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domingo, 24 de maio de 2020

Minha opinião sobre o quadro político atual



Neste post do Facebook afirmei que:

Gostaria de aproveitar que fui chamado de petista por um célebre amigo para explicar aqui meu posicionamento político ideológico. Não coaduno com nenhum partido que se apresenta travestido de messianismo político, seja de direita, seja de esquerda. Por razões particulares considero o PT e o PSDB os principais partidos do processo de redemocratização do Brasil. Mas repudio a tendência de manutenção no poder do mesmo, a inércia de Lula em não perceber a falência do projeto inicial do PT e a ausência de investimento em novas lideranças. Repudio igualmente a falta de compromisso com um dos principais projetos do PT, a moralização da política brasileira.
Muito teria para falar do PSDB, que vive à sombra de FHC. Mas me permita falar de Bolsonaro. Ele é uma incógnita. Pode fazer um excepcional governo, ou pode ser a maior decepção que o país já teve. Mas de minha perspectiva não possui as qualidade para ser chefe de executivo. Não é porque não saiba de economia, é por não saber falar e nem se articular mesmo. É por não possuir nem o carisma de Lula, nem a oratória de FHC e nem as qualidade de um Itamar Franco. Ele simplesmente é raso, e o mínimo de instrução é o suficiente para que se perceba o principal: ele não poderá cumprir com o que promete (não sem comprometer a democracia).
Minha política é de centro. Celebra a coalizão com o que há de melhor no liberalismo econômico e de melhor na social democracia. E os candidatos que poderia implementar tal perspectiva aqui não foram sequer cogitados pela grossa maioria da população. A esta direciono minhas orações a fim de que percebam que os extremos são perigosos e devem ser evitados.
Graça e paz.

As afirmações acima são do período de 2018, salvo engano. De lá para cá deixei de fazer postagens de teor político como estas (No Facebook, é claro). Não foi por não ter o que falar. Também não é por falta de formação para tecer juízos na área da política. Foi por ter percebido que,em se tratando de política, a paixão ganhou mentes e corações de forma a inviabilizar o debate pautado na racionalidade. Neste período foi possível observar um clima de guerra espiritual de cunho apocalíptico ganhou dimensões político ideológicas. 

O somatório de messianismo político (uma espécie de lulismo invertido), antipetismo deram o tom à militância bolsonarista, fazendo da mesma uma nova forma de religião, inviabilizando quaisquer análises racionais. Dentro desta forma de pensar quem não é por nós, é contra nós e o resultado é que não importa se em um texto um autor assume uma fala crítica tanto à esquerda quanto à direita. Os de extrema direita o verão como petista, e os fanáticos de esquerda o verão como bolsomínion. Não há outras opções. 

O entendimento de que figuras históricas da democracia brasileira tais como Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva não são nem anjos e nem demônios, mas unica e tão somente seres humanos com suas qualidades, méritos,deméritos e idiossincrasias parece ser elevado demais, na verdade inatingível. A paixão impossibilita o alcance do pensamento mais básico e elementar possível. 

Quem me acompanha neste espaço pode perceber que falo muito da questão da polarização política no mesmo (aqui, e aqui). Hoje, lógico, percebo que não se trata apenas de polarização em si, mas de fatores irracionais, passionais e religiosos elencados à questão, e contra isto, não se luta, pelo menos não com armas intelctuais, a energia do ódio tem de passar e passa. 

Marcelo Medeiros, na paz. 

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