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sábado, 16 de janeiro de 2016

Esperando a Volta de Jesus




Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2. 13 ACF). Este texto indica que a esperança cristã tem na volta de Jesus o seu cerne. Neste mesmo texto a epifanéia, nome dado à vinda de Cristo, é classificada como bem-aventurada. Aguardar o retorno glorioso de Cristo já é estar em estado de ventura. No presente post pretendo abordar esta Esperança.


A ESPERANÇA

É bem mais do que mera expectativa. É o grande e execelente motivo de Glória do Cristão. Paulo diz: e nos gloriamos na esperança da glória de Deus (Rm 5. 2 ACF). Mesmo em meio Às maiores tribulações, os cristãos podem fazer das mesmas apredizado porque a "esperança não traz confusão" (Rm 5. 5 ACF), pois a base da mesma é o amor de Deus revelado em Cristo Jesus. em outras palavras, 
Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8. 18 - 21 ACF). 
Este texto é de suma importância para uma reflexão a respeito da Esperança, uma vez que o mesmo aponta para os objetos da Esperança Cristã. Quais?

  1. Uma Glória que em nós há de ser revelada. A mesma da qual Paulo fala em Rm 5. 2. O pecado privou o homem desta glória, mas a libertação do corpo do pecado (Rm 7. 7 - 24). 
  2. A libertação da servidão da corrupção. Esta se dará quando o que for mortal e corruptível não mais o for. Na perspectiva paulina: convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade (I Co 15. 53 ACF).  
  3. A liberdade da Glória dos filhos de Deus. Será a liberdade dos grilhões e aguilões do pecado. Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei (I Co 15. 56 ACF). libertos do poder do pecado os salvos em Cristo experimentarão a liberdade da glória dos filhos de Deus. 
  4. Esta libertação inclui a natureza, que tal como o homem também foi sujeita à vaidade (Gn 3. 19; Rm 8. 22 - 26). 
Todavia, o texto igualmente aponta para a essência da nossa Esperança. 
  1. A Esperança é αποκαραδοκια (apokaradokia), ou ardente expectativa. Aos crente de Felipo Paulo escreve que segundo a intensa expectação [αποκαραδοκια (apokaradokia)] que o mesmo tinha, Cristo seria glorificado tanto em sua vida como em sua morte. 
  2. Tanto a ardente expectativa quando a espera suave eliminam quaisquer possibilidades de confusão por parte de quem espera, visto que todas as promessas tem o sim e o amém de Deus, inclusive as pertinentes à Vinda de seu Filho Jesus Cristo (II Co 1. 20). 
  3. Tanto em Fp 1. 20, quanto em Rm 8. 19, 20 o termo αποκαραδοκια (apokaradokia) vem acompanhado de um outro que igualmente denota a esperança Cristã, ελπιδι ou ελπις (elpidi, ou elpis). Consiste na espera, ou expectativa prazerosa que se mantém em relação a algo. Daí a força da exortação paulina que recomenda: Alegrai-vos na esperança (Rm 12. 12a ACF). 
  4. Um último verbete a ser visto no tocante à Esperança é προσδεχομαι [prosdechomai], esperar, ou ter expectativa. 
  5. Em todos estes casos a Esperança nasce da libertação que o crente experimenta em relação ao poder do pecado, por meio da justificação e da santificação, e aponta para a rendenção final, a saber: a glorificação (Tt 2. 11 - 14). 
  6. A essência da fé cristã está ligada com a ardente expectativa, e ao mesmo tempo com o desejo agradável de que Cristo venha buscar a sua Igreja. 
Mas qual é a base da Esperança no tocante à volta do Senhor? Simples, a Esperança é a firme confiança do crente nas promessas de Deus. Segue-se então que a base da Esperança de que Cristo vierá são as promessas de seu Glorioso Retorno. 

A PROMESSA DA VINDA DE CRISTO

Em tempos em que qualquer sonho, desejo, ou aspiração pessoal tem sido elevado à categoria de promessa de Deus, ainda que a mesma não tenha o mínimo de fundamentação bíblica, convém examinar a mais frequante das promessas da Bíblia, a Vinda de Cristo. E uma considerável quantidade de textos referendam à mesma. Veja:
Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras (Mt 16. 27 ACF). 
E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem (Mt 24. 3, 27, 37, 39 ACF).  
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo 14. 1 - 3 ACF).
E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir (At 1. 9 - 11 ACF). 
De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (I Co 1. 7 ACF).
E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura (I Ts 1. 10 ACF).
Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda? (I Ts 2. 19 ACF). 
Estas promessas são a base da Esperança do Cristão.  

COMO ESPERAR A VINDA DE CRISTO?

Como Cristo espera que estejamos para o seu retono glorioso? Esta pergunta precisa ser feita, principalmente se for considerado que a cada nova tragédia uma febre escatológica é deflagrada, todavia ao invés de alimentar a curiosidade de seus discípulos Jesus deixou aos mesmos um norte a respeito de como deveriam agir. 

A) Com Vigilância
Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa (Mt 24. 42, 43 ACF). 
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir (Mt 25. 13 ACF).
Em ambos os textos é erceptível a presença do verbo γρηγορευω [gregoreuoo], cujo sentido é o de manter-se acordado, não dormir. Daí a recomendação de Paulo: Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios (I Ts 5. 6 ACF). O sono aqui é uma metáfora, que é explicada pela parábola em que mordomo aguarda o retorno de seu Senhor. 

B) Mordomia
Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens (Mt 24. 45 - 47 ACF). 
Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe. Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos (Lc 12. 35 - 38 ACF).
A vinda de Cristo é descrita como um momento de alegria? Sim, as igualmente o é como uma prestação de contas, daí a necessidade de mordomia. 

C) Santidade

E o Senhor vos aumente, e faça crescer em amor uns para com os outros, e para com todos, como também o fazemos para convosco; Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos (I Ts 3. 12, 13 ACF).
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará (I Ts 5. 23, 24 ACF).  

  1. A vida descrita aqui transcende a superficialidade, é uma vida de plenitude.  A base da mesma é o amor. 
  2. Na medida em que o amor cristão cresce, os crentes igualmente crescem em santidade diante de Deus. 
  3. Este crescimento tem de ser contínuo até a Vinda de Cristo. 
  4. É Deus quem mediante o seu Espírito, santifica o crente e o faz irrpreensível, até a Vinda de Cristo Jesus. 
  5. A santidade realizada pelo mesmo tem sua progressão em todas as áreas da vida do cristão, aqui representadas pelo Espírito, alma e corpo. 
Em Cristo, Marcelo Medeiros

 

2 comentários:

  1. Meditando melhor a respeito da glória, percebo que esta será revelada me nós. Ela já está pis Cristo no-la deu. Na revelação de Jesus Cristo ela se manifestará.

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  2. A paz do Senhor Jesus a todos!
    A volta de Jesus está diretamente ligada à condição espiritual da igreja. Tive a oportunidade de publicar um livro que aborda esta ótica de forma muito interessante e objetiva. O download gratuito do e-book de apresentação do livro pode ser feito através do endereço:


    http://gospeldigital.co.nf/


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    Vale a pena conferir.
    Deus abençoe a todos!!!

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