Vi esta imagem no facebook (aqui) e mais uma vez fiquei pensativo. Pensando me convenci de que precisamos mais do que nunca dos valores do Evangelho e da ação transformadora do Espirito Santo em nossas relações como um todo, sendo o casamento a mais carente. Me permita colocar melhor a questão. Não quero discutir aqui quem faz o papel do cachorro preto, e quem é o marrom. A questão é que ganhei da minha esposa, um livro de Martin Lloyd-Jones sobre O sermão do Monte, e confesso, que a despeito de minha simpatia pela Teologia Reformada, agora sim introduzi minha leitura na mesma.
Uma das convicções que obtive por meio da leitura do mesmo é que o pecado afetou negativamente todas as relações humanas. Na verdade, afetou o coração do homem (Gn 6. 5; 8. 21), tornando as relações contaminadas. No lugar da busca por pertença o ser humano busca o poder, a dominação sobre o outro (no fundo esta é a motivação por trás de ideologias, como o feminismo, masculinismo, machismo).
Por meio do pecado todos os seres humanos passaram ser sujeitos aos rompantes de ira, e em decorrência do mesmo aos pecados com a língua. A única solução é o Espirito Santo, que nos ensina a ser mansos e temperados. Somente com mansidão podemos suportar a acusação (justa, ou injusta), do outro, sem que sejamos minimamente afetados. Somente com temperança respondemos de forma mansa a afastar o furor do agressor. Mas estas coisas não são parte do temperamento natural do homem, mas obra do Espírito Santo.
Paul Tournier escreveu um livro intitulado os fracos e os fortes. Neste mesmo livro ele afirma duas coisas interessantes. Primeiro, os fracos adoecem a si mesmos, mas os fortes adoecem o ambiente no qual se encontram (leia-se as demais pessoas). Segundo, a verdadeira força vem de cima. Olhando detidamente o cãozinho da imagem, posso perceber que o mesmo se encontra acuado diante do latir do outro. Não é esta a proposta divina. A leitura do sermão do monte nos mostra que Deus quer que reconheçamos os nossos erros, que sejamos misericordiosos com as demais pessoas, porque são escravas do pecado, e que não nos afetemos quando estas nos expõe os nossos erros.
É este homem descrito por Jesus que edifica a sua casa sobre a rocha, e mesmo quando as tempestades financeiras vem dar contra a vida e a casa do mesmo, ele permanece inabalável. Esta é a força que provem do auto. Na verdade não se trata de autocontrole, mas de controle do auto. Que a benção de Deus esteja sobre nossas vidas e que a cada dia o Senhor nos encha de seu Santo Espírito, para que tais coisas se tornem realidade em nossa vida.
Em Cristo, Marcelo Medeiros.
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