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quarta-feira, 7 de março de 2018

Eu Não Nasci pra ser chefe



Há algum tempo atrás me lembro de ter ouvido um hit de Ed Motta cujo refrão era eu não nasci pra trabalho. Algo plenamente compreensível quando se sabe que a palavra deriva do francês tripallium, um instrumento de tortura, pelo menos é o que diz ninguém mais ninguém menos do que Mário Sérgio Cortella o filósofo do trabalho. 

A filosofia do trabalho deste é muito interessante devido às obviedades que ele diz, mas como ninguém enxerga o próprio nariz são verdades auto evidentes proferidas pelo mesmo precisam receber devida acuidade. Uma delas é que ninguém fica sem trabalhar, nascemos sim para o trabalho, e que nosso problema com o mesmo dá-se por conta das relações conflituosoas que temos com colegas e chefes. 

Há chefes e chefes, e líderes mesmo são os mais escassos possíveis. Voltando àqueles, há os que pensam que ser chefe é fazer da vida dos outros um inferno, ou ser dono de alguém, ou dispor da vida e tempo alheios, fazer dos outros uma escada um meio para alcançar seus objetivos pessoais. Estes são apenas alguns fatores que colaboram para que a vida se torne insalubre no ambiente de trabalho. 

Um remédio salutar para tal, talvez fosse se aqui gozássemos da mesma situação que em determinados países de primeiro mundo, onde os profissionais competentes demitem seus respectivos chefes (mudam de trabalho, vão embora da empresa, ou da instituição). O carinha metido a chefinho teria de se mancar, senão perderia seus melhores funcionários. 

Hoje compreendo que nasci para o trabalho. Nasci para escrever, para tocar peças musicais no meu instrumento, para ler, para ensinar, mas não nasci para ser chefe, e muito menos para ser escravo. Não sirvo para fazer da vida de ninguém um inferno. Não sirvo para ser porcorativista (corporativo em nome de uma ética). Não sirvo para ficar ao lado do chefe e com isto garantir a minha paz, enquanto alguém está sendo seriamente injustiçado. 

Garanto que tento me enquadrar, mas está ficando cada vez mais difícil, e sinceramente algumas coisas pretendo jamais aprender. Transigir com justiça e com ética em nome de uma deontologia? Jamais!!! Cresci faz tempo já não consigo brincar de faz de conta que você não é nada, que eu finjo que estou feliz. 

Marcelo Medeiros. 

2 comentários:

  1. Muito bom meu mano...
    Embora eu j´tenha exercido cargos de chefia em alguns lugares por onde passei, também não me enquadro muito bem no perfil de "chefe", pelo menos, não nos perfis daqueles que utilizam a "função" ou "cargo", para azucrinar a vida alheia.
    Todos que estiveram sob minhas ordens, sempre foram tratados como meus iguais e com isso, adquiria o respeito e consideração de todos, e isso, por si só, já diminuía bastante, os atritos no ambiente de trabalho.
    Na verdade, o respeito é uma via de mão dupla, e não basta apenas um lado respeitar e o outro não respeitar, ou pior ainda, temer...
    Aonde há harmonia, tudo flui, as engrenagens funcionam, e se por algum motivo, alguma sujeira, venha a cair entre estas engrenagens, as boas relações existentes, fazem com que o conjunto se auto-avalie e se auto-ajude, para um bem comum.

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  2. A paz pastor exelente texto.respeito e admiro seu ministério .sua familia esposa Nubia ,admiração por vcs .estão em minhas orações.

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