Em meio ao ufanismo da copa das confederações do ano passado e à profunda vergonha desta última copa, passou desapercebido o feito de cinco jovens que foram premiados com medalhas de prata e bronze, em olimpíadas internacionais de astronomia (aqui). O feito, se for levado em consideração que o país ocupa o octogésimo oitavo lugar em educação, e o octogésimo quinto em Índice de Desenvolvimento Humano, é notável (aqui).
Contudo não há, de minha parte lugar para ufanismo, orgulho sim, otimismo nacionalista não! A razão de ser é bem simples. Não percebo suporte algum da mídia e menos ainda do governo na formação de jovens como os que aparecem na foto acima (aqui), e a educação aqui se justifica unica e exclusivamente em razão de um pragmatismo sócio econômico, o que caso ocorresse com estes jovens talvez eles não fossem ganhadores de tais prêmios.
Não vou entrar no mérito da condição social, do aparato que estes jovens tiveram. O fato, ao meu ver inconteste é que se eles fossem tão celebridades quanto os pagodeiros, os atores e jogadores de futebol, outros jovens procurariam ser como eles, mesmo com toda dificuldade que um jovem de classe média baixa, que resolva seguir tal caminho, tenha de enfrentar. Mas há neste país uma insistência em manter tais jovens no total anonimato, e entendo, creia, entendo mesmo.
Não vou entrar no mérito da condição social, do aparato que estes jovens tiveram. O fato, ao meu ver inconteste é que se eles fossem tão celebridades quanto os pagodeiros, os atores e jogadores de futebol, outros jovens procurariam ser como eles, mesmo com toda dificuldade que um jovem de classe média baixa, que resolva seguir tal caminho, tenha de enfrentar. Mas há neste país uma insistência em manter tais jovens no total anonimato, e entendo, creia, entendo mesmo.
Entendo que seja bom que eles permaneçam no anonimato. Assim, ninguém perguntará por eles quando estiverem atuando como cientistas em países de primeiro mundo. Ninguém irá questionar a ausência de uma política de valorização dos profissionais que atuam nesta área. Esta é a triste realidade com que tenho de conviver, e me pergunto: até quando?
Marcelo Medeiros
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