Chamamos de comportamento a maneira de se comportar ou de se conduzir; conjunto de ações de um
indivíduo observáveis objetivamente. Comportar, por sua vez é o mesmo que conduzir-se adequadamente, portar-se.
Logo, quando as Escrituras dizem: deveis portar-vos dignamente conforme o
evangelho de Cristo (Fp 1. 27 ARCF), o que vemos é a descrição de um padrão de comportamento.
Um modo digno de acordo com o Evangelho
Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis
como é digno da vocação com que fostes chamados (Ef 4. 1 ARCF). Somente deveis
portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos
veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito,
combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho (Fp 1. 27 ARCF). Para
que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo,
frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus (Cl 1. 10
ARCF).
Nas cartas de Efésios e Colossenses, o termo empregado é andar do verbo grego περιπατέω (peripatéo), cujo emprego é feito no sentido figurado visando expressar o modo de vida, o comportamento. Na carta aos Filipenses, o verbo empregado é πολιτευεσθε (politeuesthe), cujo sentido é mesmo de agir como cidadão, indicando com isto o emprego figurado de cidadania (πολιτευμα [politeuma]), visto que Filipo era uma cidade que concedia cidadania romana aos seus moradores, para indicar aos crentes possuíam uma cidadania superior (Fp 3. 20). O que entendemos aqui é que em função do Evangelho de Cristo, o comportamento dos crentes de Filipo tem de ser superior aos dos cidadãos romanos que habitam na cidade.
O modo digno (αξιως [axioos]), pode ser entendido
como merecedor, uma vez que o termo αξιως aparece em (Mt 10. 10; 38), com este
sentido. Mas que ser humano é merecedor do Evangelho? Daí a necessidade de que
se entenda αξιως aqui como aquilo que convém;
que é apropriado, acomodado, conforme. Sendo que neste caso cabe aqui a compreensão
do que é análogo, idêntico, semelhante.
Em outras palavras o modo digno do Evangelho é um modo que reflete o padrão de
conduta de Cristo (Fp 2. 5 – 11). Nas cartas de Efésios e Colossenses, o termo empregado é andar do verbo grego περιπατέω (peripatéo), cujo emprego é feito no sentido figurado visando expressar o modo de vida, o comportamento. Na carta aos Filipenses, o verbo empregado é πολιτευεσθε (politeuesthe), cujo sentido é mesmo de agir como cidadão, indicando com isto o emprego figurado de cidadania (πολιτευμα [politeuma]), visto que Filipo era uma cidade que concedia cidadania romana aos seus moradores, para indicar aos crentes possuíam uma cidadania superior (Fp 3. 20). O que entendemos aqui é que em função do Evangelho de Cristo, o comportamento dos crentes de Filipo tem de ser superior aos dos cidadãos romanos que habitam na cidade.
Vivendo de modo digno do Evangelho
Viver de modo digno do Evangelho é viver em unidade.
As expressões num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica (Fp 1. 27), são
indicadores desta unidade, reforçados pela unidade de sentimentos (φρονυμος
[phronimos]), pelo mesmo amor, por uma unidade de mentalidade (συμψυχοι [sumpsychoi]).
Os termos empregados demonstram que a unidade começa no interior.
Viver de modo compatível com o Evangelho de Cristo é
entender que se o perseguiram, perseguirão a nós. Sim a graça de Deus que nos
oferece o Evangelho nos dá junto com o mesmo os sofrimentos de Cristo. Estes não
podem jamais serem confundidos com as lutas que passamos nesta vida. Sofrer por
amor a Cristo é sofrer oposição franca e aberta (Fp 1. 28). Viver de forma análoga ao Evangelho de Cristo envolve ter bons exemplos para seguir. O modelo é Cristo e os apóstolos que se identificaram com ele (Fp 1. 29).
Paulo possui autoridade para afirmar: Tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e agora ouvis estar em mim (Fp 1. 30 ARCF). o termo empregado para combate aqui é αγωνα (agoona), cujo sentido é o de conflito, luta, competição. É esta palavra que dá origem ao termo agonia, cujo significado básico é o de: angústia; estertor, inquietação, sofrimentos morais intensos, desejo veemente de conseguir alguma coisa; ânsia. E de fato Paulo tem anseios tanto de estar com Cristo quanto de ver o progresso espiritual dos filipenses.
