Boa tarde. Não disponho de muito tempo para elaborar um artigo complexo a respeito de Ideologia de Gênero e ética, dai que traçarei em breves linhas minha compreensão a respeito. Em razão do público a que me dirijo serei o mais simples possível,as teorias estarão presente, mas abordarei o assunto de forma direta.
Quaisquer ideias abaixo esboçadas aqui neste espaço podem ser revisitadas e corrigidas mediante novas leituras, mas por hora este é o meu pensamento.
- O nome Ideologia de Gênero é inadequado, o termo mais adequado seria questão de gênero
- Ele foi cunhado por Simone de Beauvoir em seu célebre livro o segundo sexo. A questão que a autora busca tratar é o papel da mulher dentro da sociedade Burguesa. Às mulheres burguesas era reservado o direito de se casarem com um homem burguês e o governo da casa. Foi contra este papel que ele se revoltou. Tanto que de acordo com alguns biógrafos, ele vibrou, e muito quando sua família veio à falência.
- A falência da família, sua progressão nos estudos, aliada à sua carreira como professora, lhe facultou a possibilidade de viver de acordo com seus desejos e seguir a carreira que tanto almejara.
- A própria filosofia de Marx era uma revolta contra o estilo burguês. Sua crítica à religião precisa ser lida sob o contexto da filosofia de Hegel, para quem o Estado era a realização do Espirito Absoluto.
- Marx aponta como o Estado e o Capital assumem o papel outrora reservado a Deus nas sociedades antigas.
- A luta de Gramsci era contra o fascismo (um movimento que precisa ser estudado por nós). Feitas estas considerações convém que voltemos a Beuavoir.
- Ela nada tinha contra quem quer que quisesse seguir uma vida nos padrões burgueses, desde que fosse livre para seguir a vida como desejasse e ser escritora. Também nunca colocou sua relação com o filósofo Jean Paul Sartre como padrão a ser seguido.
- Neste aspecto, para que se entenda a Filosofia de Beauvoir, necessário se faz o entendimento da de Sartre. Para este o homem tinha de arcar com o peso da liberdade. Em outras palavras cada formulava para si sua própria noção de valores, a partir da qual constituiria sua Ética pessoal.
- Em Filosofia isto não é muito novidade, uma vez que nenhum filósofo elaborou regras do tipo: faça isto e não faça aquilo. Nesta lista podem ser incluídos Platão, Aristóteles, Kant e Nietzsche.
- A diferença é que nestes há espaço para que se pense em uma essência humana ao passo que no existencialismo a existência precede a essência, ou seja se Aristóteles afirma em sua ética que a felicidade do homem consiste em viver de forma racional, Sartre dirá que o homem não é essencialmente racional, mas se constitui como tal na sua existência.
- A filosofia de Sartre é uma leitura da filosofia de Nietzsche.
- Foi a pedagogia qeer que se apropriou da questão de gênero para forjar uma pedagogia que vise combater toda forma de preconceito contra mulheres, negros e gays.
SOBRE A LIÇÃO EM SI
- O termo ideologia de gênero não é apropriado, questão de gênero é mais indicado.
- Para nós cristãos a Bíblia é a fonte de reflexão ética dada autoridade que emana da mesma. Mas isto é para nós cristãos. Em alguns casos nem a Bíblia ocupa tal espaço, mas a tradição e a intuição (sempre atribuída ao Espírito Santo).
- Embora creiamos que a narrativa de Gênesis e a percepção de Jesus da mesma em Mt 19 seja parâmetro para o casamento, vivemos em uma sociedade onde nossos pensamentos não devem ser impostos, ainda que precisem ser defendidos.
- Concordo quando o autor fala de patrulhamento ideológico e no hábito de taxar e classificar o outro como homofóbico, fundamentalista, fascista, machista, misógino, reacionário e coisas do tipo. Mas há que se observar que estamos em uma democracia e que tais conflitos devam ser resolvidos com diálogo.
- Tanto a sexualidade quanto o indivíduo resultam da equação entre sua característica biológica com sua interação com a cultura. Nem um nem outro podem ser desprezados.
- Com isto quero dizer que EMBORA CREIA QUE DEUS FEZ A HUMANIDADE COMO MACHO E FÊMEA, PRECISO ENTENDER QUE O PECADO TRANSMUTOU ESTA CONDIÇÃO.
- A NARRATIVA DE GÊNESIS DÁ A ENTENDER QUE UM ÚNICO HOMEM FOI CRIADO PARA UMA ÚNICA MULHER E QUE AMBOS FORAM COLOCADOS EM UM JARDIM (AMBIENTE EDÍLICO). MAS APÓS A ENTRADA DO PECADO TEMOS UM HOMEM CASADO COM DUAS MULHERES.
- OS HOMENS ALTERARAM AQUILO QUE DEUS FEZ. DA MONOGAMIA ATÉ AS RELAÇÕES HOMOAFETIVAS. MAS ESTA É UMA CRENÇA NOSSA COMO CRISTÃOS. E CÁ PRA NÓS DEUS VIU TUDO E POUCO INTERVIU.
- Dos patriarcas de Abraão à Davi, apenas Isaque e José foram monogâmicos. Daniel e Jeremias, ao que conste não se casaram. Paulo não era nada fervoroso ou animando em relação ao casamento. E até afirmou que o celibato era um dom e de fato o é.
- Jesus alertou que os dias finais seriam como os dias de Noé, e como nos dias de Sodoma e de Gomorra, não por conta de depravação sexual destes tempos, mas pelo fato de que seriam dias de pouca, ou nenhuma preocupação com questões que ultrapassem a satisfação de seus desejos mais básicos.
- O Ensino e a instrução precisam ser a arca para o povo de Deus neste momento final. Somente com ensino que as pessoas poderão discutir e viabilizar a paz no ambiente democrático, e cumprir o papel de sal e de luz do mundo.
Marcelo Medeiros, Em Cristo.
Como sempre muito coerente, com uma cosmovisão cristã atualizada. O senhor é uma bênção.
ResponderExcluirGrato Patrícia.
ExcluirEntendo com este texto: Aordem do Senhor Deus, e um homem é uma mulher casam e sejam felizes em Cristo Jesus!, porém o pecado dominou a humanidade e com isto tudo ficou natural.
ResponderExcluirCabe aos filhos nos enquadrar o máximo possível as primordiais da nossa existência, nos destruir o máximo e instruir aos demais até a vinda de Cristo para não sermos tomados por estas modalidades.
Jucieri, a verdade é que com a entrada do pecado no mundo,os homens ficaram suscetíveis aos seus desejos, e com tal suscetibilidade a união matrimonial monogâmica passa a ser um desafio. Manter-se casado com uma única mulher é um desafio cuja superação demanda esforço e vontade de ambos. ESTA É A VERDADE.
ExcluirPrecisamos nos instruir e instruir aos nossos jovens e às futuras gerações a fim de que não venhamos a capitular diante das falácias que tem sido incorporadas ao discurso de "gênero". MUITO OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO E TENHA UM ÓTIMO DOMINGO.
Muito obrigada Pr.Marcelo Medeiros, o artigo foi bem esclarecedor!!!
ResponderExcluirExcelente artigo e análise! Obrigado!
ResponderExcluirGrato por sua contribuição Amado.
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