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terça-feira, 30 de maio de 2017

Pais e Filhos



Tem dias e dias na vida da gente. 
Dias em que sequer se percebe o tempo, o dia, o clima, dada a correria. 
Dias em que tudo desperta a nossa sensibilidade, e hoje é um destes. 
Acordei com a sensação de cansaço que logo se dissipou, diante da rotina. 
Preparar o café, acordar filho, digo filhos, auxiliar á esposa. 

Na minha mente uma canção. 
O nome dela? Pais e Filhos, aquela que diz ser preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. 
Uma peça clássica da literatura, filosofia, psicologia, digno do compositor e intérprete da mesma. 
Fala da emoção de ser pai, 
do conflito entre pais e filhos e de tantas coisas que dariam um livro. 

O quarto devidamente preparado para receber o filho, e da dor da notícia de algum acidente. 
Da imagem do filho dormindo no berço, com a imagem da tragédia. 
o medo e o pesadelo da criança contrastado com az estranha atração por baladas e tudo o mais que desafia a vida. 
A irracionalidade da vida, da idas e vindas dos relacionamentos, 
filhos de pais separados, de pais abandonados, de pais que agora são crianças, de pais que são órfãos, que deixaram filhos órfãos. Filhos e pais para todos os gostos. 

Filhos que recebem nomes de santo, possivelmente em razão de um profundo sentimento de gratidão. 
Algo que vai desde a mais simples e pura devoção religiosa até a gratidão pela por ser parte do mistério da vida. 

A grande lição? 
A mesma de Monte Castelo. 
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. 
Tudo o que temos é presente e como tal este precisa ser recebido, vivido e guardado. 
O sorriso inocente da criança, ao olhar agradecido, 
das guerras de travesseiro, aos momentos de filme juntos, 
as explicações às perguntas inusitadas. 

O presente é o momento em que se toca na eternidade, já dizia um sábio, 
então deixemo-nos ser eternos, 
vivamos o momento em que o tempo para e tocamos o inexprimível. 
Deixemo-nos tomar pelo espanto diante da vida fúria do mar, e pela suavidade da vida. 
Pois a vida aqui é tempo, e tempo é alternância entre fúria e beleza do céu azul. 

Marcelo Medeiros. 

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