Tenho visto com frequência a insistência de néo ateístas na contradição entre ciência e fé, e pasmo, por perceber que esta não é a única forma de abordar o tema. Meu remédio contra tamanha idiossincrasia é nada maia, nada menos do que Pascal.
Para este filósofo, todos nascemos no estado de ignorância, os que estudam e se aprofundam chegam ao conhecimento desta ignorância, mas que é uma ignorância sabida. Os que não estudam percebem esta ignorância, ainda que não de forma tão contundente quanto os que estudam. O problema prossegue Pascal, são os que estão no meio do caminho. São estes que agitam o mundo.
Me perdoem os novos ateus, mas é desta forma que vejo, e não me venham com o papo de que Nietzsche afirmou que deus está morto, pois quem leu o que ele escreveu sabe e bem que a morte de deus é morte de toda cultura judaico cristã, inclusive a que permitiu a formulação do método cientifico, tanto que ele propõe que a ciência seja vista sob a ótica de constante suspeita, pois ele sabia muito que Deus morto = não dogmatização da ciência.
Diante do exposto a alternativa que existe é a confissão de que se não crês em Deus é porque não foste agraciado para tal, e só, ou que o substituístes por algo do tipo progresso, ciência, historia, ideologia politica, vida, prazer, ou qualquer coisa. Mas este é um outro assunto, e agente fala dele em outro post.
Um exemplo claro, são as construções utópicas da modernidade, a Utopia, Nova Atlântida, As utopias Socialistas, são, de certa forma construções baseadas no antigo ideal religioso de um paraíso na terra (as visões do paraíso são o mais flagrante caso deste tipo de transposição). Então, meu caro só lamento por você, que acha que pode pensar e viver sem o arquétipo cristão.
Um exemplo claro, são as construções utópicas da modernidade, a Utopia, Nova Atlântida, As utopias Socialistas, são, de certa forma construções baseadas no antigo ideal religioso de um paraíso na terra (as visões do paraíso são o mais flagrante caso deste tipo de transposição). Então, meu caro só lamento por você, que acha que pode pensar e viver sem o arquétipo cristão.
Abraços, Marcelo Medeiros.
Diante da demonstração de tal ignorância só nos resta mesmo lamentar...
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