Marina Silva apareceu no cenário nacional com um proposta diferente de fazer política, o que agradou muita gente, fato este expresso por meio de sugestiva e expressiva votação. Opondo-se a volta do já manjado PSDB e do já desgastado PT, ela foi angariando adesões à sua proposta. Um problema que ela enfrentou e que seus adversários (destaco aqui Luciana Genro, que ao meu ver teve como único propósito de sua candidatura a divisão de possíveis votos dos opositores de Dilma, garantindo com isto a permanência da mesma), souberam explorar foi o mar de boatos e falsas acusações face ao destino dos programas sociais, de sua posição quanto às minorias, e até sua participação no governo do PT.
Às portas do segundo turno das eleições seus adversários percebem a importância de tê-la como aliada [aqui e aqui], este posicionamento embora necessário representa um dilema para uma candidata que à semelhança do seu eleitorado não encontra no quadro político atual quem o represente.
Apoiar Dilma representaria ir de encontro com um dos pontos mais nevrálgicos que Marina tão bem falou a [perpetuação no poder]. Anuir ao candidato tucano representa assumir um dos polos em uma polarização que precisa ser superada [PT X PSDBB]. Isto para não falar em outros aspectos. Os tucanos constituem sua campanha política sobre o legado de FHC, e os escândalos de corrupção do PT. Petistas fazem sua campanha a partir da herança dos projetos sociais desenvolvidos por Lula, e no medo de que o retorno dos tucanos seja uma interrupção. Tais fatores apontam para o dilema que o brasileiro terá diante de si na última urna.
De acordo com a matéria, Marina superou o seu dilema. Ela optou ser coerente com a proposta de mudança, com a não perpetuação de um partido no poder, optou por Aécio, que ao que parece será a alternativa de significativa parcela de seus eleitores. Quem sabe uma vitória de Aécio não seja uma boa lição para PT e PSOL?
Marcelo Medeiros.
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