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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Neil Barreto e Sua Polêmica Afirmação a Respeito do Dízimo


Não é de hoje que tem viralizado no facebook um vídeo em que Neil Barreto afirma categoricamente que quem não é dizimista não tem o direito de usufruir nada do que é proporcionado pelo dízimo dos crentes que são fieis. O pouco que se ouve da fala do Pastor sugere que o mesmo está verberando contra dos que são contrários à prática do dízimo.

Antes de prosseguir com a minha crítica, que não se dirige à pessoa de Neil Barreto, ou à prática do dízimo, preciso explicar algumas questões. Primeiro, não sou e nem posso ser contrário à prática do mesmo. Segundo, creio que este seja um parâmetro mínimo para o exercício da liberalidade. Terceiro, concordo que um crente exerça sua liberalidade para auxiliar no sustento de uma instituição que o abençoa. Por último, discordo veementemente do emprego do dízimo na manutenção estrutural dos templos. Isto tem de ser feito com ofertas.

É isto mesmo leitor! Dízimos são para o sustento dos obreiros e dos necessitados e desamparados dentro da Igreja. Quando se fala em dízimo via de regra se recorre ao texto de Ml 3. 10, mas Nm 18 e Dt 16 são claros quanto à forma de dizimar e a destinação dos recursos coletados do mesmo, as viúvas, os órfãos de Israel e os levitas. Minha questão é: por que isto não é ensinado e praticado com mais frequência? 

Quando o tabernáculo foi construído no deserto a construção do mesmo se deu mediante o emprego dos recursos que os israelitas captarão junto aos egípcios, conforme se pode ver Gn 15. 14 e Ex 12. 35, 36. Tais textos me ensinam que quando Deus é o autor de um detertminado projeto ele mesmo financia este projeto. Este texto coloca a mesma verdade de forma mais clara:
E eu darei graça a este povo aos olhos dos egípcios; e acontecerá que, quando sairdes, não saireis vazios, Porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda jóias de prata, e jóias de ouro, e vestes, as quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis os egípcios (Ex 3. 21, 22 ACF). 
Deus retirou o povo do Egito com prata e ouro, [que não possuem serventia alguma numa travessia do deserto, mas que servem  para construir um tabernáculo], com vistas ao financiamente do projeto de construção do tabernáculo. Caso ainda haja dúvidas leia ainda Sl 105. 37. 

Não pretendo exercer juízo peremptório, e muito menos denegrir a imagem de qualquer homem de Deus, mas para mim é bastante claro que além da avareza existe muita insatisfação quanto à gerência dos recursos captados mediante contribuição dos fieis, e é aqui que mora insatisfação dos que supostamente sejam contra a arrecadação dos dízimos. 

Se ao crente compete a fidelidade na contribuição, por que a liderança não assume o ônus de ser fiel e bíblica na gerência dos recursos? Obreiros que se desgastam na pregação da palavra se desdobram com o exercício de uma função secular para manterem suas famílias ao passo que observa-se o surgimento de uma elite clerical, bem assalariada, mas que não visita, não evangeliza, não aconselha e é nitidamente preguiçosa no estudo exautivo da Bíblia [para não dizer que são biblicamente analfabetos]. 

Graças a Deus este não é nem de longe o caso de Neil Barreto, cujas mensagens tem alcançado vidas e mais vidas, e nem mesmo minha suscinta discordância quanto à visão do mesmo em relação ao dízimo, denigre, invalida, ou apaga. Minha crítica se dirige à ideia, jamais à pessoa. Mas lamento profundamente o analfabetismo bíblico e a incapacidade crítica de nosso povo. 

E quanto ao dízimo Pastor? Simples, creio na inspiração plenária das Escrituras e embora não tenhamos levitas hoje, temos os que são desamparados e cujas ofertas deveriam ser destinadas em maior profusão. Temos ainda homens que não vendem o que lhes foi dado por Deus, e aos quais significativa parte dos recursos deveria ser destinadas a fim de que permanecessem no exímio desempenho de suas funções (Gl 6. 6; ITm 5. 17, 18). 

Em Cristo, Marcelo Medeiros. 

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