Escrevi recentemente um post que rendeu. Nele manifesto meu repúdio a uma prática (jamais as pessoas), de uma determinada denominação que resolveu promover uma tarde de humor e transformou o púlpito em palco (aqui). Obtive como resposta o velho não julgueis acompanhado de uma exegese promíscua de Mt 7. 4, 5. Mas o ponto que gostaria de ressaltar aqui é o seguinte: se Deus não habita em templos feitos por mãos de homens, por que se importar com questões de somenos como esta?
Minha resposta é bem simples e vem por meio da devolução da pergunta: Se é o desejo de Deus habitar e andar entre nós, conforme lemos em sua santa palavra (Lv 26. 11; II Co 6. 14 - 16), por que não permitir que a mente seja integralmente absorvida pela sua palavra? A questão da qual trato aqui não é de fundo moral. Cada crente possui a sua luta existencial e sua guerra contra o pecado, então quando se trata da falha moral de cada um, não julgo a ninguém. Minhas polêmicas e querelas são de teor bíblico, afinal, creio na verdade, e não relativizo princípios doutrinários bíblicos.
Logo, o papo de Mateus 7 a respeito do não julgueis não se aplica ao que pretendo analisar aqui. Ali Cristo pretende falar da ação farisaica que via pecado nos publicanos, nas prostitutas, mas não via o pecado em si, nas distorções e acomodações que faziam da lei, a fim de se justificarem e se sentirem satisfeitos consigo. O caso mais gritante é o da parábola do fariseu e do publicano. Crentes verdadeiros trazem consigo profundo senso de pecado, e por este fato são famintos e sedentos de justiça. O senso de pecado os torna mais misericordiosos com os demais pecadores, isto é fato.
Mas a leitura de Martin Lloydd-Jones e da Bíblia nos mostra que a misericórdia decorrente do senso de pecado que os crentes trazem não implica necessariamente em coadunação com o erro, é com esta postura que afirmo que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens, mas reafirmo o contexto ignorado por meu interlocutor, mas Deus atenta para o pobre e contrito de espírito, e que treme diante de sua palavra.
Em tempo observo que a postura de contrição em nada coaduna com a de quem está em um show de humor, dentro, ou fora da Igreja. Destaco que no contexto de II Co 6. 14 - 7. 1, as promessas de filiação divina, presença de Deus no íntimo de cada crente, exigem, por parte dos crentes a santificação como resposta, e ninguém é santificando em uma apresentação de humor, mas mediante a PALAVRA DE DEUS (Sl 119. 9, 11; Jo 17. 17).
Na antiga aliança Deus prometeu ao povo que se ele fosse obediente aos estatutos e mandamentos, clocaria o tabernáculo no meio deles (Lv 26. 11, 12), é neste contexto que se situa a citação que Paulo faz em II Co 6. 16. No Novo Testamento Jesus afirma: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada (Jo 14. 21, 23 ACF).
Face ao que foi dito supra, afirmo que desconheço qualquer possibilidade de se conhecer o "Deus da Palavra", sem a "palavra do Deus da Palavra", e isto, porque Deus habita onde sua palavra reside, e porque nosso amor a Deus equivale o amor que temos por sua palavra. Um culto no qual as pessoas ouvem piadas, ao meu ver nada tem a ver com culto, mas com entretenimento (aqui, aqui, e aqui), culto é outra coisa, é serviço a Deus e ao próximo. Serviço este que é motivado pelo amor à palavra. Amor que ao meu ver se encontra em vidas tomadas pela palavra de Deus, que nela meditam de dia e de noite, que fazem da mesma o seu prazer máximo, não precisando de outros subterfúgios para estarem na congregação.
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros.
Na antiga aliança Deus prometeu ao povo que se ele fosse obediente aos estatutos e mandamentos, clocaria o tabernáculo no meio deles (Lv 26. 11, 12), é neste contexto que se situa a citação que Paulo faz em II Co 6. 16. No Novo Testamento Jesus afirma: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada (Jo 14. 21, 23 ACF).
Face ao que foi dito supra, afirmo que desconheço qualquer possibilidade de se conhecer o "Deus da Palavra", sem a "palavra do Deus da Palavra", e isto, porque Deus habita onde sua palavra reside, e porque nosso amor a Deus equivale o amor que temos por sua palavra. Um culto no qual as pessoas ouvem piadas, ao meu ver nada tem a ver com culto, mas com entretenimento (aqui, aqui, e aqui), culto é outra coisa, é serviço a Deus e ao próximo. Serviço este que é motivado pelo amor à palavra. Amor que ao meu ver se encontra em vidas tomadas pela palavra de Deus, que nela meditam de dia e de noite, que fazem da mesma o seu prazer máximo, não precisando de outros subterfúgios para estarem na congregação.
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros.
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