Sim, de acordo com fontes Escolas da Zona Leste de São Paulo substituíram o dia dos pais e dia das mães por um dia de quem cuida de mim. Conforme indicado na matéria a medida não é nada inclusiva, uma vez que nada impede que às tradicionais datas comemorativas seja incluído o dia do cuidador, ou que as mesmas a englobassem (aqui).
Particularmente sou filho de mãe solteira, e mais do nuca tenho orgulho de minha mãe, que foi modelo de honestidade, trabalho, caráter, perseverança. Aprendi muito cedo a entender que dadas as condições eu não possuía pai, nem na certidão de nascimento, e por isto nem no Registro Geral, e na de casamento.
Como adulto sei que o maior problema com isto não são as comemorações escolares, mas é ver muito marmanjo de minha idade, que até hoje sabe o que é uma ajuda paterna, ao passo que eu não sei, e nunca coube o que era sequer um modelo de pai e de masculinidade dentro da casa, e é aí que reside o real problema.
Contudo sei que minha frustração me ajudou a ser uma pessoa que corre atrás do que quer, e mais, minha mãe dizia que quem quer tem que correr é na frente, pois quem corre atrás chega atrás. E ao ler esta matéria aprendo outra coisa: não tenho o direito de transformar minha frustração em algo que deva ser estendido a todos. Isto é o que Nietzsche chamava de moral ressentida, e aqui foi transformada em projeto escolar. Mas tenho outra suspeita a respeito destes tipos de projetos.
O dia dos pais e das mães é fruto de organizações cristãs espalhadas pelo mundo. A extinção destas datas do calendário escolar representa a desconstrução de todos e quaisquer resquícios da cosmovisão de mundo cristã. A solução deste problema demanda uma tomada de decisões por parte da Igreja.
Na minha opinião esta tomada de decisão não se trata de militância politica para que a Bíblia seja lida nas escolas publicas, mas de potencialização na pastoral cristã, fortalecimento familiar (seja no modelo tradicional), ênfase no culto doméstico, e acima de tudo o diálogo, que tem sido tão prejudicado na atualidade. Uma coisa é certa simplesmente diabolizar, ou satanizar o PT, criar um clima de apocalipsismo político de nada adianta.
Marcelo Medeiros
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