É costume entender crítica como sendo uma avaliação negativa. Creio que foi deste conceito errôneo que surgiram termos como "crítica construtiva", e "crítica destrutiva". Em nosso dicionários, por exemplo, o crítico é definido como uma pessoa que tem tendência para censurar. Daí que criticar seja, na compreensão de muitos algo intriscicamente ligado à censura. Esta, por sua vez, consiste no ato de condenar.
O problema é que este conceito ralo do que vem a ser crítica, fomenta a ausência de senso crítico tão útil e necessário para nós em tempos tão críticos. A leitura mais atenta do dicionário nos leva ao entendimento de que a crítica nada mais é do que a apreciação de caráter minucioso com fins à elucidação de fatos e textos, consiste também em um julgamento de caráter detalhado, pormenorizado.
Crítica é um julgamento, todavia não se trata de um juízo orientado pelo preconceito, mas pelo discernimento. É neste sentido que as palavras de Paulo ganham corpo. Ele afirma: quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido (I Co 2. 15NVI). A tradução da Sociedade Britânica no Brasil este mesmo texto é traduzido assim: o homem espiritual julga todas as coisas, e ele não é julgado por ninguém.
Julgar não é o mesmo que censurar, ou condenar, é tão somente usar o discernimento sob a orientação do Espírito de Deus. Neste sentido o senso crítico é mais do que útil, é vital, e necessário. É por meio deste que somos blindados contra o sectarismo, o partidarismo, as falsas percepções quanto à natureza do Evangelho, e tantos outros erros encontrados na Igreja de Corinto e cultivados atualmente.
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros.
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