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terça-feira, 23 de maio de 2017

Mais uma Greve?



Escrevo este artigo aqui neste espaço em razão da notícia, ou boato de uma nova Greve Geral que circula em redes sociais. Já escrevi a respeito neste post, e agora retomo o assunto em razão das notícias veiculadas pela mídia, cujo teor atestam o que todo mundo já sabia, mas não queria admitir, que o presidente Temer é parte do problema e está longe de ser solução. 

As últimas notícias a respeito da corrupção do atual governo fizeram do Brasil um país em ebulição, ou melhor convulsão política. As delações premiadas aprofundaram a crise política e institucional da nação. Mas a descoberta do óbvio, que era a simples possibilidade do governo Temer estar envolvido no processo de corrupção, dantes atribuído exclusivamente ao PT (Lula, Dilma e Diceu), representou a pá de cal na política nacional.  

A despeito da decepção necessária para com a política do atual desgoverno, permanece ainda a polarização que tem marcado os pleitos partidários e eleitorais. Oras é Lula contra Temer, ou contra Aécio, ao passo que nem Tucanos, petistas, democratas e afins representam mais solução. Conforme diz um amigo a corrupção no Brasil não é nem canhota nem destra, é ambidestra. É partindo destas premissas que faço minhas considerações a respeito dos movimentos programados para hoje. 

A despeito do justo apelo para uma nova greve geral, e para novas manifestações, há que se considerar a necessidade de uma coesão nacional, algo que não existe ainda em nosso país. O sentimento de pertença a uma classe entrava a ação política. O Brasil ainda é uma nação cujos cidadãos acreditam ainda no cada um por si. O resultado desta lógica, é óbvio. O diabo contra todos e Deus que se cuide. 

Daí que necessariamente o resultado é uma adesão parcial aos movimentos de protesto contra as medidas antipopulares das reformas do governo. Há que se considerar ainda o fato de que as medidas contras as quais se protesta tanto não são conhecidas em profundidade pelo povo e menos ainda discutidas. 

Sou a favor da greve não por seu aspecto partidário, ou polarizante, mas por causa da forma com a qual Temer e seus asseclas conduzem o processo das reformas trabalhistas e previdenciária. Eles excluem o povo, maior interessado dos debates. Daí a necessidade de movimentos profundos e marcantes como forma de resposta. 

A despeito disto, reitero, que um longo caminha precisa ser percorrido até que a nação, ou boa parte tome a devida e necessária consciência e passe a atuar no processo político. Outro fato a ser encarado: é normal que apareçam messias neste processo de crise. Mas mudanças reais na política demandam um longo processo de mudança cultural, tanto por parte do eleitorado quanto por parte dos políticos. Resultado: não há soluções imediatas. 

Erros e acertos políticos vem ocorrendo desde Collor. Sim, nem tudo foi trágico de lá para cá. Saber onde e quando ambos ocorreram é importante neste processo. Deixar os maniqueísmos partidários é de suma importância. Ver as necessidades e anseios comuns mais ainda. Enquanto tal não ocorre vou me equilibrando na esperança, afinal, como disse João Bosco, o show do bom artista tem de continuar

Marcelo Medeiros. 

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