A história do dia da Bíblia - Relembrar é preciso
É de consenso que o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer. Na época a comemoração se dava por meio de orações em prol do progresso da leitura da Bíblia entre o povo comum. Durante os longos anos da Idade Média a leitura do livro sagrado estivera prejudicada por falta de traduções nas línguas vernaculares. A Igreja levou muito à sério o legado de Constantino de preservar a cultura grecoromana, ao ponto de ler as Escrituras e celebrar os cultos em latim. O resultado é que o povo cada vez menos conhecia a Bíblia.
Foi com a ação de homens como Hüss, e Wicliffe, que versões da Bíblia começaram a serem produzidas na língua do povo (e isto não saiu barato, custou sangue de ambos). O principal marco deste tipo de iniciativa pode ser visto em filmes como Lutero, na obra em apreço, o reformador é mostrado traduzindo todo o Novo Testamento do grego para o alemão.
O que tem de ficar claro para nós em todo este percurso histórico que fizemos é que, a despeito do dia da Bíblia ter sido instituído em nosso país mediante lei (LEI Nº 10.335, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001), a comemoração remete, na verdade, è reforma protestante, e o abandono desta tradição marca a ruptura com a nossa herança, com aquilo que nos distingue como cristãos e crentes genuinamente nascidos de novo. Mais do que isto ao deixarmos de promover a leitura e a reflexão bíblica estamos desonrando a Deus e à nuvem de testemunhas que nos rodeia.
Não basta comemorar, é preciso incentivar à leitura e ao estudo, este era o principal motivo pelo qual o livro era incluído no calendário de oração da Igreja anglicana, que a palavra de Deus crescesse mais e mais entre o povo, o que se dá unicamente por meio de leitura da Bíblia. Entendo o que havia no coração do apóstolo Paulo quando pediu aos crentes de Tessalônica: finalmente, irmãos, orem por nós, para que a palavra do Senhor se propague rapidamente e receba a hora merecida, como aconteceu entre vocês. Orem também para que sejamos libertos dos homens perversos e maus, pois a fé não é de todos (II Ts 3. 1, 2 NVI).
Em nosso tempo é cada vez maior o número de pessoas que com pretextos mais diversos tem fomentado, em ambiente acadêmico e virtual, o ódio pelo livro sagrado, a inapetência de alguns crentes e até obreiros é mais assustadora ainda, o que confirma o fato de que a fé não é de todos, somente dos que ouvem a Palavra de Deus.
Em Cristo,
Pr Marcelo Medeiros.
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