), rei (I Tm 6. 16), juiz (Jo 5. 22), sacerdote (Hb 4. 14 - 16). 

A fonte para toda e qualquer busca a respeito da pessoa e obra de Cristo tem de ser a Escritura, com sua diversidade de olhares a respeito da pessoa e obra de Cristo, desde o Filho de Abraão e de Davi, até o REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES do livro do Apocalipse. A visão de Cristo como mero mestre de moral (tendência das percepções reducionistas), impede a percepção de que como tal Jesus seria mais um . dentre tantos outros que vieram. 

O presente estudo reflete, em termos, o terceiro artigo do cremos das Assembleias de Deus. Que assevera: cremos, 
No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9). 
Este destaca: 1) o Senhorio de Cristo; 2) sua procedência do Pai; 3) sua divindade; 4) sua humanidade; 5) nascimento virginal; 6) morte expiatória e vicária; 7) ressurreição e ascensão, bem como sua posição como salvador, sendo intimamente ligadas uma à outra. Na perspectiva de Jonh Stott, tanto o senhorio quanto a divindade de Cristo estão intimamente ligados. Para este,
quando o Antigo Testamento veio a ser traduzido para o grego em Alexandria, cerca de 200 a. C., os devotos e estudiosos judeus não sabiam como lidar com o nome sagrado de Javé, ou Jeová. Eles eram reticentes demais em pronunciá-lo; não sentiam a liberdade para traduzi-lo, ou mesmo para transliterá-lo. portanto eles colocavam em seu lugar a paráfrase ho Kyrios, ("o Senhor"), razão pela qual Javé ainda aparece na maioria das versões como "Senhor" [....]
O que realmente é impressionante é que os seguidores de Jesus, sabendo que, pelo menos em círculos judaicos, ho Kyrios, era o título tradicionalmente dado a Javé, criador do Universo, e o Deus da aliança de Israel, não tinham escrúpulo de aplicar o mesmo nome a Jesus, nem viam nenhum mal em fazê-lo (OUÇA O ESPÍRITO, OUÇA O MUNDO, P. 98). 
Na perspectiva do autor era uma confissão de admissão da divindade de Cristo. Mais do que isto: falas tipicamente atribuídas a Iahweh são aplicadas à pessoa de Cristo no Novo Testamento. Então todo aquele que invocar o nome de Iahweh, será salvo. porque no monte de Sião e em Jerusalém haverá ilesos - como Iahweh falou - entre os sobreviventes que Iahweh chama (Jl 3. 5 Bíblia de Jerusalém [2. 32]). 

Este mesmo texto recebe um tratamento bem fundamentado de Stott. Minha pretensão é a de que apenas a confissão de Fé da Igreja primitiva sejam suficientes. Nesta o Senhorio de Cristo e sua obra de salvação se encontram explicitamente.
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10. 9 - 13). 
A confissão de Cristo aliada à crença na ressurreição dentre os mortos á condição para a salvação. Note que aqui Jesus é chamado de κυριον (Kyrion). Perceba que não se trata de mera aceitação do pecador a Jesus. Não é a admissão de seu senhorio que traz a condição para a salvação. Daí apos citar Isaías Paulo cita Joel associando Jesus à Iahweh.

Na perspectiva joanina, ele é o ο λογος (hó logos) criador, que participa da criação, com o Pai e com o Espírito. 
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (Jo 1. 1 -  5). 
Neste último texto a figura de Jesus é associada ao λογος, que por sua vez é a associada à sabedoria no judaísmo helênico, conforme destaca Esequias Soares em seu livro Cristologia lançado pela Hagnos. Em primeiro lugar, é afirmado aqui que λογος estava com Deus. E em outros momentos Jesus fala de uma glória que tinha junto ao Pai antes da fundação do mundo. 
E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo (Jo 17. 5, 24 ACF). 
Ele estava com Deus no princípio (Jo 1. 2 NVI).  Em segundo lugar λογος é Deus. Jesus é Deus pois tem o poder de fazer as mesmas coisas que o Pai, dentre as quais exercer o juízo, salvar e dar vida aos mortos, conforme de pode perceber neste texto. 
Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo; E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem. Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação. Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou (Jo 5. 19 - 30 ACF). 
Não bastassem tais elementos, à semelhança de Paulo, João afirma que Jesus é digno de semelhante honra que o PAI tem. Ainda que arianos e subordinacionistas amem textos como este, a verdade é que o judeu entendia perfeitamente bem que ao se afirmar FILHO DE DEUS, JESUS SE EQUIPARAVA AO PAI.

Em terceiro lugar à semelhança do PAI, λογος é fonte de vida. Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E: como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo

JESUS É SENHOR E SALVADOR.  

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