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quarta-feira, 22 de maio de 2013

O emprego de armas carnais na pregação do Evangelho.




Temos assistido em nossos dias uma verdadeira invasão do mundo na Igreja. Me perdoem, mas vou rasgar o verbo e ser o mais claro possível. O mundanismo tem invadido as nossas igrejas na forma de estranhas doutrinas, como a propalada pelo movimento "Loucos por Cristo". Este, se apresenta como estratégia evangelística com a pretensa justificativa de tornar o evangelho mais acessível aos nossos jovens, prega de modo flagrantemente contrário ao que ensina a Bíblia, que devemos manifestar nossas vidas cristãs por meio de "loucuras" e mais "loucuras". 
A grande contradição consiste no fato de que, em primeiro lugar: não aceitamos, ou rejeitamos o evangelho, ou qualquer outra coisa, pelo simples fato de entendermos, ou não. Quando entreguei a minha vida a Cristo, por exemplo, não entendia tudo do Evangelho, e há coisas que até hoje não entendo muito bem. Mas em uma decisão de fé, entreguei a minha vida a Cristo, e pronto. Minha fé, embora rudimentar, foi a resposta ao enunciado do Evangelho. 
Segundo, o poder do Evangelho nada tem a ver com estratégias humanas, sejam quais forem, mas com o poder do Espírito Santo de Deus. Ele tornou Cristo, um homem sem aparência, sem formosura, e sem a mídia que nossos cantores e pastores estrategistas possuem, atrativo à multidão. Eles não viam em Cristo alguém que cantasse a música da cultura deles, ou que pensasse em estratégias intermináveis para a proclamação do Evangelho mais atrativo possível aos seus contemporâneos. O que a multidão viu em Cristo, foi um mestre cuja procedência divina era confirmada por meio de sinais (Jo 3. 2), alguém que os ensinava com autoridade (Mt 7. 29; Mc 6. 2, 3). 
Aqui reside a grande incoerência dos líderes da atualidade que empregam a mistura de funk com corinhos de fogo, criando um novo estilo, o fogofunk. Eles criam estratégias e mais estratégias. Tudo para tornar o  Evangelho mais atrativo aos jovens. Meu primeiro problema com este tipo de "ardil", é que sempre gostei do produto original, e como apesar de ter entregue minha vida a Cristo, desde os sete anos de idade, pelo fato de minha mãe não ser evangélica, fui criado em meio a uma abertura, sem repressões. Daí, em minha adolescência  tive liberdade para ouvir os mais variados estilos e ritmos musicais. Em outras palavras, nunca precisei de uma versão gospel de Legião Urbana, de Engenheiros do Havaí  ou do que quer que fosse, para  me manter como adolescente crente. 
Meu segundo problema é que como músico, entendo que podemos aprender a reconhecer o valor cultural de toda e qualquer produção cultural e musical, mas sem misturar o santo com o profano, como querem fazer os nossos carnavalescos gospeis. Do ponto de vista cultural, tudo muito bem, tudo muito bom, tudo legal. Mas como Pastor não consigo deixar de ver a confusão entre Evangelho e entretenimento, e pelas razões acima expostas, duvido da legitimidade deste tipo de tática. 
O resultado de todo este esforço em matar a sede que o homem tem de Deus com outras coisas que não o próprio Deus, é a religiosidade da mulher samaritana, ou como quiser a religiosidade do Gerezim. Nossos pais adoraram a Deus neste monte, esta é a fala da mulher que havia tido cinco maridos, e estava com o que não era dela. No passo em que estamos chegará o momento em que o Evangelho será algo dos nossos pais, e só. Pelo modo com que esta doença se alastra, nossas práticas se tornam cada vez mais imitativas e pouco originais. Estão querendo satisfazer a sede do homem com a água do poço e pregando um evangelho que não confronta o homem em seus pecados, o resultado é a perpetuação da adoração do Gerezim, o monte da benção da aliança. 
Moral da história, é pecado ouvir Legião Urbana, Lulu Santos, Engenheiros do Hawaí, etc..., mas não é pecado ouvir fogofunk, nem ir a sex shop gospel. 

Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros

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