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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O propósito do Fruto do Espírito




Neste estudo abordarei rapidamente a respeito do fruto do Espírito e do objetivo do mesmo na vida do cristão. O termo fruto em nossa língua pode se referir à semente que reproduz a espécie de árvore, ou planta, ou á camada que envolve as sementes. A possibilidade de se falar em fruto decorre da constante comparação entre os homens e árvores presente na Bíblia, desde a pregação de João Batista até a de Cristo e dos apóstolos.

OS HOMENS COMPARADOS Á ÁRVORES
Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós. Porém a oliveira lhes disse: Deixaria eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores? Então disseram as árvores à figueira: Vem tu, e reina sobre nós. Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, e iria pairar sobre as árvores? Então disseram as árvores à videira: Vem tu, e reina sobre nós. Porém a videira lhes disse: Deixaria eu o meu mosto, que alegra a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores? Então todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu, e reina sobre nós. E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis por rei sobre vós, vinde, e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano (Jz 9.  8 - 15 ARCF). 
Neste texto os filhos de Gideão são comparados às árvores mais preciosas em Israel, ao passo que Abimeleque (que não é um nome próprio,  mas um título, que inclusive, foi conferido a um dos filhos de Gideão),  a um espinheiro. A parábola tem um tom profético e, se cumpre.

O salmista compara o homem que teme ao Senhor e que anda em sua lei, com uma árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará (Sl 1. 3 ARCF). Algo parecido é dito a respeito dos ímpios, visto que Davi declara: vi o ímpio com grande poder espalhar-se como a árvore verde na terra natal. Mas passou e já não aparece; procurei-o, mas não se pôde encontrar. Nota o homem sincero, e considera o reto, porque o fim desse homem é a paz (Sl 37. 35 - 37 ARCF).

Mas os ímpios são plantados em lugares escorregadios. Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição (Sl 73. 18 ARCF). Para todos os efeitos, no Antigo Testamento os homens são comparados às árvores. Este ensino está presente no Novo Testamento também.

Em sua pregação João Batista disse;
E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. (....) Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará (Mt 3. 10 - 12 ARCF). 
As árvores descritas neste texto são os homens  que ouvem a mensagem de arrependimento, mas não se curvam em obediência à mensagem do Evangelho. E Jesus afirma categoricamente no Evangelho: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada (Mt 15. 13 ARCF), referindo-se aos fariseus. A conclusão mais que óbvia aqui é a de que os homens são comparados com árvores.

O PROPÓSITO DO FRUTO DO ESPÍRITO

O primeiro propósito do fruto espiritual consiste em evidenciar a autenticidade da nossa conversão. Não foi sem razão que João Batista falou para os fariseus que iam até ele para se batizar: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento (Mt 3. 7, 8 ARCF).

Em seu discurso de defesa perante Agripa, Paulo afirmou a respeito de sua atividade de evangelização: anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento (At 26. 20 ARCF). São os frutos, ou obras que evidenciam a autenticidade do arrependimento. Esta expressão em grego - μετανοιας (metanoias) - equivale à mudança de mente. Mudou a mente, uma nova atitude surge.

O fruto do Espírito indica a autenticidade da nossa fé em Cristo.
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis (Mt 7. 15 - 20 ARCF). 
Perceba que o profeta e o falso profeta são reconhecidos pelos frutos que produzem. A lógica aqui é a de que uma árvore má não pode produzir bons frutos. No caso dos fariseus Jesus amplia o entendimento, para expressar que estes não podem falar coisas boas, sendo tão maus como são. As supostas coisas boas são os ensinos. Mas ainda que um homem mascare ao máximo a sua atitude, eles não podem se esconder sempre, uma vez que  nas palavras mais inúteis o caráter deles é revelado.
Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado (Mt 12. 33 - 37 ARCF)..
Este mesmo princípio pode ser observado em outras falas de Jesus, indicando que o homem, por meio de suas palavras diz quem é:
Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca (Lc 6. 43 - 45 ARCF).
 Que Deus em  Cristo nos dê mais de sua graça para que possamos frutificar em toda a boa obra. Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros. 

Um comentário:

  1. Eu li todo o estudo e concordo com tudo que está dentro da Palavra de Deus,quero o Fruto do Espírito Santo na minha vida mais e mais, obrigado Pastor por esse estudo abençoado dá Palavra de Deus!

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