Achei muito interessante o trocadilho feito por Zuenir Ventura em sua coluna de sábado no jornal O Globo. Ao pesquisar na internet obtive a informação de que Leibniz acreditava que vivíamos no melhor mundo possível (crença que foi alijada por Voltaire, em seu livro Candido, ou do otimismo [aqui]), mas até aí a questão está na esfera filosófica. Há filósofos que creem que nosso mundo é o melhor possível, e há os que são pessimistas quanto o mesmo. Bem diferente disto é o cinismo típico de nossa classe política, que faz um estadista apelar para este argumento quando de fato as coisas não vão bem.
É com este tom que Zuenir Ventura critica a governadora do estado do Maranhão, que em meio a crise no sistema penitenciário, ao maior índice de miséria de todos os estados nação, disse que o Maranhão vai bem. A imagem acima é uma ironia com a informação de que parte das contas públicas deste estado são resultado da encomenda de toneladas de frutos do mar. Neste caso, o estado é o mais vívido retrato de um país que ambiciona sediar uma copa, mas cujos maiores problemas de cunho social ainda não foram satisfatoriamente resolvidos.
Marcelo Medeiros
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