Cooperando na mútua edificação
Muito se fala em consolidação. Mas qual é o sentido deste termo, e como esta se dá? Consolidar, é o mesmo que tornar firme, seguro, sólido. Paulo pede que os irmãos exerçam a sua cidadania de modo digno do Evangelho, e completa dizendo: quer eu vá e os veja,
quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que vocês
permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica (Fp 1. 27 NVI).
O termo empregado para firme aqui é στηκετε (stekete). O sentido desta pode ser tanto o de ficar firme, quanto o de manter o terreno e a posição. A ideia é a de que cada pessoa tenha um comportamento similar ao do soldado que defende a sua posição em flanco de batalha. E como isto se dá? Por meio da mútua consolação, da admoestação, da comunhão e da unidade da fé.
Consolação em Cristo, ou παρακλησις εν χριστω (paraklesis em Christo), aqui significando o ânimo e o conforto que nos é oferecido em Cristo. O termo παρακλησις é empregado por Simeão com relação a Jesus quando este é apresentado no templo (Lc 2. 25). Aqui entendemos que a consolação não é exercida por meio de meras palavras, mas pelo exemplo de Cristo.
Exortação, ou Consolação de Amor. O termo aqui é παραμυθιον αγαπη (paramithyon tes ágapes). Podendo ser consolação de amor, ou encorajamento em amor, indicando com isto que motivados pelo amor precisamos encorajar uns aos outros. Tal se dá na medida em que pelo amor que demonstramos encorajamos uns aos outros.
Comunhão no Espírito. É o resultado da participação que os fiéis tem da vida no Espírito de Deus, que é o responsável pela animação do corpo de Cristo. A palavra empregada para profunda afeição e compaixão, é uma palavra largamente empregada para as entranhas, significando com isto que nossas atitudes e emoções devem de ser motivadas por sentimentos profundos. a superficialidade de forma alguma poderá dominar a nossa vida.
Nossa vida tem de estar consagrada à humildade, pois este é um dos mais importante princípios do Reino de Deus, onde aquele que desejar ser o maior, tem de ser o menos e o serviçal de todos (Mt 20. 26 - 28), e a rivalidade tem de se dar na mútua estima, ao invés de o ser por meio da ambição por primazia (Rm 12. 10, 16).
O interesse e o bem estar do outro, do próximo, tem de estar acima do interesse pessoal (Fp 2. 4). Foi este sentimento que houve em Cristo, que abandonou as prerrogativas divinas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20. 26 - 28). Afinal de contas é nisto que se resume o amor, na dedicação que se presta ao objeto do amor. O termo αγαπη, tem no grego clássico o sentido de devoção, afinal de contas, o amor não procura os seus interesses (I Co 13. 4).
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros
Consolação em Cristo, ou παρακλησις εν χριστω (paraklesis em Christo), aqui significando o ânimo e o conforto que nos é oferecido em Cristo. O termo παρακλησις é empregado por Simeão com relação a Jesus quando este é apresentado no templo (Lc 2. 25). Aqui entendemos que a consolação não é exercida por meio de meras palavras, mas pelo exemplo de Cristo.
Exortação, ou Consolação de Amor. O termo aqui é παραμυθιον αγαπη (paramithyon tes ágapes). Podendo ser consolação de amor, ou encorajamento em amor, indicando com isto que motivados pelo amor precisamos encorajar uns aos outros. Tal se dá na medida em que pelo amor que demonstramos encorajamos uns aos outros.
Comunhão no Espírito. É o resultado da participação que os fiéis tem da vida no Espírito de Deus, que é o responsável pela animação do corpo de Cristo. A palavra empregada para profunda afeição e compaixão, é uma palavra largamente empregada para as entranhas, significando com isto que nossas atitudes e emoções devem de ser motivadas por sentimentos profundos. a superficialidade de forma alguma poderá dominar a nossa vida.
Nossa vida tem de estar consagrada à humildade, pois este é um dos mais importante princípios do Reino de Deus, onde aquele que desejar ser o maior, tem de ser o menos e o serviçal de todos (Mt 20. 26 - 28), e a rivalidade tem de se dar na mútua estima, ao invés de o ser por meio da ambição por primazia (Rm 12. 10, 16).
O interesse e o bem estar do outro, do próximo, tem de estar acima do interesse pessoal (Fp 2. 4). Foi este sentimento que houve em Cristo, que abandonou as prerrogativas divinas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20. 26 - 28). Afinal de contas é nisto que se resume o amor, na dedicação que se presta ao objeto do amor. O termo αγαπη, tem no grego clássico o sentido de devoção, afinal de contas, o amor não procura os seus interesses (I Co 13. 4).
Em Cristo, Pr Marcelo Medeiros
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