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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Vigiar e Orar



Esta imagem da paixão de Cristo de Mel Gibson remete a uma das cenas mais dramáticas do Evangelho: A Oração no Getsêmane. Foi um momento extremamente comovente em que o Filho luta com o Pai em oração, uma vez que ele não deseja beber do cálice. Este é um símbolo da amaríssima separação que ocorrerá entre o Pai e o Filho na cruz. 

O aspecto desastroso do desastre (me perdoem o pleonasmo proposital), é que os momentos em que passamos por eles, em regra estamos sozinhos. É quando não se pode contar com a ajuda de absoutamente ninguém. Esta solidão Jesus experimentou no Getsêmane quando pediu aos seus discíupulos para que velassem com ele em oração, mas não pode contar com os mesmos. 
E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26. 40, 41 ACF). 
Em ambos os versos o termo velar e vigiar advém do mesmo verbo grego, γρηγορεω (gregoreoo) cujo sentido é o de manter-se acordado, não se entregar ao sono. É um termo empregado para a ação dos sentinelas que ficam vigilantes em relação ao perigo, e diante da proximidade do mesmo têm a obrigação de alertar a cidade. 

Para que o discípulos podessem vencer a tentação, Jesus os ensinou a orar ao Pai: E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal (Mt 6. 13 ACF). O segredo da vitória do crente face à tentação é a oração diária, por parte do mesmo. Mas entre a prática da oração e a vida do crente existe um problema: a carne. 

A natureza humana tende à fruição, ao prazer, ao entretenimento, ao sono, e tudo mais. Estas coisas nem de longe são pecaminosas. Mas constituem problema quando são embaraço para a vida de oração. Manter-se acordado foi o desafio dos discípulos. E o nosso? Possa ser que nosso desafio seja o de rejeitar uma programação televisiva, ou qualquer tipo de entretenimento para estar em oração. 

O fato inconteste é o de que a carne é fraca tanto no que toca a vencer o cansaço, o stress e o ativismo, quanto no que tange à vitória sobre as tentações. Já o espírito, está pronto para ambas. Que sejamos o homem piedoso que Davi descreve nas seguintes palavras: Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão (Sl 32. 6 ACF). 

Em Cristo, Marcelo Medeiros

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